Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CERCO NA MATA E BARREIRAS NA SERRA



ZERO HORA 31/12/2012 e 01/01/2013 | N° 17299

TERROR NA SERRA

Cerco na mata para encurralar bandidos mobilizou Cotiporã. PMs montaram barreiras na Serra para prender bando e libertar os reféns

CARLOS GUILHERME FERREIRA

Insistência. Essa foi a tática adotada pela Brigada Militar (BM) para encurralar os cinco bandidos que escaparam com reféns – seis mulheres, dois homens e uma criança – em Cotiporã, na Serra, na madrugada de domingo.

Conforme o capitão Juliano Amaral, do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) da Serra, na manhã de domingo foram montadas quatro barreiras fixas nos pontos de ligação do município com outras localidades.

Houve substituição do efetivo entre o final da tarde e o início da noite, já que os bloqueios tinham duração indefinida – dependiam da captura dos criminosos. A polícia acreditava que eles poderiam tentar escapar ainda na noite de domingo.

– Vamos manter as barreiras até saírem daqui. Não tem horário – disse Amaral, antes da libertação dos reféns.

Além das blitze, os policiais apostaram em patrulhas móveis pelo interior de Cotiporã. A maior parte do efetivo – que não teve número oficialmente divulgado, mas estaria em torno de 150 homens – concentrou-se na localidade de Morro do Céu, aposta da BM como paradeiro dos fugitivos. Os reféns foram encontrados na localidade de Santa Lúcia, a cerca de cinco quilômetros de onde foram capturados. Helicópteros e cães farejadores também foram usados nas buscas, coordenadas a partir de um QG montado no prédio de três andares do centro administrativo de Cotiporã.

Conforme Amaral, os policiais dispunham de armamentos do calibre de metralhadoras, fuzis e pistolas. A ideia era estar a postos para um novo confronto, se necessário, e em iguais condições.

Aliás, o armamento pesado e os coletes usados pelos criminosos eram fatores que poderiam prejudicar uma tentativa de fuga – mais ainda porque, ao entrarem na mata, abandonaram o Astra que dirigiam. E a área onde estariam seria de vegetação densa.

– Eles estão sem muita logística – avaliou o capitão.

QG montado no centro da cidade

Toda a movimentação na caça aos fugitivos se refletiu na rotina dos 4 mil habitantes de Cotiporã. De acordo com o secretário da Fazenda, Aníbal Fellini, a presença maciça de autoridades, policiais e profissionais da imprensa impressionou os moradores:

– Estava comentando com a minha família: parece aqueles filmes de guerra, que montam um acampamento e uma estrutura.

Ele e outros voluntários trabalharam no QG do centro administrativo. Em uma sala fechada do térreo, disponibilizaram cerca de 20 colchões no piso de parquê, para o revezamento dos policiais no descanso. Tudo muito rápido: coisa de uma ou duas horas de sono.

Com a alimentação, o procedimento foi parecido. Optou-se por usar a estrutura do CTG Pousada dos Carreteiros, a cerca de 200 metros do QG, para cozinhar. Dali saíram um café da manhã composto por pão, suco e queijo, lanches e um almoço servido com bife, arroz e carreteiro.

No segundo piso do centro administrativo, estava a área central, pela qual passaram autoridades da segurança pública estadual – e que, por vezes, ficou sem o próprio comando de campo da operação, pela necessidade de acompanhar os deslocamentos do efetivo. Alguns policiais não dispuseram da estrutura, por ficarem em postos avançados, como em uma ponte sobre o Rio das Antas. Mesmo assim, o clima era de esperança para o resgate dos reféns.

De acordo com Aníbal, não se ouviam lamentos por uma ação desta magnitude acontecer justamente na virada do ano. Pelo contrário.

– Eles (policiais) diziam que não sairiam enquanto a situação não se resolvesse – contou.


PF alertou Brigada sobre movimentação do bando

Policiais federais investigavam há meses assaltantes de bancos que agem nos três Estados do Sul



A Brigada Militar e sua vasta rede de informantes monitoravam há semanas os passos do bando de Elisandro Falcão. Graças a dicas de delinquentes de menor expressão, o serviço de inteligência da corporação tinha conhecimento de que um grande ataque estava sendo planejado para o último fim de semana do ano. Como os quadrilheiros são radicados na Serra, a lógica é que o ataque fosse na região. Contribuiu também para o trabalho da BM a colaboração da Polícia Federal, que rastreava há meses a quadrilha. A PF também tinha a informação sobre o assalto iminente, mas, por falta de meios, apenas manteve conversações com os PMs.

Conforme ZH adiantou sábado, os federais começaram a investigar três bandos que praticam, nos três Estados do Sul, uma modalidade de crime conhecida como Novo Cangaço: assaltantes que usam armas de grosso calibre e fazem reféns durante os ataques. Em geral, a PF atua apenas em roubos a bancos federais, mas como as mesmas quadrilhas também atacam instituições estaduais ou privadas, na prática a investigação não se limita à jurisdição da corporação.

A BM tratou de buscar reforços em outros pontos do Estado, assim que deduziu que a Serra seria o alvo. Deslocou mais de cem policiais de Passo Fundo, Caxias do Sul e Porto Alegre, para palmilhar as pequenas localidades da região. Assim que as primeiras explosões sacudiram Cotiporã, PMs foram enviados para bloquear uma das estradas. Praticamente “colidiram” com os bandidos numa estrada vicinal. Desta vez, os policiais levaram a melhor.

Tarso elogia a “devida resposta” de BM e Estado

O ataque à fábrica de joias em Cotiporã mobilizou a cúpula da Segurança Pública do Estado durante o domingo. Por ordem do governador Tarso Genro, o titular da pasta, Airton Michels, foi ao município da Serra para acompanhar o trabalho da polícia na captura dos criminosos e no resgate dos reféns – considerada a “prioridade das prioridades” pelo governador.

Às 22h40min, após a libertação, o foco passou a ser a captura dos bandidos. Comandante da Brigada Militar na região da Serra, o capitão Juliano Amaral disse que barreiras seriam montadas por toda a região:

– Eles vão tentar fugir de toda maneira e nós vamos tentar encontrá-los de toda maneira.

Mesmo antes de os reféns serem localizados, o governador e o secretário da Segurança já despejavam elogios à atuação da Brigada Militar na ocorrência. Tarso enfatizou que “os criminosos receberam a devida resposta da BM e do Estado”. A morte de três assaltantes em confronto com policiais militares foi classificada por Michels como “legítima defesa” dos PMs envolvidos no tiroteio:

– Não trabalhamos com a hipótese de matar ninguém, mas, sim, de prender os infratores para que eles cumpram as penas. Nós trabalhamos dentro das orientações do Código Penal, da legítima defesa. Esse pessoal estava fortemente armado e foi para o confronto. Não tinha outra providência que não esta – defendeu o secretário.

domingo, 30 de dezembro de 2012

BRIGADA ENFRENTA BANDIDOS. TRÊS MORTOS E DOIS PM FERIDOS

ZERO HORA 30/12/2012 | 08h03

Criminosos explodem fábrica de joias, fazem reféns e trocam tiros com policiais em Cotiporã. No tiroteio, três criminosos morreram e dois policiais militares foram baleados


No início da manhã, foi realizada perícia no local do confronto entre PMs e criminososFoto: Guilherme Pulita / Agencia RBS

Três criminosos morreram em confronto com a Brigada Militar (BM) após assalto a uma fábrica de joias em Cotiporã, na serra gaúcha, na madrugada deste domingo.

Fortemente armados, cerca de 10 bandidos chegaram à cidade no início da madrugada. Por volta das 2h, eles realizaram pelo menos 10 pequenas explosões na fábrica.

A BM monitorava a atividade dos bandidos através de escutas e sabia que haveria uma atividade criminosa na Serra neste domingo. Houve reforço no policiamento e a Brigada chegou rapidamente ao local. Ao perceber a aproximação dos policiais, os bandidos fugiram com moradores da cidade que foram feitos reféns.

Na saída da cidade, a BM realizou um cerco aos criminosos e houve tiroteio. Três bandidos morreram, e dois policiais ficaram feridos. Um deles levou um tiro de raspão. O outro levou dois tiros de fuzil em um dos braços e em uma das pernas. Eles foram atendidos no hospital de Veranópolis e passam bem.

Os policiais negociaram, por cerca de uma hora, a liberação de cinco reféns e o resgate aos PMs atingidos. Um dos veículos utilizados na fuga conseguiu passar pela barreira e um número não informado de criminosos se escondeu em matagal da região. Não há informações se há mais reféns com os fugitivos.

A BM prossegue com buscas pela área. Os três criminosos que morreram no confronto ainda não foram identificados.

Por volta das 5h30min, o Grupo de Ações Táticas Especiais da Brigada Militar (Gate) isolou a área do confronto para explodir cinco quilos de dinamite, que foram encontrados com os bandidos. Ainda não há informações sobre o que foi levado da fábrica.


RÁDIO GAÚCHA E ZERO HORA


sábado, 29 de dezembro de 2012

NOVA ESTRATÉGIA CONTRA LADRÕES DE BANCOS



ZERO HORA 29 de dezembro de 2012 | N° 17297

NOVA ESTRATÉGIA. PF mira ladrões de bancos. Onda de ataques envolvendo explosivos e reféns transformados em escudos humanos nos três Estados do sul mobiliza Polícia Federal e faz polícias atuarem em conjunto

FRANSCISCO AMORIM E HUMBERTO TREZZI

A Polícia Federal entrou em campo para ajudar a conter a onda de ataques criminosos a banco que tomou conta do sul do Brasil. Razões não faltam. Entre 2011 e 2012, o número de assaltos e arrombamentos de estabelecimentos bancários subiu 23,7% no Rio Grande do Sul, 81,4% em Santa Catarina e 117% no Paraná, num total de 504 ataques até o início de novembro (último levantamento completo).

Como regra, a missão dos federais seria apenas atuar quando bancos federais são roubados – como a Caixa Econômica Federal. Mas, como crime é crime, não há limites para sua investigação.

– Acontece que os bandidos não respeitam qualquer delimitação. Os mesmos que assaltam bancos privados ou estaduais também atacam os federais. É por isso que temos realizado levantamentos sobre quadrilhas, sem levar em conta que tipo de agência atacaram – diz um delegado federal ouvido por Zero Hora.

O outro motivo da interferência dos federais é que os ataques a banco se transformaram numa epidemia interestadual, que ultrapassa divisas. Como as polícias estaduais têm notórias dificuldades de entrosamento, a PF almeja uma ação de maior abrangência, que supere rivalidades regionais e jurisdições estaduais.

Três quadrilhas em SC e no RS

Os federais já descobriram que pelo menos três quadrilhas têm feito um vaivém de ataques entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, assaltando num Estado e fugindo para o outro. Uma delas é a que era chefiada por Enivaldo Farias, o Cafuringa, gaúcho que atacava bancos nos dois Estados e foi preso em Cachoeirinha (RS) em agosto. Mesmo com ele atrás das grades, a estrutura do bando teria permanecido intacta.

Outra quadrilha é formada por bandidos radicados em Joinville (SC), que costuma atacar carros-fortes nessa região, mas estaria envolvido também em ataques a banco no RS. O principal nome é o do foragido Elisandro Falcão. E o terceiro bando seria um que também tem praticado assaltos na região serrana do Rio Grande do Sul.

Em paralelo à ação dos federais, as polícias civis tratam de se entrosar. Agentes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul planejam desde outubro investigações conjuntas, que acabaram de resultar numa operação que desarticulou parte de uma poderosa quadrilha de assaltantes (veja na página ao lado).

– Mais ações integradas virão – adianta o chefe da Polícia Civil, Ranolfo Vieira Junior.

O que tanto policiais federais quanto civis tentam descobrir é quem é o “matuto” – fornecedor de armas para essas quadrilhas. Há possibilidade de que o armamento usado pelos três bandos seja compartilhado, via aluguel de fuzis, escopetas e pistolas para dezenas de assaltantes.

Prisões no Estado e mortes no Maranhão

O núcleo gaúcho da PF já coíbe assaltos em geral. Em setembro, federais prenderam em Gravataí, na Região Metropolitana, 16 ladrões, entre eles Sérgio Rudinei Bauermann, o Da Nota, apontado como um dos responsáveis por assaltos à Caixa Econômica Federal, em Feliz, ao Banco do Brasil em São Francisco de Paula, Torres e Nova Bassano, ocorridos entre julho e setembro. Outro integrante do bando, preso depois, é Diego Moacir Jung, o Dieguinho, investigado pelo assalto a uma agência do Banco do Brasil em Parobé e outros cinco crimes contra instituições financeiras, incluindo o Bradesco, o Banrisul e o HSBC em Porto Alegre. Esses crimes tiveram uso de explosivos.

Em alguns casos, a federal jogou pesado. Em 2 de março de 2010, nove bandidos foram mortos pela PF durante assalto a banco no município de Santa Luzia do Paruá, interior do Maranhão. A quadrilha era monitorada e foi surpreendida ao ingressar, com armamento pesado, na agência local do Bradesco. Os bandidos foram mortos na troca de tiros.

Não foi o único episódio. Em novembro passado, operações simultâneas, feitas em conjunto pela PF, Polícia Civil e PM nos municípios de Marcelândia e Comodoro, em Mato Grosso, resultaram na morte de seis criminosos. Os policiais recuperaram cerca de R$ 1,2 milhão.


Ataques mobilizam polícias do RS e de SC

A visão de bandidos com capuz, armados com o que há de melhor na indústria bélica, dominando reféns e com maior poder de fogo que as polícias, tem apavorado as autoridades em todo o Brasil. Tanto que essa modalidade de crime, conhecida como Novo Cangaço, foi assunto dominante no encontro nacional de chefes de Inteligência policial, que congregou nos dias 13 e 14 em Brasília policiais civis de todos os 27 Estados.

De todos os tipos de assalto a banco, Novo Cangaço, que nasceu nos estados do Nordeste e de uns anos para cá migrou para o sul do país, é o mais temido. A tática é dominar pequenas comunidades e fazer o maior número possível de reféns. Em alguns casos, os bandidos cortam as comunicações telefônicas de toda a região, numa autêntica operação militar.

– Temos trocado informações, dossiês, fotos – resume o delegado Ranolfo Vieira Junior, chefe de Polícia do Rio Grande do Sul.

A cooperação é mais intensa entre os Estados do Sul, que registraram 504 ataques até outubro – ante 293 no mesmo período do ano passado. Um cálculo extraoficial é de que os bancos percam, em média, R$ 60 milhões anuais.

Como resultado da integração, em 22 de dezembro, o delegado Juliano Ferreira, titular da Delegacia de Roubos, coordenou uma operação-conjunta com colegas catarinenses. Vinte e cinco agentes participaram da ação, que resultou na prisão de três foragidos. Os policiais prenderam Douglas Souza da Silva, 27 anos, Fábio Rode de Oliveira, 22 anos, e Denis Martins Fernandes, 32 anos. Com eles foram encontrados dois fuzis (modelos M-16 e AK-47), pistolas, centenas de projéteis, miguelitos, dois coletes à prova de bala, quatro toucas ninjas, roupas camufladas, 10 celulares, câmera fotográfica, luvas e até uma alavanca usada para quebrar os caixas eletrônicos.

O trio teria vínculo com Elisandro Falcão, foragido suspeito de lidera a maioria dos assaltos com uso de explosivos e com vítimas usadas como escudos humanos na Serra.

Em Santa Catarina, o bando de Falcão é suspeito de um assalto em Praia Grande em 2011, do ataque a um carro-forte em Dona Francisca (próximo a Joinville) em outubro passado e também do assalto em Sombrio.


NOVA ESTRATÉGIA | Humberto Trezzi

O desabafo do delegado


Com a entrada em campo da PF e ações integradas das polícias Civis, é chegada a hora de o Judiciário se agilizar na questão de assaltos a banco. Pelo menos é esta a opinião de um conceituado policial gaúcho, o delegado Guilherme Wondracek, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

– Tenho inveja da polícia catarinense. Eles têm um Judiciário sempre a postos e conseguem resposta em 24 horas, não em duas ou três semanas, como tem ocorrido aqui no Rio Grande do Sul. Essa é a nossa mágoa – desabafa o policial.

A queixa dos policiais civis, às claras, é a mesma que policiais federais fazem a Zero Hora de forma mais discreta. As duas polícias sofrem com falta de agilidade dos juízes, quando se trata de apreciar pedidos de prisão, interceptação telefônica ou busca de provas. Hora de analisar: é compreensível que um magistrado tenha dúvidas sobre mandar prender ou não alguém. Ou antes de deixar que policiais revistem sua casa de alto a baixo. O problema é que, reconhecem os policiais, na maioria dos casos o juiz não tem dúvidas: ele tem é uma mesa repleta de trabalho e pouco tempo para analisar tanta papelada. O resultado é que muito pedido de urgência leva dias ou até semanas para ser apreciado.

Ora, criminoso escolado fica apenas alguns dias com um telefone, antes de trocá-lo. Está sempre mudando de casa. Remove também dinheiro e armas, que são indícios materiais. É por isso que um pedido de busca ou interceptação da polícia é sempre urgente. Precisam agir, antes que as provas sumam. No desespero, alguns policiais recorrem a magistrados amigos. Não deve ser assim. Já diz um ditado: Justiça tarda, mas não falha. Pois urge que tarde menos ou então a bandidagem continuará com motivos para celebrar.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

REAÇÃO IMEDIATA




ZERO HORA 28/12/2012 | 00h53

Tiroteio termina com um suspeito de roubo morto em Porto Alegre. Dupla teria reagido à abordagem da Brigada Militar na Avenida Plínio Brasil Milano


Bandidos tentaram fugir em um Focus e bateram em posteFoto: Brigada Militar / Divulgação


Após assaltarem dois bares na Avenida Plínio Brasil Milano, bairro Auxiliadora, em Porto Alegre, dois bandidos foram abordados por uma viatura da Brigada Militar (BM). Um deles foi morto durante um suposto tiroteio por volta das 23h30min desta quinta-feira.

Em um dos estabelecimentos, que estaria sendo fechado, dois funcionários foram trancados em uma peça enquanto eles levavam o dinheiro do local. Um morador teria visto a ação dos bandidos e avisado a BM. Quando eles estavam entrando em um Focus azul escuro para fugir, uma viatura do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) se aproximou. Segundo a polícia, a dupla reagiu com tiros e acabou batendo em um poste poucos metros depois, nas proximidades da Rua Silva Jardim.

Baleado e ferido em razão do acidente, Leonir Antunes, 28 anos, foi levado ao Hospital Cristo Redentor (HCR), onde morreu logo depois de dar entrada. De acordo com o setor de inteligência do 11º BPM ele era procurado pela polícia, pois havia sido condenado por roubo neste ano.

O outro assaltante seria um adolescente de 17 anos. Ele foi apreendido e levado ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca). A Brigada Militar recuperou uma quantia em dinheiro (que teria sido levada dos estabelecimentos). Também foram apreendidos dois revólveres usados pelos assaltantes.





COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Para o terror do cidadão e para o risco de confronto com policiais, a justiça solta mais 500 bandidos nas ruas sob alegação que não existe vagas nos presídios. É mais fácil atirar o problema para o cidadão e para os policiais do que processar o Poder político que não cumpre suas obrigações na execução penal construindo presídios. A justiça sabe que esta medida não comove o poder político, mas continua sacrificando o cidadão e os policiais. Parabéns aos bravos, corajosos e perseverantes policiais da Brigada Militar que não se intimidam e não deixam de arriscar a vida para colocar esta bandidagem na cadeia, mesmo sabendo que eles voltam por força de leis benevolentes e de uma justiça descomprometida com a ordem pública. E, pior, a Assembleia Legislativa que deveria representar o povo exigindo leis duras, construção de presídios e uma justiça coativa, entra em recesso sem se importar com o terror nas ruas e lares do RS.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

NÚMERO DE PRISÕES DOBRA E PODE CAUSAR COLAPSO NO SISTEMA PRISIONAL


País mandou para a cadeia, somente no primeiro semestre deste ano, o dobro das pessoas encarceradas em todo o ano de 2011. Situação pode levar o sistema penitenciário ao colapso

POR MARIANA HAUBERT | CONGRESSO EM FOCO, 26/12/2012 09:04



Presídio na Paraíba: superlotação e condições degradantes das prisões brasileiras tornam condenados mais violentos e distantes da ressocialização

Extremamente saturado, o sistema penitenciário brasileiro caminha para o colapso. Apenas no primeiro semestre de 2012, a elevação do número de presos foi de 35 mil em relação a todo o ano de 2011, o que representa o dobro do aumento registrado em todo o ano passado. A elevação fez com que a população carcerária do Brasil chegasse a 550 mil pessoas. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O alto número de prisões pode não estar necessariamente ligado a um aumento da criminalidade, mas a uma “cultura do encarceramento”. “É perceptível que houve um aumento da criminalidade violenta, principalmente nos grandes centros urbanos. Mas o que causa essa superlotação dos presídios está ligado a uma cultura de prisão que existe no país. A regra não é a da liberdade. Infelizmente, a prisão deveria ser a exceção. E essa cultura é da sociedade e também dos operadores do Direito de um modo geral. Promotores, advogados, enfim, todo mundo que lida com a área”, analisa Luciano Losekann, juiz auxiliar da presidência do CNJ, responsável pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário Nacional.

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça, em 20 anos a população carcerária do Brasil aumentou 450%. Para Luciano Losekann, o índice está ligado principalmente à política de repressão contra as drogas. Dados do próprio Depen corroboram a indicação feita por Luciano. Em 2010, 21% de todos os presos, o correspondente a 106,4 mil pessoas, foram detidos por crimes de tráfico.

A reincidência no crime de tráfico ambém é uma das causas da superlotação carcerária. “Basicamente, o que tem aumentado o número de presos é a reincidência decorrente do tráfico de drogas. Por isso, construir mais presídios ou aumentar a vaga nos que já existem é uma medida paliativa que não tem nenhuma eficácia”, diz Luciano.

Mudança cultural

A superlotação anda lado a lado com outro problema dos presídios brasileiro, que é a condição degradante a que são submetidos muitos presos, como mostrou em setembro o Congresso em Foco ao mostrar a dimensão do problema das prisões na Paraíba. Para enfrentar o problema, o juiz defende uma mudança cultural da sociedade, sobretudo dos operadores do Direito.

Na opinião de Luciano, apenas colocar alguém que cometeu um crime dentro da cadeia sem tratamento, contribuirá para formar uma pessoa mais violenta e com grandes chances de voltar a cometer os mesmos crimes. “É preciso investir no sistema penitenciário, tornando-o mais humanizado. Hoje, os presos são largados e jogados dentro das celas sem nenhum tipo de tratamento. Quem entra em um presídio hoje é obrigado a se aliar a uma facção por questão de sobrevivência lá. Se ele não faz isso, não sobrevive”, explica.

Segundo o juiz, esse tratamento humanizado passa, preponderantemente, pela abertura de concursos para novos técnicos, psicólogos e assistentes sociais habilitados a desenvolver trabalhos junto com os presos e executar atividades de qualificação profissional dentro dos presídios. “Hoje, as penitenciárias são apenas espaços de ócio. E a gente não pode nem falar em ressocialização. Temos que falar em socialização e inclusão. Por isso é importante dar um tratamento adequado, oferecendo educação, treinamento técnico. O perfil da maioria dos detentos é de pessoas que viveram à margem das políticas públicas e da sociedade. Quando esse público sai dos presídios, ele precisa de chances necessárias, e é papel do Estado ressocializá-lo, mas o Estado não tem cumprido com esse papel”, afirma o assessor do Conselho Nacional de Justiça.

Como forma de auxiliar na inserção social dos presos, o CNJ propôs ao Ministério das Cidades, em dezembro, a possibilidade de empregar a mão de obra de ex-detentos brasileiros e de condenados estrangeiros na construção de casas populares. O objetivo é prevenir a reincidência criminal, dando aos ex-detentos a oportunidade de inserção social. A iniciativa faz parte do programa Começar de Novo do CNJ.

Luciano acredita ainda que a discussão sobre a descriminalização do uso de drogas, principalmente da maconha, é urgente e essencial na tentativa de resolver o problema carcerário do país, já que o tráfico de drogas é a principal causa de condenações. “Eu acho que a gente tem que começar a pensar em mecanismos de descriminalização. Porque a repressão não tem funcionado. Hoje a gente frequenta qualquer estádio de futebol e vê os jovens consumindo livremente. Ou seja, a repressão não deu certo. Não sei se a descriminalização é a solução, mas temos que começar a pensar sobre isso. É uma questão muito difícil que envolve vários fatores”, pondera o juiz.

domingo, 23 de dezembro de 2012

BELTRAME, O HOMEM DO ANO

REVISTA ALFA, 08h12 15/12/2010

Homens do ano – José Mariano Beltrame. O xerife do Rio já morou dois anos dentro do prédio da polícia

Vicente Vilardaga





O homem responsável pela segurança do Rio de Janeiro dá expediente no prédio da Central do Brasil, no centro da cidade, com a fachada suja e cheio de mendigos na porta. No gabinete localizado no 4º andar, José Mariano Beltrame recebeu a reportagem de ALFA numa tarde de sexta-feira ensolarada no início de novembro, vestido com um discreto terno marrom. Na entrevista exclusiva, o policial falou como a chegada ao Rio mudou para sempre sua vida. Ele desembarcou na cidade em 2003, quando foi convidado a chefiar um grupo de investigadores da Polícia Federal que atuava na cidade tentando desbaratar quadrilhas de traficantes de drogas e de armas. Na época, a vida pessoal de Beltrame também passava por um período de mudança. Estava recém-separado de seu primeiro casamento e chegou a morar dois anos na sede da Superintendência da PF, no centro do Rio.

“Era mais prático e eu gostava do meu serviço. Vivi o problema da criminalidade 24 horas por dia”, afirmou ele. Saiu-se tão bem na função que foi indicado, em 2006, ao governador Sérgio Cabral para ser o secretário de Segurança do Rio de Janeiro.

Na conversa com ALFA, ocorrida duas semanas antes dos maiores combates na história da cidade entre as forças policiais e os bandidos, Beltrame parecia pressentir os problemas. Ele encabeçou a equipe que colocou em prática a primeira tentativa séria de intervenção pública no problema da violência nos morros, com a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Implantado há dois anos, no primeiro mandato de Sérgio Cabral, o programa já criou 13 unidades, que garantem a ocupação de mais de 30 morros e favelas. Nessas áreas, além da instalação de postos permanentes de policiais articulados com as lideranças comunitárias, foram construídos escolas e centros de saúde. “Instalar uma UPP é como jogar água quente no formigueiro”, disse Beltrame. “Sabemos que, com a perda de territórios, os comandos dos bandidos estão se reorganizando para tentar uma reação.”

As previsões do secretário se concretizaram. A crise de segurança teve início, com os bandidos promovendo tiroteios, arrastões e queimas de ônibus na cidade. A polícia reagiu com uma ação ainda mais ousada, invadindo, com o auxílio de tanques da Marinha, uma das favelas mais perigosas da cidade, a da Vila Cruzeiro, onde os bandidos estavam concentrados. Na fase seguinte, as forças de segurança ocuparam o Complexo do Alemão. A operação de reconquista da Vila Cruzeiro, transmitida ao vivo durante horas pelas TVs, num clima de “Tropa de Elite 3”, chegou a ser comparada por comentaristas mais exagerados ao desembarque dos Aliados na Normandia, durante a Segunda Guerra Mundial. Somente na primeira semana de conflitos entre policiais e bandidos, 217 pessoas foram presas e 34 morreram.

No final de novembro, Beltrame estava novamente quase morando dentro do trabalho. No auge dos combates nos morros da cidade, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro já havia recebido 17 ameaças de morte e andava escoltado por 20 policiais. Fazia suas refeições no próprio gabinete e, para vê-lo, sua família — Beltrame se casou pela segunda vez e tem um filho de 1 ano de idade — era obrigada a se deslocar para lá. Nas entrevistas em que falou sobre os confrontos, o secretário sempre demonstrou clareza e firmeza. Essas características já haviam ficado claras no encontro com ALFA, quando ele comentou o sacrifício necessário para cumprir a missão que está em suas mãos. “O jogo contra os criminosos é difícil, mas vamos vencê-lo”, afirmou.

FONTE: http://revistaalfa.abril.com.br/entretenimento/politica/homens-do-ano-jose-mariano-beltrame/

NOTA: matéria indicada por Jorge Peixoto 

PRESOS SUSPEITOS DE ASSALTOS A CAIXAS ELETRÔNICOS

ZERO HORA 23 de dezembro de 2012 | N° 17292

OPERAÇÃO POLICIAL. Suspeitos de assaltos são presos

Em uma operação articulada em parceria com a Polícia Civil de Sombrio, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prendeu na manhã de sábado três suspeitos de ataques a caixas eletrônicos no Estado. Eles foram capturados em Atlântida Sul, Gravataí e Canoas e com eles foram encontrados dois fuzis e munição. Um quarto suspeito, que deveria estar no Instituto Penal de Viamão, não foi localizado.

O trabalho foi realizado pelas delegacias de Roubo a Banco e Roubo a Cargas do Deic, além de participação dos policiais catarinenses, que tinham as ordens de prisão. Depois de ter negado pela Justiça um pedido de interceptação telefônica de um suspeito, a polícia gaúcha passou a trabalhar em parceria com os colegas de Sombrio. As escutas foram autorizadas pela Justiça catarinense, e os policiais passaram a trocar informações e monitorar os passos dos suspeitos.

Conforme o diretor do Deic, delegado Guilherme Wondracek, o trio é suspeito de explosões a caixas eletrônicos em Sombrio, Antonio Prado, Guaporé, Bom Jesus e em outros municípios gaúchos. O ataque mais recente teria ocorrido esta semana no Departamento Municipal Lixo Urbano (DMLU), em Porto Alegre. Depois de fazer reféns, o grupo arrombou um caixa eletrônico da Caixa Econômica Federal.

Com os suspeitos foram encontrados um fuzil AK-47, um M-16, farta munição, toucas ninjas, coletes balísticos e uma alavanca que os criminosos costumam usar para quebrar o dispensador de notas do caixa e facilitar a colocação dos explosivos.

O trio vai ser autuado em flagrante por porte de armas de uso restrito e por porte de munição e será levado ao Presídio Central.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Segundo manifestações na Radio Gaúcha, estas prisões só foram efetivadas graças à ação da justiça catarinense, pois a gaúcha teria negado o mandado.

sábado, 22 de dezembro de 2012

BM SURPREENDE, ENFRENTA E PRENDE ASSALTANTES DE POSTO

ZERO HORA, 22/11/2012

PORTO ALEGRE - Após assaltarem posto de combustíveis na Capital, bandidos são surpreendidos pela polícia

Houve perseguição e troca de tiros na Avenida A. J. Renner, duas pessoas foram presas

Depois de assaltarem um posto de combustíveis na zona norte de Porto Alegre e tentarem fugir em um Fiesta prata, três bandidos foram surpreendidos por uma viatura da Brigada Militar (BM). Eles levaram uma quantia em dinheiro, que ainda foi contabilizada pela polícia, de um estabelecimento localizado na esquina das avenidas Engenheiro Felicio Lemieszek e A. J. Renner, no bairro Humaitá.

Segundo o major Marcelo Tadeu Pitta Domingues, subcomandante do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), uma viatura da polícia viu quando o Fiesta saiu em alta velocidade do posto, por volta das 23h, e passou um sinal vermelho. Houve troca de tiros e o carro dos bandidos acabou parando após bater em outro veículo.

Um deles conseguiu fugir e os outros dois foram presos. Um deles, um adolescente, foi ferido com um tiro na perna. Foram apreendidos o dinheiro roubado e dois revólveres calibre 38.


POLÍCIA CIVIL PRENDE PASTOR QUE ERA BARÃO DO TRÁFICO




ZERO HORA 22 de dezembro de 2012 | N° 17291

Barão do tráfico era pastor na Serra. Foragido paulista capturado em Gramado é suspeito de trocar armas por drogas com grupos guerrilheiros

FRANCISCO AMORIM E HUMBERTO TREZZI

Pastor evangélico, pregando moralidade ao rebanho de fieis, Clóvis Ribeiro, 41 anos, não despertava desconfiança – exceto pelo fato de morar numa confortável cobertura no centro da cidade turística de Gramado, na serra gaúcha. Foi com surpresa que os moradores testemunharam a prisão dele, na manhã de ontem. E mais espantados ainda ficaram ao saber que é um dos criminosos mais procurados do Estado de São Paulo.

Morador de Santos (SP), Ribeiro, conhecido pelo apelido de Nai, seria o investidor dos lucros obtidos por uma quadrilha com penetração em toda a Baixada Santista e chefiada por Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho. O grupo limpava dinheiro em três concessionárias de automóveis e uma oficina.

Com o desaparecimento de Naldinho, em 2008 – supostamente eliminado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa paulista e rival da sua quadrilha –, Nai teria se refugiado no Rio Grande do Sul. Aqui mudou de vida. Passou a se apresentar como pastor evangélico. Usava o mesmo nome e inclusive renovou, este ano, a carteira de motorista. Isso é possível porque os bancos de dados das polícias estaduais brasileiras não se comunicam – policiais gaúchos não sabiam que ele era foragido.

Nai e Naldinho serviram juntos ao Exército e depois foram colegas no porto de Santos. Após investigação, agentes do Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc) paulista concluíram que os negócios da dupla eram fachada para lucro obtido com tráfico.

Os policiais surpreenderam o bando num sítio pertencente a Naldinho, em Ribeirão Pires (SP), em 6 de junho de 2005. No local e numa revenda de veículos foram apreendidos 20 carros. Policiais localizaram 245 quilos de cocaína. Os agentes do Denarc também acharam com o bando um arsenal: duas metralhadoras URU, uma metralhadora Beretta, uma metralhadora AMT, um rifle Winchester, uma pistola .380, uma pistola 9 mm, uma pistola Walter PPK 7.35mm, uma pistola CZ 7.65 mm e um revólver calibre 32. E milhares de projéteis.No entusiasmo pelas prisões, o delegado paulista Ivaney Carlos de Souza, do Denarc, classificou Nai e seu sócio Naldinho de “maiores traficantes de São Paulo”. Uma das suspeitas alimentada há anos contra Nai, é de que lave dinheiro obtido com o tráfico de armas para a guerrilha colombiana Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) – a mais antiga guerrilha da América.

Em setembro de 2005, foi interrogado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Armas da Câmara Federal (trechos ao lado). Ele negou, mas a suspeita é de que remetesse armas para os guerrilheiros colombianos, em troca de droga.

Mesmo se intitulando pastor evangélico, Nai continuou temido. Em 14 de novembro passado, ele teria ameaçado um pastor em Praia Grande (SP).

– O religioso, ligado à Assembleia de Deus, diz que Nai o ameaçou de morte caso não pagasse “uma dívida inexistente” – revela a Zero Hora o delegado Fábio Laino, do Denarc paulista.

Conforme a Polícia Civil paulista, Nai responde por homicídio de um suposto integrante do bando.



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

SUSPEITO DE HOMICÍDIO EM LIBERDADE TIROTEIA COM A BM


BM troca tiros com dupla de moto na Vila Cruzeiro, na Capital

Um deles foi preso e outro ainda é procurado

Leandro Luz 
via face 13/12/2012

Dois homens trocaram tiros com agentes de inteligência do CPC, no início da tarde desta quinta-feira, na Vila Cruzeiro, na Capital. Conforme o chefe da Agência Regional de Inteligência do Comando de Policiamento da Capital (CPC), Major Leandro Luz, uma equipe discreta notou uma dupla suspeita passando em uma moto pela rua Madre Brígida Pastorino. 

De acordo com o oficial, quando o passageiro levou a mão ao bolso para pegar a arma, um dos policiais atirou. Na troca de tiros, um dos criminosos foi ferido no braço, caiu da moto e tentou correr, mas foi capturado próximo ao Beco 82. 

A Brigada Militar cercou o local, em seguida, na tentativa de encontrar o condutor, que conseguiu fugir. L.P.S. de 18 anos, foi preso em flagrante e encaminhado à 2° Delegacia de Pronto Atendimento da Capital. Com ele, foi apreendida uma pistola 9mm. 

Conforme o Major Luz, o jovem que havia saído da prisão duas semanas atrás, é um dos suspeitos de um homicídio ocorrido na noite passada na região.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

OFENSIVA CONTRA O CRIME


ZERO HORA 11/12/2012 | 07h49

Polícia Civil deflagrou 314 operações em 2012

Denominadas "repressão qualificada", ações como a Pax, realizada na segunda-feira contra traficantes da Capital, ocorrem num ritmo de quase uma por dia



Novo helicóptero da Polícia Civil estreou em ação contra traficantes na CapitalFoto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS


Às 4h de ontem, 470 agentes se reuniram no pátio do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), no bairro Navegantes, para um ritual que se repetiu pela 314ª vez no Estado em 2012 — quase uma por dia, em média.

O grupo ouviu instruções do delegado Mário Souza, recebeu envelopes com ordens de prisão e apreensão, mapas e fotos e cruzou Porto Alegre em direção à Lomba do Pinheiro, à procura de traficantes de drogas que agem em uma das quatro áreas atendidas pelo projeto Território da Paz. O helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o bairro, estreando no apoio aéreo aos agentes em terra.

Chamada de Operação Pax (paz em latim), a ofensiva faz parte de uma das metas da política de segurança pública adotada a partir de 2011, e que vem sendo vitaminada este ano.

Classificada pelas autoridades de "repressão qualificada", a estratégia tem por objetivo reprimir o crime organizado de grande impacto social e prender, em uma tacada só, os bandidos que mais atormentam as comunidades.

— Em caso de quadrilha de ladrões de veículo, a ideia é pegar o assaltante que roubou o carro, o mecânico que adulterou o chassi, o estelionatário que falsificou os documentos e o receptador que ficou com o automóvel — explica o chefe de Polícia, Ranolfo Viera Junior, um dos idealizadores desse tipo de prática na corporação.

É a mesma tática consolidada há mais de uma década pela Polícia Federal e que vem sendo empregada pela Polícia Civil dos maiores Estados. Durante meses, um grupo de policiais em delegacias, no máximo sete agentes, se debruça na missão de coletar testemunhos, filmagens, fotos, escutas telefônicas, entre outros elementos contra quadrilhas.

Em alguns casos, no decorrer das investigação, até ocorre uma ou outra prisão em flagrante, mas o objetivo principal é sempre capturar o máximo possível de envolvidos na organização criminosa. Quando o conjunto de indícios e provas é considerado robusto o suficiente para mandar para cadeia os criminosos, são solicitadas ordens de prisão e de busca e apreensão, em geral, atendidas de pronto pela Justiça. A partir daí, são convocados agentes de outras delegacias e até de outras cidades para, ao amanhecer do dia seguinte, deflagrar a operação.

GALERIA DE FOTOS: veja mais imagens da Operação Pax

A Operação Pax consumiu um ano de investigação, e sua execução ontem resultou na prisão de 16 suspeitos (outras 11 pessoas já tinham sido capturadas anteriormente). Foram policiais demais para o número de presos no final da ofensiva? Não, na avaliação de Ranolfo.

— O delegado responsável pela investigação avalia os riscos. Em uma casa onde moram criminosos perigosos, ele pode escalar 10, 15 agentes para fazer o cerco. Não se sabe quantas pessoas podem estar lá dentro — explica.

De acordo com Ranolfo, a presença em massa de policiais em operações também é uma forma de transmitir segurança, "mostrando que o Estado tem poder sobre o crime".

*Colaborou Francisco Amorim



O ritual de uma grande operação


SEMANAS ANTES...

A decisão
– As operações com grande contingente são recomendadas quando uma investigação aponta para a desarticulação de grupos ligados ao crime organizado.

– O número de agentes envolvidos é decidido entre o delegado à frente da investigação e o diretor do departamento ou delegacia regional ao qual está vinculado.

– Para mensurar o número de agentes envolvidos é levado em consideração o grau de periculosidade dos suspeitos investigados e o número de mandados de busca e apreensão e de prisão concedidos pela Justiça.

O agendamento da operação
– A escolha da data depende de dois fatores: disponibilidade de agentes e movimentação dos suspeitos

– Ações com mais de cem agentes são comunicadas à Chefia de Polícia e ao setor de inteligência. A intenção é organizar a distribuição do efetivo e evitar o acúmulo de operações em um mesmo dia, desfalcando assim o trabalho nas delegacias.

– A escolha final do dia da operação fica a cargo do delegado à frente da investigação. Ela é tomada a partir da rotina dos suspeitos e da atividade criminosa que pode envolver transporte de armas, veículos roubados e drogas.

ÀS VÉSPERAS...

A preparação da ação
– A equipe responsável à frente da investigação também é responsável pelo levantamento dos locais onde serão cumpridos os mandados.

– Além de fotografar os locais nos dias que antecedem a ação, eles ainda preparam uma ficha de cada suspeito, com fotos, que será colocada em um envelope com o mandado a ser cumprido. Os envelopes só serão entregues momentos antes da operação.

– Enquanto agentes preparam a parte operacional da ação, fica a cargo da direção de departamento o recrutamento de outros policiais para a ação. Geralmente são empregados policiais da região onde ocorrerá a operação. A movimentação, por vezes, ocorre na noite anterior quando o efetivo se desloca de um ponto do Estado para outro.

NO DIA...

A preleção (briefing)


Foto: Ronaldo Bernardi, Agência RBS

– A reunião de policiais ocorre no final da madrugada, entre 4h e 5h, geralmente, na sede do departamento (ou delegacia regional) onde ocorreu a investigação.

– Apenas na preleção é informado aos policiais o alvo da operação. Cada equipe entre três e cinco policiais recebe um envelope com as informações sobre o mandado que deverá cumprir.

– Geralmente, os mandados contra os líderes da quadrilha ficam com os agentes que estão à frente da investigação.

– Em alguns casos a imprensa é informada da operação, sem que os detalhes sejam revelados para evitar vazamento. As equipes podem acompanhar o trabalho policial. Levantamento final.

– Depois de cumprir o seu mandado, a equipe retorna ao local onde ocorreu a preleção para entregar o material apreendido e repassar a custódia do suspeito preso, se for o caso.

– O material apreendido é catalogado. Parte das provas é guardada para análise da equipe de investigação na própria delegacia.

– Computadores e drogas, no entanto, são encaminhados para análise de peritos do Instituto-geral de Perícias.

– Após contabilizar os resultados da prisão, uma coletiva de imprensa é dada para relatar os detalhes da investigação.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Parabéns à Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul. Pena que todo este esforço que envolve planejamento, motivação, inúmeros agentes, várias viaturas, custo de dinheiro público, risco de morte e estresse não é compensado no Sistema de Justiça onde as coisas são morosas, distantes, negligenciadas e descompromissadas com a paz social.  A polícia brasileira parece sofrer a pena dada à Sísifo, num trabalho inútil diante de uma bandidagem que fica impune e livre pelas benevolências, vendo o crescimento das ondas de criminalidade, cada vez mais letais e com requintes de crueldade, ousadia e terrorismo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OPERAÇÃO DA PC NO TERRITÓRIO DA PAZ

G1 RS - 10/12/2012 07h55 - Atualizado em 10/12/2012 10h16

Operação mobiliza 550 policiais em Território da Paz em Porto Alegre

Buscas são realizadas na Lomba do Pinheiro com ajuda de helicóptero. Polícia cumpre 52 mandados no combate ao tráfico de drogas na região.




Policiais realizaram buscas no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)

Por Fábio Almeida - Da RBS TV

Foi deflagrada nesta segunda-feira (10) uma operação no bairro Lomba do Pinheiro, onde fica localizado um dos Territórios da Paz em Porto Alegre, na Zona Leste. Segundo a Polícia Civil são 550 policiais distribuídos em 250 viaturas. O objetivo é cumprir 12 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão no combate ao tráfico de drogas na região. Até as 8h30, 12 pessoas haviam sido presas. Os policiais apreenderam munição, armas, drogas e dinheiro.


Lomba do Pinheiro é um dos bairros onde funciona o Território da Paz
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)


No decorrer da investigação, que já dura um ano, foram presas outras 10 pessoas. Segundo o delegado Mário Souza, titular da 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico, responsável pela operação, durante o período foi feito um mapeamento da área, onde se identificou pelo menos 40 pontos de tráfico.

Também na investigação a Polícia Civil contabilizou 21 homicídios na região entre janeiro e outubro. Foram mais de 2 mil crimes registrados no período. Entre as ações dos suspeitos de tráfico estão cobrança de pedágio a moradores em alguns pontos, além de ocupação de residências para transformar em local de venda de drogas.

A operação conta com o auxílio do helicóptero da Polícia Civil pela primeira vez. O veículo foi recebido no dia 28 de novembro. Montado em Itajubá (MG), o veículo teve custo de cerca de US$ 4,1 mil, cerca de R$ 8,5 mil. O governo federal pagou 98% do valor.

Fonte: http://g1.globo.com

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

AÇÃO INTERESTADUAL CONJUNTA CONTRA O DESMANCHE

ZERO HORA, DIÁRIO CATARINENSE, 29/11/2012 | 10h14

Sul de SC. Ação conjunta das polícias de SC e RS prende quadrilha envolvida no desmanche de veículos furtados. Prisões aconteceram na madrugada desta quinta-feira em um sítio em Siderópolis


Veículos foram encontrados em sítio em Siderópolis Foto: Maurício Vieira / Agencia RBS

Guilherme Lira

Pelo menos sete pessoas foram presas em uma ação conjunta do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul com a Polícia Civil de Santa Catarina, na madrugada desta quinta-feira, em Siderópolis, a 14 quilômetros de Criciúma. Os presos fazem parte de uma quadrilha que atua nos dois estados. Eles seriam responsáveis por furtos e desmanche de veículos e repasse das peças.



O grupo foi flagrado em um sítio, onde funcionava o desmanche, por volta das 2h. Inicialmente os policiais abordaram dois homens que desmanchavam veículos. Depois, permaneceram escondidos até a chegada do restante do grupo.

— Viemos muito preparados para essa ação. Sabíamos a forma como eles trabalhavam. Durante a noite uma parte do grupo fazia o desmanche e, pela manhã, outros vinham buscar as peças e trazer o dinheiro da transação — explicou o delegado Leandro Loreto da Central de Polícia de Criciúma.



De acordo com Loreto, não houve resistência, mas um dos envolvidos conseguiu fugir.

— Ele pegou um carro e fugiu. Conseguimos pará-lo atirando nos pneus, mas ele saiu correndo a pé.

Segundo a polícia, os carros furtados em um Estado eram levados para o outro. Loreto explicou que os criminosos faziam isso numa tentativa de dificultar as investigações. No ano passado, a Deic identificou as primeiras ações do grupo, dando início as investigações que, aqui em Santa Catarina, devem relacionar os criminosos com as ocorrências de veículos roubados na região de Criciúma.

Todos os presos nesta madrugada serão autuados em flagrante e devem permanecer detido na Central de Polícia de Criciúma. Os veículos e peças encontrados no desmanche serão levados para o depósito do Detran.





quinta-feira, 22 de novembro de 2012

RAIO X CONTRA O CRIME

 
22 de novembro de 2012 | N° 17261

MAIS UM ALIADO

Polícia testa raios X como “arma” contra crimes

Os motoristas nem ficaram sabendo, mas todos que passaram por uma barreira montada pela Brigada Militar no início da tarde de terça-feira na Rua Antônio Carlos Berta, em frente ao Shopping Iguatemi, em Porto Alegre, tiveram seus automóveis minuciosamente vasculhados, mesmo com o veículo em movimento.

Como as malas dos passageiros que embarcam em qualquer aeroporto, um equipamento de raios X revelou todo o interior do veículo, incluindo passageiros e carga, em imagens que eram mostradas em detalhes fotográficos na tela de um laptop instalado em uma van estacionada ao lado da barreira.

A operação durou poucos minutos e foi apenas o teste de um equipamento que poderá ser a nova arma da polícia gaúcha para combater crimes como o tráfico de armas e de drogas e contrabando, além da fiscalização de cargas.

Sistema foi bem avaliado por policiais militares

A aquisição do sistema móvel de inspeção por raios X, fabricado pela empresa catarinense Vistto Tecnologia, ainda está em estudo pela Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Mas se depender do Comando de Polícia Ostensiva da Capital (CPC), já foi aprovado.

– Nossa avaliação é de que o equipamento é satisfatório – diz o comandante do CPC, coronel Alfeu Freitas Moreira.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

COPA 2014: SEGURANÇA COM A INTERPOL

JORNAL DO COMERCIO, Copa 2014 08/11/2012 - 22h33min

Segurança nas 12 cidades-sede da Copa deverá ter sistema integrado com a Interpol

Agência Brasil

ERIC CABANIS/AFP/JC


Autoridades brasileiras poderão usar o sistema de informação da Interpol na checagem de passaportes A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) terá um sistema integrado com as 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. A integração foi um dos assuntos discutidos hoje (8) na 1ª Conferência Internacional de Segurança para Grandes Eventos, que reuniu autoridades de segurança do Brasil e do exterior.

Por meio dessa integração, as autoridades brasileiras poderão fazer a checagem de passaportes nas fronteiras e aeroportos usando o sistema de informação da Interpol, que mantêm lista de 75 mil nomes procurados pela Justiça.

O modelo de segurança adotado nos Jogos Olímpicos de Londres também foi tratado como referência para o Brasil. Os especialistas ingleses deverão repassar toda a experiência adquirida para os brasileiros.

A questão do terrorismo foi outro assunto que esteve na pauta de discussão da conferência. Parcerias com diversos países como a Alemanha, os Estados Unidos, a França e a Colômbia estão sendo desenvolvidas para detectar e impedir ações terroristas.

O gerente-geral de Segurança do Comitê Organizador Local da Copa 2014, José Hilário Medeiros, disse que é preciso a definir um perímetro de segurança em torno dos estádios para prevenir o terrorismo. “Isso pode prevenir a ação dos carros-bomba”, disse.

Luiz Fernando Corrêa, diretor de Segurança do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, falou durante o evento e manifestou a sua confiança no trabalho que está sendo desenvolvido pelas autoridades brasileiras e estrangeiras para o sucesso dos Jogos No Rio. “Tenho plena confiança nos operadores de segurança no Brasil e na gerência de segurança internacional”, disse.

VIDA LONGA À GUARDA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

JORNAL DO COMÉRCIO 09/11/2012


Nereu D’Avila


A Guarda Municipal comemora 120 anos de fundação. Criada em 1892, no ano seguinte fica adida à Brigada Militar do Estado. Em dezembro de 1957, passa a Setor de Guardas, subordinado à Seção de Fiscalização do Departamento de Limpeza Pública, extinto em 1959. Surge, então, o Serviço da Guarda Municipal, subordinado à Secretaria do Governo Municipal (SGM), para proteger o patrimônio público: escolas, postos de saúde e repartições. Com a criação da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Urbana, em 2002, que assume a Guarda Municipal, a corporação recebe novas atribuições. Nos últimos quatro anos a renovação foi total, e, hoje, a Guarda Municipal tem treinamento, capacitação e constante modernização. Representou o Brasil nos Estados Unidos (EUA) como referência nacional em patrulhamento escolar. A Guarda Municipal está dividida em 10 áreas de atuação, com vigilância móvel em patrulhas 24h por dia, além de Grupamento Especial Motorizado e Grupo de Apoio Operacional.

A troca de faixa salarial, em abril deste ano, alterou as identificações dos códigos e as especificações das classes dos cargos de provimento efetivo dos guardas municipais, estabelecidas pela Lei nº 11.252. A instituição ganhou nova sede com garagem, na avenida Padre Cacique, e festeja a entrega de computadores para as sedes das Áreas Regionais. O centro de treinamento com academia e espaço para cursos, recebeu móveis e equipamentos novos. Além disso, a Guarda Municipal adquiriu, com recursos próprios da secretaria, este ano, dez novas viaturas para patrulhamento e duas motos de 700 cc para escolta de autoridades. Atualmente, conta com 41 veículos operacionais e 24 motocicletas. Em dezembro, quando concluído o curso para uso das 80 armas Taser recém-adquiridas, a corporação começará a frequentar aulas de inglês e espanhol, já com os olhos voltados à Copa do Mundo de 2014.

Secretário municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

BM INTEGRARÁ O CENTRO DE COMANDO DA CAPITAL

 
ZERO HORA 07 de novembro de 2012 | N° 17246

OLHOS NAS TELAS

Compartilhamento de dados com PMs e bombeiros ajudaria a combater trotes

O Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (Ceic) ganhará novos olhares e interpretações sobre as informações captadas pelas mais de 300 câmeras de segurança localizadas nas ruas da cidade. Em breve, policiais militares e bombeiros assumirão assentos no centro nevrálgico da prefeitura da Capital, o que poderá agilizar atendimentos e até ajudar no combate aos trotes.

Aparticipação da Brigada Militar (BM) no Ceic, inaugurado em 25 de outubro pela prefeitura, foi confirmada ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, após visita do titular da pasta, Airton Michels, à sala de comando. Ainda não há uma data certa para a chegada dos novos membros, que seriam um PM e um bombeiro.

Atualmente, a BM já tem acesso a imagens da Guarda Municipal de Porto Alegre e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) – às quais pertence a maior parte das câmeras da cidade – no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). No entanto, a grande vantagem de estar presente no Ceic é poder compartilhar das demais informações de que dispõe.

– Para a polícia ostensiva, a integração com os diversos órgãos presentes ao centro de comando do município permite que a informação tenha mais qualidade. Se alguém percebe alguma anormalidade, e pode ser um funcionário da EPTC, por exemplo, já se pode demandar uma ação – afirmou o comandante do Policiamento da Capital, coronel Alfeu Freitas Moreira.

Dados climáticos ajudarão no trabalho de bombeiros

Para os bombeiros, o ganho será maior porque poderão contar com dados climáticos, essenciais ao trabalho deles. Em tempo real, acompanharão as medições em réguas automáticas do nível do Guaíba, por exemplo. A troca de informações com funcionários de órgãos como a Defesa Civil do município, sentados a poucos metros deles, também será importante.

Há expectativa quanto aos trotes. Denúncias falsas de incêndio ou de crimes poderão ser checadas nas câmeras e compartilhadas com os demais integrantes do Ceic no momento em que surgirem. A chance de desmascarar os mentirosos aumentará. Ao longo do ano passado, a BM recebeu 365.647 trotes somente na Capital.

– Nossa presença no centro de comando vai agilizar o nosso trabalho, vai ajudar a chegarmos mais rápido às ocorrências. O próprio operador que deparar nos monitores com algum problema poderá acionar o Corpo de Bombeiros via rádio – argumentou o comandante dos bombeiros do Estado, coronel Guido Pedroso de Melo.

O Ceic
- Inauguração: 25 de outubro
- Localização: Rua João Neves da Fontoura, no bairro Azenha
- Vídeos: 39 monitores
- Câmeras de rua: 306 (até a semana passada)
- Participantes: 13 órgãos municipais de Porto Alegre

sábado, 3 de novembro de 2012

BM APOSTA NAS ABORDAGENS SELETIVAS

ZERO HORA 03 de novembro de 2012 | N° 17242

CERCO AO TRÁFICO
Responsável por parte das apreensões de cocaína (26,6%), crack (48,3%) e maconha (58,4%), a Brigada Militar investiu em quatro ações para reforçar o trabalho nas ruas. A principal delas foi o incentivo do comando-geral às abordagens seletivas, em horários e locais de maior incidência de tráfico, a partir de dados coletados e analisados pelo serviço de inteligência. Neste sentido, aponta o coronel Sérgio Roberto de Abreu, a aproximação dos PMs aos moradores das comunidades assistidas pelos Territórios da Paz tem sido fundamental:

– A informação chega ao policiamento comunitário e é qualificada no setor de inteligência, que cruza dados de diferentes fontes para subsidiar o trabalho do PM fardado na rua.

O oficial destaca o trabalho desenvolvido pelos grupos de polícia de trânsito, criados no segundo semestre para reduzir a violência no trânsito. Por atuarem na fiscalização de veículos em vias situadas dentro e no entorno das maiores cidades gaúchas, os PMs dessas unidades acabaram deparando com traficantes se deslocando com entorpecentes.

– O PM tem de estar atento ao comportamento do motorista e demais ocupantes do carro a ser abordado – comenta o oficial.

Para frear a entrada das drogas no Estado, a BM intensificou as operações na fronteira com a Argentina e na divisa com Santa Catarina. Barreiras têm sido montadas no entroncamento das principais rodovias estaduais com vias secundárias, geralmente de chão batido, usadas por traficantes.


Mais apreensões de cocaína e crack

Volume de drogas retirado até agora das ruas do Estado já é superior ao arrecadado pelas polícias em todo o ano passado

FRANCISCO AMORIM

Ao eleger o combate ao narcotráfico como umas das principais estratégias para conter a criminalidade no Estado, as polícias gaúchas conseguiram aumentar a quantidade de cocaína e crack apreendidos em 57,8% e 37,3%, respectivamente, nos nove primeiro meses de 2012 em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados divulgados nesta semana pela Secretaria da Segurança Pública indicam ainda que o volume retirado das ruas neste ano já é superior ao registrado em todo o 2011.

Apesar do ano ter registrado, em caminho inverso, a diminuição da maconha apreendida por Polícia Civil e Brigada Militar, as autoridades gaúchas comemoram os resultados obtidos entre janeiro e setembro.

– No ano passado, ocorreram algumas grandes apreensões que elevaram bruscamente o volume de maconha retirada das ruas em comparação aos outros anos. O que notamos agora é que o trabalho de investigação teve resultado na desarticulação de grupos envolvidos no tráfico de cocaína e crack. Estamos indo além do flagrante, tentando obter mais informações sobre os bandos que agem no Estado – explica o delegado Heliomar Franco, que coordena as investigações do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

O volume de apreensões foi inflado, em parte, por uma série de operações realizadas fora da Região Metropolitana pelas delegacias regionais da Polícia Civil. Em algumas delas, os policiais do Interior contaram com apoio dos agentes do Denarc na investigação dos suspeitos.

– Auxiliamos colegas do Interior e reunimos informações que nos permitem ter uma visão mais ampla do tráfico no Estado – comenta Heliomar.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

SEGURANÇA AÉREA


ZERO HORA 02 de novembro de 2012 | N° 17241

Reforço aéreo contra o crime no Estado
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul ganhou um reforço de peso na tarde de ontem. Um helicóptero, proveniente de Itajubá (MG), pousou no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde deve permanecer no hangar próprio da corporação até entrar em operação, o que ocorrerá em cerca de 15 dias. Nesse período, a polícia aguarda a chegada de acessórios que serão instalados na aeronave e a expedição de documentos por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A aeronave será mais uma arma para reprimir crimes como tráfico de drogas, abigeato (roubo de gado), assaltos a banco e a carro-forte e roubo de veículos. Ao custo de U$ 4,1 milhões (cerca de R$ 8,2 milhões, 98% bancados pela União), o helicóptero estará vinculado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Dois delegados e um agente realizaram um curso de pilotagem comercial para comandar o helicóptero. Farão parte da equipe outros dois pilotos civis, da antiga Divisão do Serviço Aéreo do Estado. Eles são treinados em uma das fábricas da aeronave, a Eurocopter, no Texas (EUA).

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

AUTONOMIA EM INQUÉRITOS CRIMINAIS


AGÊNCIA CÂMARA: 16/10/2012 17:09

Câmara aprova autonomia de delegados em inquéritos criminais


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta terça-feira (16), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 7193/10, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que regulamenta as atribuições dos delegados de polícia em inquéritos criminais. O objetivo principal é garantir a autonomia desses profissionais à frente da apuração de crimes. A proposta segue agora para o Senado, a menos que haja recurso para seja analisado pelo Plenário da Câmara.

O texto determina que o delegado só poderá ser afastado de investigação se houver motivo de interesse público ou restrição legal. Além disso, somente por razões justificadas o superior hierárquico do delegado poderá avocar os autos do inquérito.

O relator na comissão, deputado Francisco Araújo (PSD-RR), defendeu a aprovação da proposta, que teve voto em separado do deputado Luiz Couto (PT-PB), contrário à medida. Reportagem – Rodrigo Bittar
Edição – Marcelo Oliveira


FONTE:  http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SEGURANCA/427949-CAMARA-APROVA-AUTONOMIA-DE-DELEGADOS-EM-INQUERITOS-CRIMINAIS.html

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Sonho com o dia em que esta autonomia seja para desenvolver investigações céleres e entregar para a justiça apenas o relatório circunstânciado e as provas técnicas e de midia utilizadas durante a investigação. O atual formato de inquérito policial  produz uma elevada sobrecarga de trabalho formal, burocrata e moroso, que se transforma fomenta a morosidade na justiça onde os volumes e mais volumes de papel se transformam em peça acessória no processo judicial, onde as oitivas são todas retomadas e o valor se restringe apenas ao relatório da autoridade policial e no embasamento das provas técnicas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

BM PRENDE EM FLAGRANTE LADRÕES DE BANCO

ZERO HORA 15/10/2012 | 01h46

Seis homens são presos ao tentar assaltar banco em Eldorado do Sul. Ação da Brigada Militar impediu que quadrilha arrombasse cofre principal da agência


Uma quadrilha formada por pelo menos seis homens foi presa ao tentar arrombar o cofre principal de uma agência do banco Bradesco em Eldorado do Sul. Informados por populares, policiais da Brigada Militar (BM) prenderam a quadrilha por volta da meia-noite.

Cinco homens acabaram presos na hora e foram encaminhados para a Delegacia de Canoas. Um sexto integrante do grupo, que havia fugido do local, foi capturado horas depois em Alvorada. Ele foi levado à mesma delegacia onde estavam seus comparsas.

Segundo a Brigada Militar, ninguém ficou ferido durante a ação. Ainda conforme a BM, nenhum dos assaltantes estava armado.

O banco, que fica na Rua Antônio Mariante esquina com a Rua Sombrio, no bairro Medianeira, em Eldorado do Sul, foi isolado para perícia e investigação.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

QUADRILHA DE EXPLOSIVOS IDENTIFICADA

ZERO HORA 12 de outubro de 2012 | N° 17220

Polícia caça líder de bando que ataca com explosivos. Grupo descoberto invadiu, neste ano, agências bancárias e um pedágio em cinco municípios da Serra

ROBERTO AZAMBUJA

A Polícia Civil está atrás do homem que considera o assaltante mais procurado no Estado. Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos, seria um dos líderes da quadrilha responsável pelos ataques com explosivos a agências bancárias de Picada Café, Nova Bassano, Fagundes Varela e Jaquirana, além do pedágio de Vacaria, na BR-116, na Serra, atacado nesta semana.

Falcão foi indiciado, inclusive, pela participação no assalto ao Banrisul de Bom Jesus, em 2007, explica o titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Juliano Ferreira. Na ocasião, um bando fortemente armado formou um cordão de isolamento com reféns e trocou tiros com a Brigada Militar. Durante o tiroteio, o então vice-prefeito Leonardo Baroni Silveira foi baleado e morreu.

– Seguimos trabalhando na investigação e, a partir de agora, Falcão é o homem a ser caçado. É prioridade total. E isso é questão de tempo. Acredito que, quando o prendermos, a quadrilha será desmantelada – salienta Ferreira.

Até o momento, não há informações sobre o paradeiro de Falcão, que está foragido desde o início do ano. A Polícia Civil chegou ao nome dele depois de prender Deyvid Possa, 27 anos, horas depois de o grupo explodir o cofre do pedágio da BR-116, entre Vacaria e São Marcos, na última segunda-feira.

Possa, segundo Ferreira, estava em um sítio na localidade de Vila Segredo, no interior de Ipê, também na Serra. Uma informação anônima delatou a localização do bando, composto por mais três homens que não tiveram a identidade divulgada. Na noite anterior ao assalto, o grupo teria jantado na propriedade, conforme vizinhos.

Objetos estavam escondidos embaixo de um galinheiro

No encalço da quadrilha há meses, a polícia encontrava dificuldades para conectá-la aos ataques com explosivos. Uma busca realizada na propriedade onde Possa foi detido recuperou, escondidos embaixo de um galinheiro, objetos que teriam sido utilizados nos assaltos.Entre eles, roupas, toucas ninja, uma mochila, uma barra de ferro e uma pistola.

Pela análise das câmeras de segurança das agências atacadas em Picada Café, Nova Bassano, Fagundes Varela e Jaquirana, foi possível identificar os mesmos agasalhos e equipamentos usados pelo bando, conta o delegado Ferreira. Há suspeitas também de que o grupo seja responsável pelos roubos em Torres e Dom Feliciano.

Expectativa é de que as ocorrências diminuam

O delegado Juliano Ferreira acredita que, com a prisão de um dos suspeitos, o número de ataques com explosivos diminua. A maioria dos integrantes da quadrilha mora na Serra – os líderes seriam de Caxias do Sul. Por isso, teriam conhecimento de estradas e rotas de fuga.

Em julho, Deyvid Possa, o suspeito preso, teria furado uma barreira policial em São Marcos, na Serra. Na fuga, abandonou a moto que conduzia e uma mochila. Dentro dela foram encontrados explosivos. Conforme a comparação de imagens feita pela polícia, Possa e Falcão atuavam na instalação das dinamites nos caixas eletrônicos. Os outros faziam a retaguarda. Os explosivos seriam adquiridos em pedreiras da Serra.

Ações atribuídas ao grupo
PICADA CAFÉ, 25 DE AGOSTO
Assaltos ocorridos em cidades serranas em que as imagens de câmeras de segurança registram provas encontradas pela polícia:
- Dois caixas eletrônicos da agência do Banco do Brasil foram explodidos. O banco fica na Rua Emancipação, no centro da cidade. Na fuga, os criminosos teriam levado um homem que passava pela rua como refém e fugiram em um carro. Em seguida, ele foi liberado sem ferimentos.
NOVA BASSANO, 8 DE SETEMBRO
- A agência do Banco do Brasil que fica na Rua Pinheiro Machado foi atacada por criminosos. Quatro homens armados explodiram pelo menos dois caixas eletrônicos. Durante a ação, utilizaram moradores de reféns. Ninguém ficou ferido.
FAGUNDES VARELA, 17 DE SETEMBRO
- Conforme a Brigada Militar (BM), a ação ocorreu por volta das 4h na agência do Banco do Brasil que fica na Rua Domingos Lunardi, no Centro. Uma testemunha ouvida pela BM disse ter visto ao menos três homens fugirem em um Gol logo após a explosão. O veículo teria seguido em direção a Cotiporã.
JAQUIRANA, 28 DE SETEMBRO
- O Banco do Brasil que fica no Centro da cidade foi completamente destruído. Os assaltantes chegaram a levar um morador como refém, mas a vítima foi liberada minutos depois. Conforme testemunhas, os cinco homens armados chegaram à cidade em um carro por volta da 1h. Durante o ataque, que durou cerca de 15 minutos, tiros foram disparados para o alto.
VACARIA, 8 DE OUTUBRO
- A praça de pedágio da Rodosul, entre Vacaria e São Marcos, teve o cofre explodido durante a madrugada, após quatro homens armados com fuzis renderem funcionários e motoristas que passavam pelo local. Na fuga, os assaltante fizeram três pessoas de reféns, e as liberaram sem ferimentos a cerca de 19 quilômetros do pedágio.



COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É a polícia fazendo a sua parte. Resta à justiça dar continuidade processando com celeridade, julgando e condenando de forma definitiva estes bandidos e ao Executivo a construção de presídios dotando-os de agentes prisionais capacitados, segurança adequada, condições humanas de abrigo e a manutenção do controle total das celas e o devido monitoramento dos apenados. Infelizmente o problema está a partir do "resta"...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

POLICIAIS MILITARES "LINHAS-DURAS" DA ROTA SÃO ELEITOS VEREADORES DE SP

07 de outubro de 2012 | 21h 52


Câmara de SP vai ter dois ex-PMs da Rota e oito evangélicos. Dois ex-policiais da Rota, Coronel Telhada (PSDB) e Conte Lopes (PTB), são eleitos como vereadores

Adriana Ferraz, Diego Zanchetta e Rodrigo Burgarelli, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O eleitor paulistano trocou 22 dos 55 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo. O índice de renovação é de 40% - na eleição passada essa taxa foi de 29%. Entre os novos parlamentares que assumem dia 1º de janeiro estão dois ex-policiais militares "linhas-duras" da Rota - o coronel Telhada (PSDB) e o ex-deputado estadual Conte Lopes (PTB) - e três líderes de igrejas evangélicas.

Telhada foi o quinto colocado entre os eleitos, com 88.965 votos. Comandante da Rota até 2011, ele tem defendido as recentes ações da corporação que terminaram com suspeitos mortos - seis na zona leste, no final de maio, e nove em Várzea Paulista, no interior, no mês passado. "Bandido bom é bandido morto" é um de seus lemas usados em suas redes sociais na internet.

Lopes também foi da Rota. Ele tem criticado as investigações e prisões de PMs acusados de matar suspeitos em supostos confrontos. Entre os vereadores ainda aparece um delegado da Polícia Civil, Celso Jatene (PTB), reeleito pela quarta vez. Lopes e Telhada são próximos do atual secretário estadual de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto.

Entre os evangélicos novatos estão nomes como Patrícia Bezerra (PSDB), da Igreja da Graça, Jean Madeira (PRB), da Igreja Universal, e o pastor Edemilson Chaves (PP), da Igreja Mundial.

A estreia do recém-criado PSD nas urnas paulistanas ajudou o PT a manter a maior bancada do Legislativo, com o mesmo número de parlamentares: 11. Já o PSDB, segundo colocado, é o que mais sofreu perdas. A legenda elegeu 9 representantes, contra 13 da eleição passada.

A terceira maior bancada será do novo partido criado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), com 7 cadeiras. Em terceiro lugar, três legendas empataram: PMDB, PTB e PV elegeram 4 vereadores cada. Em seguida, vêm PR e PSB, com 2 vereadores. A renovação, porém, é menor que as verificadas em 2004 (45%) e em 2000 (51%).

A nova composição da Câmara ainda devolve força ao PMDB, que conseguiu quatro cadeiras empurrado pelo crescimento do candidato à Prefeitura Gabriel Chalita. O PV, liderado pelo campeão de votos Roberto Tripoli, alcançou o mesmo número de representantes, com um diferencial: dos quatro eleitos, três deixaram o PSDB no ano passado. A legenda que mais encolheu no Legislativo paulistano, porém, foi o DEM.

Outra surpresa foi que o atual decano da Casa, Wadih Mutran (PP), de 78 anos, não conseguiu um oitavo mandato consecutivo. O vereador com reduto na Vila Maria, na zona norte, fica de fora do Legislativo após 30 anos.

Na segunda colocação entre os mais votados ficou um estreante no Legislativo, o ex-secretário estadual de Cultura Andrea Matarazzo (PSDB), de 55 anos, um dos principais e mais próximos aliados de José Serra (PSDB). Ele também foi secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé na primeira gestão Serra/Kassab.

Na terceira e quarta colocações aparecem dois figurões da política paulistana, ambos com reduto eleitoral em bairros no extremo da zona sul: os desafetos Milton Leite (DEM) e Goulart (PSD) conseguiram um quinto mandato consecutivo.

O atual presidente da Câmara, Police Neto (PSD), entrou na última vaga da coligação encabeçada por PSDB-PSD. Ele teve 28.270 votos, quase a metade de seus 55 mil obtidos na eleição de 2008.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

BRIGADA CHEGA RÁPIDO E PRENDE SUSPEITO DE ATIRAR EM MÉDICA

 ZERO HORA 03/10/2012



 REAÇÃO RÁPIDA

Rapidamente, a BM chegou ao local, e os ladrões fugiram com a reação dos pedestres e moradores. Após buscas, um deles, Eduardo Paulon Madrugada, 21 anos, foi preso nas redondezas pelo Batalhão de Operações Especiais (BOE), que atuou em parceria com o 9º Batalhão de Polícia Militar. O suspeito foi enviado à 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ª DPPA).

Dono da pet shop onde a pediatra buscou os animais de estimação, o empresário Adilson Zanatta, 45 anos, auxiliou a cliente logo após a tentativa de assalto. Segundo ele, a pediatra teria tentado argumentar com os criminosos para deixar os cães a salvo quando foi baleada.

 
Médica baleada em assalto em frente à Redenção


Tentativa de assalto aconteceu na Avenida José Bonifácio, próximo à esquina com a Rua Santana Foto: Jean Schwarz / Agencia RBS

Matheus Piovesan

Pediatra Simone Teixeira Napoleão, 49 anos, teria tentando proteger cães quando foi abordada por dois criminosos na Avenida José Bonifácio

Segundo amigos que a acompanhavam, o projétil alojado na bacia foi retirado em procedimento cirúrgico, que se encerrou por volta das 21h, e não atingiu nenhum órgão vital. A médica deve passar a noite na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Pronto Socorro da Capital.

Por volta das 17h, após sair de uma pet shop localizada na Avenida José Bonifácio, entre a Travessa Paz e a Rua Santana, no bairro Farroupilha, com sua duas cadelas Yorkshire, a pediatra Simone Teixeira Napoleão, 49 anos, foi abordada por dois homens quando chegava em seu carro, um March, que estava estacionado a poucos metros do estabelecimento. Um vendedor, que estava na entrada do prédio em frente, assistiu à cena e tentou acudir a vítima na companhia do porteiro.

— Eles tentaram tirar a bolsa dela, e nós gritamos: "Deixa, deixa ela". Quando os assaltantes nos viram, disseram: "Queima eles" — relatou Fabio Rodrigues, 31 anos.

Assustados, os dois voltaram para o edifício, localizado no número 213, quando um dos criminosos disparou um tiro que atingiu o vidro do portão. A médica tentou entrar no prédio, mas não conseguiu, e foi novamente abordada pelos assaltantes. Um tiro foi efetuado contra a pediatra e atingiu o seu quadril. A polícia trata o caso como roubo de carro.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PC PRENDE QUADRILHA ENVOLVIDA EM ROUBOS DE CARRO

ZERO HORA E RÁDIO GAÚCHA -01/10/2012 | 07h56


Operação desarticula quadrilha especializada em roubo de veículos na Região Metropolitana. Investigações de mais de cinco meses apontam que pelo menos 40 pessoas integram grupo


Principais alvos da investigação são bairros de Canoas Foto: Cid Martins / Rádio Gaúcha

Cid Martins



Uma operação da Polícia Civil que reúne 250 agentes prendeu pelo menos 14 pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha especializada em roubo e furto de veículos na Região Metropolitana. São cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão, na manhã desta segunda-feira, em Canoas, Cachoeirinha e zona norte de Porto Alegre.

Durante os cinco meses de investigação, a Polícia Civil conseguiu comprovar 34 roubos a veículos que teriam sido cometidos pelo grupo, mas o número total passaria de cem. Pelo menos 40 pessoas integram a quadrilha, diz a polícia. Os alvos eram carros novos e de luxo, daí o nome da Operação Classe A.


Foto: Cid Martins / Rádio Gaúcha

Após serem roubados, os veículos eram clonados e alguns tinham como destino Santa Catarina e o Paraguai. Nesses locais, os criminosos vendiam os automóveis por valores entre R$ 1,5 mil e R$ 4 mil, conforme a Polícia Civil. O grupo, em sua maioria, está espalhado pelos bairros Estância Velha, Guajuviras e Mathias Velho, em Canoas.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ASSALTO A MOTORISTAS: LADRÕES VIOLENTOS SÃO CAPTURADOS


CORREIO DO POVO, 27/09/2012


Líder de quadrilha e outro suspeito de roubar carros na Capital detidos pelo Deic. Bando é formado por cerca de 20 criminosos


Dupla presa ontem é acusada do assalto e atropelamento ao idoso na rua Artigas, neste mês
Crédito: Fabiano Amaral


O assaltante conhecido como Calege, líder de uma quadrilha de roubo de veículos que agia desde julho nos bairros Petrópolis, Bela Vista e Jardim Botânico, em Porto Alegre, foi capturado na manhã de ontem por agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Seu bando, formado por cerca de 20 criminosos, é suspeito de roubar em torno de 50 veículos no período. Entre os ataques da quadrilha de Calege está o caso do idoso, 81 anos, que acabou atropelado após o roubo de seu Honda Fit na rua Artigas, no bairro Petrópolis, no dia 13 deste mês.

Ontem ainda, à tarde, foi preso outro suspeito de roubar e agredir o idoso. De acordo com a Polícia Civil, o homem foi reconhecido por uma das vítimas e levado para a Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículos, na Capital.

Calege, 26 anos, foi preso pela equipe da delegada Vivian do Nascimento, da Delegacia de Repressão a Roubo de Veículos, em uma casa na vila São Judas Tadeu, no bairro Partenon. Houve a apreensão de uma Saveiro e de um Renault Clio - veículos usados na cobertura dos ataques -, assim como alguns pertences de pessoas que foram assaltadas. Um cúmplice é procurado. "Sou inocente", jurou Calege, que já foi reconhecido por vítimas.

De acordo com a delegada Vivian do Nascimento, o criminoso estava em prisão domiciliar desde dezembro do ano passado, mas no mês de julho último foi beneficiado com indulto - justamente no mesmo mês em que começou a onda de assaltos nos bairros de Porto Alegre. "Ele responde a seis inquéritos por roubo de veículos e formação de quadrilha e já tem uma condenação de sete anos e seis meses", destacou a delegada.

Conforme a delegada Vivian do Nascimento, a quadrilha seria uma das mais ativas e violentas no Rio Grande do Sul. Ela conta que, em seus ataques, o grupo agredia as vítimas caso demorassem para atender as suas ordens, desferindo, por exemplo, coronhadas e até socos no rosto.

"Os roubos eram cometidos por dois ou três", observou Vivian, acrescentando que a mesma quadrilha travou dois outros confrontos recentes com a Brigada Militar. No dia 17 deste mês, um dos bandidos morreu e outro foi preso durante tiroteio com o 11 BPM, na rua Mário Leitão, no bairro Petrópolis, na Capital. Uma outra troca de tiros com a Brigada ocorreu no dia 4 de setembro passado, na rua Barão de Ubá, bairro Bela Vista, após o roubo de um automóvel Veloster. Naquela ocasião, os criminosos conseguiram fugir.

Vivian acredita que devam ser chamadas cerca de 50 vítimas da quadrilha para prestar depoimento sobre os crimes.

COMENTÁRIO DSO BENGOCHEA - PARABÉNS AOS POLICIAIS. Resta saber quanto tempo ficarão presos?

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CONTRAOFENSIVA

 (Bruno Alencastro/Agencia RBS)
ZERO HORA 26 de setembro de 2012 | N° 17204

BM reage contra os roubos de veículos. Policiamento é intensificado com barreiras em avenidas e acessos à Capital

FRANCISCO AMORIM

Depois de mais de 3 mil roubos de veículos em Porto Alegre, apenas no primeiro semestre, a Brigada Militar (BM) intensifica nesta semana o combate aos ataques a motoristas com barreiras em avenidas e nos principais acessos da cidade. A decisão do Comando de Policiamento da Capital (CPC) foi anunciada dois dias após uma reportagem de ZH revelar a escassez de PMs nas ruas da cidade.

Em uma ação que mobilizará PMs do policiamento ostensivo e patrulhas do Batalhão de Operações Especiais, a BM tentará reduzir a média de 16 ataques armados por dia contra condutores que circulam pela Capital. A ação foi deflagrada ontem à noite. Após se concentrarem na Avenida Nilópolis, centenas de policiais se revezaram em blitze nas vias mais movimentadas da cidade. Uma estratégia que deve se repetir nos próximos dias.

– As barreiras obedecem a um planejamento traçado a partir do levantamento dos locais em que os assaltantes mais agiram. Sabemos que ao aumentarmos o policiamento em um ponto, o crime migra para outro. Por isso, aliamos à ação também o trabalho de inteligência policial de identificação de suspeitos – explica o comandante do CPC, coronel Alfeu Freitas.

A promessa do coronel é de que as barreiras e abordagens se estendam também madrugada adentro, período que há mais roubos de veículos em Porto Alegre, segundo dados da própria da Secretaria da Segurança Pública. Entre os bairros que receberão atenção especial estão Petrópolis, Rubem Berta, Sarandi e Rio Branco, que concentraram 20% dos casos nos primeiros seis meses do ano.

Grupos de Trânsito da BM têm a missão de fiscalizar veículos

A ordem do comando-geral da BM aos comandos regionais é de que o combate aos ataques a motoristas não se restrinja apenas a Porto Alegre. Outras cidades que enfrentam a onda de roubo de veículos, crime em queda entre os anos de 2008 e 2010, também deverão ser palco de ações especiais. A exemplo da Capital, serão feitas em locais de maior incidência de casos e em acessos dessas cidades (veja quadro). Nessas cidades entram em ação os chamados Grupos de Trânsito da BM, que terão a atribuição especial de fiscalizar veículos.

Em uma ação paralela, cerca de 30 PMs participarão hoje da Operação Fecha Quartel. Entre 14h e 20h, policiais que atuam em funções administrativas nos batalhões se agregarão às guarnições do policiamento ostensivo. A ação não chega a ser uma novidade – na verdade, é uma estratégia regular, e os PMs têm treinamento adequado.

A novidade é a distribuição dos 30 por pontos de maior concentração de pessoas, como o Centro. A BM tenta reduzir a sensação de insegurança causada pelo déficit de mais de 13 mil PMs no Estado, o maior em 37 anos.

– É importante as pessoas perceberem a presença da BM no horário que estão se deslocando para casa. A ação também ajuda a combater os furtos de pedestres – explica Freitas.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - A Brigada Militar não consegue estar em todos os lugares. Ontem mesmo, no início da noite, assisti impotente os poucos minutos de um assalto a motorista de um megane e sua esposa que estacionavam o carro para jantar num restaurante da minha rua. Felizmente, os bandidos levaram apenas o veículo e os pertences que ficaram no interior dele, mas o pavor das vítimas foi enorme, e a nossa impotência maior ainda, já que não porto armas. Parecia que o carro dos assaltantes já vinham perseguindo o carro da vítima, pois assim que a vítima estacionou, um bandidos de boné desceu do carro e faz a abordagem, enquanto o outro permaneceu dentro aguardando a ação. Restou telefonar para o 190, rezar pelo fato de estar vivo e registrar a ocorrência.

ESTAMOS NO BRASIL SOB A VIGÊNCIA DA LEI DA IMPUNIDADE CRIADA PELOS PARLAMENTARES PARA ATENDER OS INTERESSES DE UM PODER EXECUTIVO  NEGLIGENTE NA EXECUÇÃO PENAL E DE UMA JUSTIÇA MOROSA E TOLERANTE.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

POLICIA CIVIL NA PATRULHA DAS RUAS

 
ZERO HORA  20/09/2012 | 23h05

Patrulha à paisana. Polícia Civil fará trabalho preventivo nas ruas de Porto Alegre. Medida da Secretaria Estadual de Segurança tem o objetivo reduzir os índices de violência

José Luís Costa

Responsável por inquéritos e investigações de crimes já consumados, a Polícia Civil terá, a partir da semana que vem, uma nova missão em Porto Alegre. A de também estar nas ruas, visando prevenir delitos e identificar criminosos, em ações que se assemelham ao policiamento realizado pela Brigada Militar (BM).

A determinação tem o aval da Secretaria da Segurança Pública (SSP), preocupada em reduzir índices de violência, após os recentes episódios rumorosos envolvendo roubos de carros na Capital, crime que representa metade dos casos registrados no Estado.

Organizador das operações, o diretor da Delegacia Regional da Polícia Civil de Porto Alegre, Cléber Ferreira, apressa-se em garantir que não se trata de substituir o trabalho da BM de patrulhamento de rua.

— É um trabalho diferente do da BM. Estamos atendendo a uma ordem do governo, mapeando horários, dias e locais de maior incidência de furto e roubo de veículos, tráfico de drogas, entre outros crimes e, a partir daí, faremos incursões pontuais para tentar capturar delinquentes — explica Ferreira.

A programação com datas e locais não será divulgado por questões estratégicas, mas é certo que os pontos mais visados pelos ladrões de carro estarão entre as prioridades das ações policiais.

Evitar conflitos de tarefas é uma das preocupações

Na semana passada, no bairro Petrópolis, câmeras de vigilância flagraram Eloy Kath, 81 anos, sendo agredido e atropelado por assaltantes na Rua Artigas, que roubaram o Fit do idoso. Dias antes, no bairro Santa Cecília, o funcionário do Hospital de Clínicas Paulo Roberto Rosa de Oliveira, 54 anos, foi morto por ladrões que pretendiam roubar o Focus dele.

O coronel da BM Alfeu Freitas Moreira, comandante do policiamento da Capital, diz que, da forma como a Polícia Civil prometeu se organizar, não haverá interferência nas atividades tradicionais dos PMs.

A ofensiva da Polícia Civil foi definida em duas reuniões da cúpula da corporação com a SSP na semana passada, das quais também participou o comando da BM. Uma das preocupações era de evitar conflitos de atribuições.

Em Novo Hamburgo, em fevereiro 2008, por causa de uma rusga envolvendo registros de ocorrências feitos por PMs, policiais civis abandonaram delegacias e saíram para a rua organizando blitz. Em resposta, policiais militares também montaram barreira, 200 metros antes, na mesma rua, causando tumulto no trânsito e desconforto na SSP.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Depois das volantes ostensivas e das equipes uniformizadas de contenção, a polícia civil fará o policiamento preventivo discreto, restando resgatar a perícia nos seus quadros para completar o ciclo policial. Esta ocupando todo o espaço da atribuição policial.Depois das volantes ostensivas e das equipes uniformizadas de contenção, a polícia civil fará o policiamento preventivo discreto, restando resgatar a perícia nos seus quadros para completar o ciclo policial. Esta ocupando todo o espaço da atribuição policial. A Polícia Civil deixa de ser cartorária e meramente investigativa e judiciária para atuar também no policiamento preventivo e de contenção nas ruas.

MAIS DELEGACIAS PARA INVESTIGAR HOMICÍDIOS

ZERO HORA 20 de setembro de 2012 | N° 17198
 
SÓ PARA HOMICÍDIOS

Polícia irá criar 14 delegacias. Novas unidades serão inauguradas a partir de 1º de outubro com o objetivo de deter o crescimento do índice de assassinatos


JOSÉ LUÍS COSTA

A Polícia Civil se prepara para colocar em prática sua principal ferramenta para combater o crescimento dos assassinatos no Rio Grande do Sul. A partir de 1º de outubro, serão inauguradas 14 novas delegacias de homicídios nas 11 cidades mais violentas do Estado. O incremento das repartições será possível com a incorporação de 136 dos 731 novos escrivães e inspetores que se formaram ontem.

Oprincipal reforço será em Porto Alegre, que passa a contar com mais quatro delegacias de homicídios (hoje são duas). As outras 10 serão instaladas nas cidades, que, com a Capital, concentram 65% dos assassinatos. Até julho de 2012, os homicídios cresceram 15,1%, em comparação com o mesmo período de 2011.

As novas repartições serão chamadas de Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, provisoriamente, estarão subordinadas à Divisão de Homicídios (existente apenas no papel), que agora entrará de fato em prática, possivelmente, sob a forma de departamento. Terá a missão de avaliar os resultados mensalmente.

As novas DHPPs na Capital funcionarão em pontos estratégicos, ocupando prédios onde hoje estão instalados distritos policiais, que se especializarão na investigação de assassinatos. Três locais estão definidos: no bairros Sarandi (12ª DP), Partenon (23ª DP) e Anchieta (24ª DP). Ainda está em estudo a transformação da 6ª DP, na Tristeza, em DHPP. As novas unidades seguirão atendendo a ocorrências de qualquer natureza, mas a investigação caberá aos distritos mais próximos.

Em um primeiro momento, as duas atuais delegacias de homicídios (instaladas dentro do Palácio da Polícia Civil) deverão se concentrar, exclusivamente, em concluir e enviar para a Justiça todos os inquéritos de assassinatos em andamento. O prazo definido pela Chefia é de seis meses. Os crimes que acontecerem nesse período já serão investigados pelas novas DHPPs.

As unidades terão, em média, 25 policiais. A expectativa é de aumentar o esclarecimento de crimes. Em nove cidades onde foi criada uma força-tarefa, entre junho e agosto, aumentou em 91% o índice de elucidação de homicídios, segundo a Polícia Civil.

– Com as novas delegacias teremos condições de uma repressão mais qualificada, elucidando mais crimes e, a médio prazo, reduzindo o número de homicídios – afirmou o chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Junior.


Efetivo da Civil agora supera 6 mil

Com a formatura de 731 escrivães e inspetores ontem, a Polícia Civil passa a somar 6.036 agentes, aproximando-se do quadro de pessoal da década de 80, quando a corporação atingiu o mais elevado número de servidores.

O chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Junior, destacou que os critérios para distribuição dos servidores têm como foco a investigação. Dos 731, 701 (96%) foram designados para as áreas operacionais.

– Estamos aumentado em 15% o nosso efetivo. É um grande reforço para combater a criminalidade – afirmou Ranolfo.

Os novos agentes têm salário inicial de R$ 2,7 mil e receberão como material individual de trabalho pistola calibre .40, um par de algemas e um colete à prova de balas.

Conforme Ranolfo, será possível elevar em 47% a taxa de produtividade nas delegacias. Além do oxigênio extra nos quadros da polícia por conta dos novos agentes, a corporação passa por uma reformulação interna, com transferências (solicitadas voluntariamente) de 206 agentes. Ranolfo também lembrou que, em 30 dias, cem novas viaturas serão incorporadas à frota.

O último ingresso de agentes foi em outubro de 2010, com a contratação de cerca de 650 pessoas. Mais de mil policiais estão aptos a pedir a aposentadoria, pois já completaram 30 anos de serviço. A Chefia não sabe quantos deixarão a corporação, ou quando, mas já pediu à Secretaria da Segurança Pública autorização para abertura de concurso, ainda em 2012, para mais 700 agentes.