Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CERCO NA MATA E BARREIRAS NA SERRA



ZERO HORA 31/12/2012 e 01/01/2013 | N° 17299

TERROR NA SERRA

Cerco na mata para encurralar bandidos mobilizou Cotiporã. PMs montaram barreiras na Serra para prender bando e libertar os reféns

CARLOS GUILHERME FERREIRA

Insistência. Essa foi a tática adotada pela Brigada Militar (BM) para encurralar os cinco bandidos que escaparam com reféns – seis mulheres, dois homens e uma criança – em Cotiporã, na Serra, na madrugada de domingo.

Conforme o capitão Juliano Amaral, do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) da Serra, na manhã de domingo foram montadas quatro barreiras fixas nos pontos de ligação do município com outras localidades.

Houve substituição do efetivo entre o final da tarde e o início da noite, já que os bloqueios tinham duração indefinida – dependiam da captura dos criminosos. A polícia acreditava que eles poderiam tentar escapar ainda na noite de domingo.

– Vamos manter as barreiras até saírem daqui. Não tem horário – disse Amaral, antes da libertação dos reféns.

Além das blitze, os policiais apostaram em patrulhas móveis pelo interior de Cotiporã. A maior parte do efetivo – que não teve número oficialmente divulgado, mas estaria em torno de 150 homens – concentrou-se na localidade de Morro do Céu, aposta da BM como paradeiro dos fugitivos. Os reféns foram encontrados na localidade de Santa Lúcia, a cerca de cinco quilômetros de onde foram capturados. Helicópteros e cães farejadores também foram usados nas buscas, coordenadas a partir de um QG montado no prédio de três andares do centro administrativo de Cotiporã.

Conforme Amaral, os policiais dispunham de armamentos do calibre de metralhadoras, fuzis e pistolas. A ideia era estar a postos para um novo confronto, se necessário, e em iguais condições.

Aliás, o armamento pesado e os coletes usados pelos criminosos eram fatores que poderiam prejudicar uma tentativa de fuga – mais ainda porque, ao entrarem na mata, abandonaram o Astra que dirigiam. E a área onde estariam seria de vegetação densa.

– Eles estão sem muita logística – avaliou o capitão.

QG montado no centro da cidade

Toda a movimentação na caça aos fugitivos se refletiu na rotina dos 4 mil habitantes de Cotiporã. De acordo com o secretário da Fazenda, Aníbal Fellini, a presença maciça de autoridades, policiais e profissionais da imprensa impressionou os moradores:

– Estava comentando com a minha família: parece aqueles filmes de guerra, que montam um acampamento e uma estrutura.

Ele e outros voluntários trabalharam no QG do centro administrativo. Em uma sala fechada do térreo, disponibilizaram cerca de 20 colchões no piso de parquê, para o revezamento dos policiais no descanso. Tudo muito rápido: coisa de uma ou duas horas de sono.

Com a alimentação, o procedimento foi parecido. Optou-se por usar a estrutura do CTG Pousada dos Carreteiros, a cerca de 200 metros do QG, para cozinhar. Dali saíram um café da manhã composto por pão, suco e queijo, lanches e um almoço servido com bife, arroz e carreteiro.

No segundo piso do centro administrativo, estava a área central, pela qual passaram autoridades da segurança pública estadual – e que, por vezes, ficou sem o próprio comando de campo da operação, pela necessidade de acompanhar os deslocamentos do efetivo. Alguns policiais não dispuseram da estrutura, por ficarem em postos avançados, como em uma ponte sobre o Rio das Antas. Mesmo assim, o clima era de esperança para o resgate dos reféns.

De acordo com Aníbal, não se ouviam lamentos por uma ação desta magnitude acontecer justamente na virada do ano. Pelo contrário.

– Eles (policiais) diziam que não sairiam enquanto a situação não se resolvesse – contou.


PF alertou Brigada sobre movimentação do bando

Policiais federais investigavam há meses assaltantes de bancos que agem nos três Estados do Sul



A Brigada Militar e sua vasta rede de informantes monitoravam há semanas os passos do bando de Elisandro Falcão. Graças a dicas de delinquentes de menor expressão, o serviço de inteligência da corporação tinha conhecimento de que um grande ataque estava sendo planejado para o último fim de semana do ano. Como os quadrilheiros são radicados na Serra, a lógica é que o ataque fosse na região. Contribuiu também para o trabalho da BM a colaboração da Polícia Federal, que rastreava há meses a quadrilha. A PF também tinha a informação sobre o assalto iminente, mas, por falta de meios, apenas manteve conversações com os PMs.

Conforme ZH adiantou sábado, os federais começaram a investigar três bandos que praticam, nos três Estados do Sul, uma modalidade de crime conhecida como Novo Cangaço: assaltantes que usam armas de grosso calibre e fazem reféns durante os ataques. Em geral, a PF atua apenas em roubos a bancos federais, mas como as mesmas quadrilhas também atacam instituições estaduais ou privadas, na prática a investigação não se limita à jurisdição da corporação.

A BM tratou de buscar reforços em outros pontos do Estado, assim que deduziu que a Serra seria o alvo. Deslocou mais de cem policiais de Passo Fundo, Caxias do Sul e Porto Alegre, para palmilhar as pequenas localidades da região. Assim que as primeiras explosões sacudiram Cotiporã, PMs foram enviados para bloquear uma das estradas. Praticamente “colidiram” com os bandidos numa estrada vicinal. Desta vez, os policiais levaram a melhor.

Tarso elogia a “devida resposta” de BM e Estado

O ataque à fábrica de joias em Cotiporã mobilizou a cúpula da Segurança Pública do Estado durante o domingo. Por ordem do governador Tarso Genro, o titular da pasta, Airton Michels, foi ao município da Serra para acompanhar o trabalho da polícia na captura dos criminosos e no resgate dos reféns – considerada a “prioridade das prioridades” pelo governador.

Às 22h40min, após a libertação, o foco passou a ser a captura dos bandidos. Comandante da Brigada Militar na região da Serra, o capitão Juliano Amaral disse que barreiras seriam montadas por toda a região:

– Eles vão tentar fugir de toda maneira e nós vamos tentar encontrá-los de toda maneira.

Mesmo antes de os reféns serem localizados, o governador e o secretário da Segurança já despejavam elogios à atuação da Brigada Militar na ocorrência. Tarso enfatizou que “os criminosos receberam a devida resposta da BM e do Estado”. A morte de três assaltantes em confronto com policiais militares foi classificada por Michels como “legítima defesa” dos PMs envolvidos no tiroteio:

– Não trabalhamos com a hipótese de matar ninguém, mas, sim, de prender os infratores para que eles cumpram as penas. Nós trabalhamos dentro das orientações do Código Penal, da legítima defesa. Esse pessoal estava fortemente armado e foi para o confronto. Não tinha outra providência que não esta – defendeu o secretário.

domingo, 30 de dezembro de 2012

BRIGADA ENFRENTA BANDIDOS. TRÊS MORTOS E DOIS PM FERIDOS

ZERO HORA 30/12/2012 | 08h03

Criminosos explodem fábrica de joias, fazem reféns e trocam tiros com policiais em Cotiporã. No tiroteio, três criminosos morreram e dois policiais militares foram baleados


No início da manhã, foi realizada perícia no local do confronto entre PMs e criminososFoto: Guilherme Pulita / Agencia RBS

Três criminosos morreram em confronto com a Brigada Militar (BM) após assalto a uma fábrica de joias em Cotiporã, na serra gaúcha, na madrugada deste domingo.

Fortemente armados, cerca de 10 bandidos chegaram à cidade no início da madrugada. Por volta das 2h, eles realizaram pelo menos 10 pequenas explosões na fábrica.

A BM monitorava a atividade dos bandidos através de escutas e sabia que haveria uma atividade criminosa na Serra neste domingo. Houve reforço no policiamento e a Brigada chegou rapidamente ao local. Ao perceber a aproximação dos policiais, os bandidos fugiram com moradores da cidade que foram feitos reféns.

Na saída da cidade, a BM realizou um cerco aos criminosos e houve tiroteio. Três bandidos morreram, e dois policiais ficaram feridos. Um deles levou um tiro de raspão. O outro levou dois tiros de fuzil em um dos braços e em uma das pernas. Eles foram atendidos no hospital de Veranópolis e passam bem.

Os policiais negociaram, por cerca de uma hora, a liberação de cinco reféns e o resgate aos PMs atingidos. Um dos veículos utilizados na fuga conseguiu passar pela barreira e um número não informado de criminosos se escondeu em matagal da região. Não há informações se há mais reféns com os fugitivos.

A BM prossegue com buscas pela área. Os três criminosos que morreram no confronto ainda não foram identificados.

Por volta das 5h30min, o Grupo de Ações Táticas Especiais da Brigada Militar (Gate) isolou a área do confronto para explodir cinco quilos de dinamite, que foram encontrados com os bandidos. Ainda não há informações sobre o que foi levado da fábrica.


RÁDIO GAÚCHA E ZERO HORA


sábado, 29 de dezembro de 2012

NOVA ESTRATÉGIA CONTRA LADRÕES DE BANCOS



ZERO HORA 29 de dezembro de 2012 | N° 17297

NOVA ESTRATÉGIA. PF mira ladrões de bancos. Onda de ataques envolvendo explosivos e reféns transformados em escudos humanos nos três Estados do sul mobiliza Polícia Federal e faz polícias atuarem em conjunto

FRANSCISCO AMORIM E HUMBERTO TREZZI

A Polícia Federal entrou em campo para ajudar a conter a onda de ataques criminosos a banco que tomou conta do sul do Brasil. Razões não faltam. Entre 2011 e 2012, o número de assaltos e arrombamentos de estabelecimentos bancários subiu 23,7% no Rio Grande do Sul, 81,4% em Santa Catarina e 117% no Paraná, num total de 504 ataques até o início de novembro (último levantamento completo).

Como regra, a missão dos federais seria apenas atuar quando bancos federais são roubados – como a Caixa Econômica Federal. Mas, como crime é crime, não há limites para sua investigação.

– Acontece que os bandidos não respeitam qualquer delimitação. Os mesmos que assaltam bancos privados ou estaduais também atacam os federais. É por isso que temos realizado levantamentos sobre quadrilhas, sem levar em conta que tipo de agência atacaram – diz um delegado federal ouvido por Zero Hora.

O outro motivo da interferência dos federais é que os ataques a banco se transformaram numa epidemia interestadual, que ultrapassa divisas. Como as polícias estaduais têm notórias dificuldades de entrosamento, a PF almeja uma ação de maior abrangência, que supere rivalidades regionais e jurisdições estaduais.

Três quadrilhas em SC e no RS

Os federais já descobriram que pelo menos três quadrilhas têm feito um vaivém de ataques entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, assaltando num Estado e fugindo para o outro. Uma delas é a que era chefiada por Enivaldo Farias, o Cafuringa, gaúcho que atacava bancos nos dois Estados e foi preso em Cachoeirinha (RS) em agosto. Mesmo com ele atrás das grades, a estrutura do bando teria permanecido intacta.

Outra quadrilha é formada por bandidos radicados em Joinville (SC), que costuma atacar carros-fortes nessa região, mas estaria envolvido também em ataques a banco no RS. O principal nome é o do foragido Elisandro Falcão. E o terceiro bando seria um que também tem praticado assaltos na região serrana do Rio Grande do Sul.

Em paralelo à ação dos federais, as polícias civis tratam de se entrosar. Agentes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul planejam desde outubro investigações conjuntas, que acabaram de resultar numa operação que desarticulou parte de uma poderosa quadrilha de assaltantes (veja na página ao lado).

– Mais ações integradas virão – adianta o chefe da Polícia Civil, Ranolfo Vieira Junior.

O que tanto policiais federais quanto civis tentam descobrir é quem é o “matuto” – fornecedor de armas para essas quadrilhas. Há possibilidade de que o armamento usado pelos três bandos seja compartilhado, via aluguel de fuzis, escopetas e pistolas para dezenas de assaltantes.

Prisões no Estado e mortes no Maranhão

O núcleo gaúcho da PF já coíbe assaltos em geral. Em setembro, federais prenderam em Gravataí, na Região Metropolitana, 16 ladrões, entre eles Sérgio Rudinei Bauermann, o Da Nota, apontado como um dos responsáveis por assaltos à Caixa Econômica Federal, em Feliz, ao Banco do Brasil em São Francisco de Paula, Torres e Nova Bassano, ocorridos entre julho e setembro. Outro integrante do bando, preso depois, é Diego Moacir Jung, o Dieguinho, investigado pelo assalto a uma agência do Banco do Brasil em Parobé e outros cinco crimes contra instituições financeiras, incluindo o Bradesco, o Banrisul e o HSBC em Porto Alegre. Esses crimes tiveram uso de explosivos.

Em alguns casos, a federal jogou pesado. Em 2 de março de 2010, nove bandidos foram mortos pela PF durante assalto a banco no município de Santa Luzia do Paruá, interior do Maranhão. A quadrilha era monitorada e foi surpreendida ao ingressar, com armamento pesado, na agência local do Bradesco. Os bandidos foram mortos na troca de tiros.

Não foi o único episódio. Em novembro passado, operações simultâneas, feitas em conjunto pela PF, Polícia Civil e PM nos municípios de Marcelândia e Comodoro, em Mato Grosso, resultaram na morte de seis criminosos. Os policiais recuperaram cerca de R$ 1,2 milhão.


Ataques mobilizam polícias do RS e de SC

A visão de bandidos com capuz, armados com o que há de melhor na indústria bélica, dominando reféns e com maior poder de fogo que as polícias, tem apavorado as autoridades em todo o Brasil. Tanto que essa modalidade de crime, conhecida como Novo Cangaço, foi assunto dominante no encontro nacional de chefes de Inteligência policial, que congregou nos dias 13 e 14 em Brasília policiais civis de todos os 27 Estados.

De todos os tipos de assalto a banco, Novo Cangaço, que nasceu nos estados do Nordeste e de uns anos para cá migrou para o sul do país, é o mais temido. A tática é dominar pequenas comunidades e fazer o maior número possível de reféns. Em alguns casos, os bandidos cortam as comunicações telefônicas de toda a região, numa autêntica operação militar.

– Temos trocado informações, dossiês, fotos – resume o delegado Ranolfo Vieira Junior, chefe de Polícia do Rio Grande do Sul.

A cooperação é mais intensa entre os Estados do Sul, que registraram 504 ataques até outubro – ante 293 no mesmo período do ano passado. Um cálculo extraoficial é de que os bancos percam, em média, R$ 60 milhões anuais.

Como resultado da integração, em 22 de dezembro, o delegado Juliano Ferreira, titular da Delegacia de Roubos, coordenou uma operação-conjunta com colegas catarinenses. Vinte e cinco agentes participaram da ação, que resultou na prisão de três foragidos. Os policiais prenderam Douglas Souza da Silva, 27 anos, Fábio Rode de Oliveira, 22 anos, e Denis Martins Fernandes, 32 anos. Com eles foram encontrados dois fuzis (modelos M-16 e AK-47), pistolas, centenas de projéteis, miguelitos, dois coletes à prova de bala, quatro toucas ninjas, roupas camufladas, 10 celulares, câmera fotográfica, luvas e até uma alavanca usada para quebrar os caixas eletrônicos.

O trio teria vínculo com Elisandro Falcão, foragido suspeito de lidera a maioria dos assaltos com uso de explosivos e com vítimas usadas como escudos humanos na Serra.

Em Santa Catarina, o bando de Falcão é suspeito de um assalto em Praia Grande em 2011, do ataque a um carro-forte em Dona Francisca (próximo a Joinville) em outubro passado e também do assalto em Sombrio.


NOVA ESTRATÉGIA | Humberto Trezzi

O desabafo do delegado


Com a entrada em campo da PF e ações integradas das polícias Civis, é chegada a hora de o Judiciário se agilizar na questão de assaltos a banco. Pelo menos é esta a opinião de um conceituado policial gaúcho, o delegado Guilherme Wondracek, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

– Tenho inveja da polícia catarinense. Eles têm um Judiciário sempre a postos e conseguem resposta em 24 horas, não em duas ou três semanas, como tem ocorrido aqui no Rio Grande do Sul. Essa é a nossa mágoa – desabafa o policial.

A queixa dos policiais civis, às claras, é a mesma que policiais federais fazem a Zero Hora de forma mais discreta. As duas polícias sofrem com falta de agilidade dos juízes, quando se trata de apreciar pedidos de prisão, interceptação telefônica ou busca de provas. Hora de analisar: é compreensível que um magistrado tenha dúvidas sobre mandar prender ou não alguém. Ou antes de deixar que policiais revistem sua casa de alto a baixo. O problema é que, reconhecem os policiais, na maioria dos casos o juiz não tem dúvidas: ele tem é uma mesa repleta de trabalho e pouco tempo para analisar tanta papelada. O resultado é que muito pedido de urgência leva dias ou até semanas para ser apreciado.

Ora, criminoso escolado fica apenas alguns dias com um telefone, antes de trocá-lo. Está sempre mudando de casa. Remove também dinheiro e armas, que são indícios materiais. É por isso que um pedido de busca ou interceptação da polícia é sempre urgente. Precisam agir, antes que as provas sumam. No desespero, alguns policiais recorrem a magistrados amigos. Não deve ser assim. Já diz um ditado: Justiça tarda, mas não falha. Pois urge que tarde menos ou então a bandidagem continuará com motivos para celebrar.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

REAÇÃO IMEDIATA




ZERO HORA 28/12/2012 | 00h53

Tiroteio termina com um suspeito de roubo morto em Porto Alegre. Dupla teria reagido à abordagem da Brigada Militar na Avenida Plínio Brasil Milano


Bandidos tentaram fugir em um Focus e bateram em posteFoto: Brigada Militar / Divulgação


Após assaltarem dois bares na Avenida Plínio Brasil Milano, bairro Auxiliadora, em Porto Alegre, dois bandidos foram abordados por uma viatura da Brigada Militar (BM). Um deles foi morto durante um suposto tiroteio por volta das 23h30min desta quinta-feira.

Em um dos estabelecimentos, que estaria sendo fechado, dois funcionários foram trancados em uma peça enquanto eles levavam o dinheiro do local. Um morador teria visto a ação dos bandidos e avisado a BM. Quando eles estavam entrando em um Focus azul escuro para fugir, uma viatura do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) se aproximou. Segundo a polícia, a dupla reagiu com tiros e acabou batendo em um poste poucos metros depois, nas proximidades da Rua Silva Jardim.

Baleado e ferido em razão do acidente, Leonir Antunes, 28 anos, foi levado ao Hospital Cristo Redentor (HCR), onde morreu logo depois de dar entrada. De acordo com o setor de inteligência do 11º BPM ele era procurado pela polícia, pois havia sido condenado por roubo neste ano.

O outro assaltante seria um adolescente de 17 anos. Ele foi apreendido e levado ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca). A Brigada Militar recuperou uma quantia em dinheiro (que teria sido levada dos estabelecimentos). Também foram apreendidos dois revólveres usados pelos assaltantes.





COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Para o terror do cidadão e para o risco de confronto com policiais, a justiça solta mais 500 bandidos nas ruas sob alegação que não existe vagas nos presídios. É mais fácil atirar o problema para o cidadão e para os policiais do que processar o Poder político que não cumpre suas obrigações na execução penal construindo presídios. A justiça sabe que esta medida não comove o poder político, mas continua sacrificando o cidadão e os policiais. Parabéns aos bravos, corajosos e perseverantes policiais da Brigada Militar que não se intimidam e não deixam de arriscar a vida para colocar esta bandidagem na cadeia, mesmo sabendo que eles voltam por força de leis benevolentes e de uma justiça descomprometida com a ordem pública. E, pior, a Assembleia Legislativa que deveria representar o povo exigindo leis duras, construção de presídios e uma justiça coativa, entra em recesso sem se importar com o terror nas ruas e lares do RS.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

NÚMERO DE PRISÕES DOBRA E PODE CAUSAR COLAPSO NO SISTEMA PRISIONAL


País mandou para a cadeia, somente no primeiro semestre deste ano, o dobro das pessoas encarceradas em todo o ano de 2011. Situação pode levar o sistema penitenciário ao colapso

POR MARIANA HAUBERT | CONGRESSO EM FOCO, 26/12/2012 09:04



Presídio na Paraíba: superlotação e condições degradantes das prisões brasileiras tornam condenados mais violentos e distantes da ressocialização

Extremamente saturado, o sistema penitenciário brasileiro caminha para o colapso. Apenas no primeiro semestre de 2012, a elevação do número de presos foi de 35 mil em relação a todo o ano de 2011, o que representa o dobro do aumento registrado em todo o ano passado. A elevação fez com que a população carcerária do Brasil chegasse a 550 mil pessoas. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O alto número de prisões pode não estar necessariamente ligado a um aumento da criminalidade, mas a uma “cultura do encarceramento”. “É perceptível que houve um aumento da criminalidade violenta, principalmente nos grandes centros urbanos. Mas o que causa essa superlotação dos presídios está ligado a uma cultura de prisão que existe no país. A regra não é a da liberdade. Infelizmente, a prisão deveria ser a exceção. E essa cultura é da sociedade e também dos operadores do Direito de um modo geral. Promotores, advogados, enfim, todo mundo que lida com a área”, analisa Luciano Losekann, juiz auxiliar da presidência do CNJ, responsável pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário Nacional.

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça, em 20 anos a população carcerária do Brasil aumentou 450%. Para Luciano Losekann, o índice está ligado principalmente à política de repressão contra as drogas. Dados do próprio Depen corroboram a indicação feita por Luciano. Em 2010, 21% de todos os presos, o correspondente a 106,4 mil pessoas, foram detidos por crimes de tráfico.

A reincidência no crime de tráfico ambém é uma das causas da superlotação carcerária. “Basicamente, o que tem aumentado o número de presos é a reincidência decorrente do tráfico de drogas. Por isso, construir mais presídios ou aumentar a vaga nos que já existem é uma medida paliativa que não tem nenhuma eficácia”, diz Luciano.

Mudança cultural

A superlotação anda lado a lado com outro problema dos presídios brasileiro, que é a condição degradante a que são submetidos muitos presos, como mostrou em setembro o Congresso em Foco ao mostrar a dimensão do problema das prisões na Paraíba. Para enfrentar o problema, o juiz defende uma mudança cultural da sociedade, sobretudo dos operadores do Direito.

Na opinião de Luciano, apenas colocar alguém que cometeu um crime dentro da cadeia sem tratamento, contribuirá para formar uma pessoa mais violenta e com grandes chances de voltar a cometer os mesmos crimes. “É preciso investir no sistema penitenciário, tornando-o mais humanizado. Hoje, os presos são largados e jogados dentro das celas sem nenhum tipo de tratamento. Quem entra em um presídio hoje é obrigado a se aliar a uma facção por questão de sobrevivência lá. Se ele não faz isso, não sobrevive”, explica.

Segundo o juiz, esse tratamento humanizado passa, preponderantemente, pela abertura de concursos para novos técnicos, psicólogos e assistentes sociais habilitados a desenvolver trabalhos junto com os presos e executar atividades de qualificação profissional dentro dos presídios. “Hoje, as penitenciárias são apenas espaços de ócio. E a gente não pode nem falar em ressocialização. Temos que falar em socialização e inclusão. Por isso é importante dar um tratamento adequado, oferecendo educação, treinamento técnico. O perfil da maioria dos detentos é de pessoas que viveram à margem das políticas públicas e da sociedade. Quando esse público sai dos presídios, ele precisa de chances necessárias, e é papel do Estado ressocializá-lo, mas o Estado não tem cumprido com esse papel”, afirma o assessor do Conselho Nacional de Justiça.

Como forma de auxiliar na inserção social dos presos, o CNJ propôs ao Ministério das Cidades, em dezembro, a possibilidade de empregar a mão de obra de ex-detentos brasileiros e de condenados estrangeiros na construção de casas populares. O objetivo é prevenir a reincidência criminal, dando aos ex-detentos a oportunidade de inserção social. A iniciativa faz parte do programa Começar de Novo do CNJ.

Luciano acredita ainda que a discussão sobre a descriminalização do uso de drogas, principalmente da maconha, é urgente e essencial na tentativa de resolver o problema carcerário do país, já que o tráfico de drogas é a principal causa de condenações. “Eu acho que a gente tem que começar a pensar em mecanismos de descriminalização. Porque a repressão não tem funcionado. Hoje a gente frequenta qualquer estádio de futebol e vê os jovens consumindo livremente. Ou seja, a repressão não deu certo. Não sei se a descriminalização é a solução, mas temos que começar a pensar sobre isso. É uma questão muito difícil que envolve vários fatores”, pondera o juiz.

domingo, 23 de dezembro de 2012

BELTRAME, O HOMEM DO ANO

REVISTA ALFA, 08h12 15/12/2010

Homens do ano – José Mariano Beltrame. O xerife do Rio já morou dois anos dentro do prédio da polícia

Vicente Vilardaga





O homem responsável pela segurança do Rio de Janeiro dá expediente no prédio da Central do Brasil, no centro da cidade, com a fachada suja e cheio de mendigos na porta. No gabinete localizado no 4º andar, José Mariano Beltrame recebeu a reportagem de ALFA numa tarde de sexta-feira ensolarada no início de novembro, vestido com um discreto terno marrom. Na entrevista exclusiva, o policial falou como a chegada ao Rio mudou para sempre sua vida. Ele desembarcou na cidade em 2003, quando foi convidado a chefiar um grupo de investigadores da Polícia Federal que atuava na cidade tentando desbaratar quadrilhas de traficantes de drogas e de armas. Na época, a vida pessoal de Beltrame também passava por um período de mudança. Estava recém-separado de seu primeiro casamento e chegou a morar dois anos na sede da Superintendência da PF, no centro do Rio.

“Era mais prático e eu gostava do meu serviço. Vivi o problema da criminalidade 24 horas por dia”, afirmou ele. Saiu-se tão bem na função que foi indicado, em 2006, ao governador Sérgio Cabral para ser o secretário de Segurança do Rio de Janeiro.

Na conversa com ALFA, ocorrida duas semanas antes dos maiores combates na história da cidade entre as forças policiais e os bandidos, Beltrame parecia pressentir os problemas. Ele encabeçou a equipe que colocou em prática a primeira tentativa séria de intervenção pública no problema da violência nos morros, com a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Implantado há dois anos, no primeiro mandato de Sérgio Cabral, o programa já criou 13 unidades, que garantem a ocupação de mais de 30 morros e favelas. Nessas áreas, além da instalação de postos permanentes de policiais articulados com as lideranças comunitárias, foram construídos escolas e centros de saúde. “Instalar uma UPP é como jogar água quente no formigueiro”, disse Beltrame. “Sabemos que, com a perda de territórios, os comandos dos bandidos estão se reorganizando para tentar uma reação.”

As previsões do secretário se concretizaram. A crise de segurança teve início, com os bandidos promovendo tiroteios, arrastões e queimas de ônibus na cidade. A polícia reagiu com uma ação ainda mais ousada, invadindo, com o auxílio de tanques da Marinha, uma das favelas mais perigosas da cidade, a da Vila Cruzeiro, onde os bandidos estavam concentrados. Na fase seguinte, as forças de segurança ocuparam o Complexo do Alemão. A operação de reconquista da Vila Cruzeiro, transmitida ao vivo durante horas pelas TVs, num clima de “Tropa de Elite 3”, chegou a ser comparada por comentaristas mais exagerados ao desembarque dos Aliados na Normandia, durante a Segunda Guerra Mundial. Somente na primeira semana de conflitos entre policiais e bandidos, 217 pessoas foram presas e 34 morreram.

No final de novembro, Beltrame estava novamente quase morando dentro do trabalho. No auge dos combates nos morros da cidade, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro já havia recebido 17 ameaças de morte e andava escoltado por 20 policiais. Fazia suas refeições no próprio gabinete e, para vê-lo, sua família — Beltrame se casou pela segunda vez e tem um filho de 1 ano de idade — era obrigada a se deslocar para lá. Nas entrevistas em que falou sobre os confrontos, o secretário sempre demonstrou clareza e firmeza. Essas características já haviam ficado claras no encontro com ALFA, quando ele comentou o sacrifício necessário para cumprir a missão que está em suas mãos. “O jogo contra os criminosos é difícil, mas vamos vencê-lo”, afirmou.

FONTE: http://revistaalfa.abril.com.br/entretenimento/politica/homens-do-ano-jose-mariano-beltrame/

NOTA: matéria indicada por Jorge Peixoto 

PRESOS SUSPEITOS DE ASSALTOS A CAIXAS ELETRÔNICOS

ZERO HORA 23 de dezembro de 2012 | N° 17292

OPERAÇÃO POLICIAL. Suspeitos de assaltos são presos

Em uma operação articulada em parceria com a Polícia Civil de Sombrio, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prendeu na manhã de sábado três suspeitos de ataques a caixas eletrônicos no Estado. Eles foram capturados em Atlântida Sul, Gravataí e Canoas e com eles foram encontrados dois fuzis e munição. Um quarto suspeito, que deveria estar no Instituto Penal de Viamão, não foi localizado.

O trabalho foi realizado pelas delegacias de Roubo a Banco e Roubo a Cargas do Deic, além de participação dos policiais catarinenses, que tinham as ordens de prisão. Depois de ter negado pela Justiça um pedido de interceptação telefônica de um suspeito, a polícia gaúcha passou a trabalhar em parceria com os colegas de Sombrio. As escutas foram autorizadas pela Justiça catarinense, e os policiais passaram a trocar informações e monitorar os passos dos suspeitos.

Conforme o diretor do Deic, delegado Guilherme Wondracek, o trio é suspeito de explosões a caixas eletrônicos em Sombrio, Antonio Prado, Guaporé, Bom Jesus e em outros municípios gaúchos. O ataque mais recente teria ocorrido esta semana no Departamento Municipal Lixo Urbano (DMLU), em Porto Alegre. Depois de fazer reféns, o grupo arrombou um caixa eletrônico da Caixa Econômica Federal.

Com os suspeitos foram encontrados um fuzil AK-47, um M-16, farta munição, toucas ninjas, coletes balísticos e uma alavanca que os criminosos costumam usar para quebrar o dispensador de notas do caixa e facilitar a colocação dos explosivos.

O trio vai ser autuado em flagrante por porte de armas de uso restrito e por porte de munição e será levado ao Presídio Central.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Segundo manifestações na Radio Gaúcha, estas prisões só foram efetivadas graças à ação da justiça catarinense, pois a gaúcha teria negado o mandado.

sábado, 22 de dezembro de 2012

BM SURPREENDE, ENFRENTA E PRENDE ASSALTANTES DE POSTO

ZERO HORA, 22/11/2012

PORTO ALEGRE - Após assaltarem posto de combustíveis na Capital, bandidos são surpreendidos pela polícia

Houve perseguição e troca de tiros na Avenida A. J. Renner, duas pessoas foram presas

Depois de assaltarem um posto de combustíveis na zona norte de Porto Alegre e tentarem fugir em um Fiesta prata, três bandidos foram surpreendidos por uma viatura da Brigada Militar (BM). Eles levaram uma quantia em dinheiro, que ainda foi contabilizada pela polícia, de um estabelecimento localizado na esquina das avenidas Engenheiro Felicio Lemieszek e A. J. Renner, no bairro Humaitá.

Segundo o major Marcelo Tadeu Pitta Domingues, subcomandante do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), uma viatura da polícia viu quando o Fiesta saiu em alta velocidade do posto, por volta das 23h, e passou um sinal vermelho. Houve troca de tiros e o carro dos bandidos acabou parando após bater em outro veículo.

Um deles conseguiu fugir e os outros dois foram presos. Um deles, um adolescente, foi ferido com um tiro na perna. Foram apreendidos o dinheiro roubado e dois revólveres calibre 38.


POLÍCIA CIVIL PRENDE PASTOR QUE ERA BARÃO DO TRÁFICO




ZERO HORA 22 de dezembro de 2012 | N° 17291

Barão do tráfico era pastor na Serra. Foragido paulista capturado em Gramado é suspeito de trocar armas por drogas com grupos guerrilheiros

FRANCISCO AMORIM E HUMBERTO TREZZI

Pastor evangélico, pregando moralidade ao rebanho de fieis, Clóvis Ribeiro, 41 anos, não despertava desconfiança – exceto pelo fato de morar numa confortável cobertura no centro da cidade turística de Gramado, na serra gaúcha. Foi com surpresa que os moradores testemunharam a prisão dele, na manhã de ontem. E mais espantados ainda ficaram ao saber que é um dos criminosos mais procurados do Estado de São Paulo.

Morador de Santos (SP), Ribeiro, conhecido pelo apelido de Nai, seria o investidor dos lucros obtidos por uma quadrilha com penetração em toda a Baixada Santista e chefiada por Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho. O grupo limpava dinheiro em três concessionárias de automóveis e uma oficina.

Com o desaparecimento de Naldinho, em 2008 – supostamente eliminado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa paulista e rival da sua quadrilha –, Nai teria se refugiado no Rio Grande do Sul. Aqui mudou de vida. Passou a se apresentar como pastor evangélico. Usava o mesmo nome e inclusive renovou, este ano, a carteira de motorista. Isso é possível porque os bancos de dados das polícias estaduais brasileiras não se comunicam – policiais gaúchos não sabiam que ele era foragido.

Nai e Naldinho serviram juntos ao Exército e depois foram colegas no porto de Santos. Após investigação, agentes do Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc) paulista concluíram que os negócios da dupla eram fachada para lucro obtido com tráfico.

Os policiais surpreenderam o bando num sítio pertencente a Naldinho, em Ribeirão Pires (SP), em 6 de junho de 2005. No local e numa revenda de veículos foram apreendidos 20 carros. Policiais localizaram 245 quilos de cocaína. Os agentes do Denarc também acharam com o bando um arsenal: duas metralhadoras URU, uma metralhadora Beretta, uma metralhadora AMT, um rifle Winchester, uma pistola .380, uma pistola 9 mm, uma pistola Walter PPK 7.35mm, uma pistola CZ 7.65 mm e um revólver calibre 32. E milhares de projéteis.No entusiasmo pelas prisões, o delegado paulista Ivaney Carlos de Souza, do Denarc, classificou Nai e seu sócio Naldinho de “maiores traficantes de São Paulo”. Uma das suspeitas alimentada há anos contra Nai, é de que lave dinheiro obtido com o tráfico de armas para a guerrilha colombiana Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) – a mais antiga guerrilha da América.

Em setembro de 2005, foi interrogado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Armas da Câmara Federal (trechos ao lado). Ele negou, mas a suspeita é de que remetesse armas para os guerrilheiros colombianos, em troca de droga.

Mesmo se intitulando pastor evangélico, Nai continuou temido. Em 14 de novembro passado, ele teria ameaçado um pastor em Praia Grande (SP).

– O religioso, ligado à Assembleia de Deus, diz que Nai o ameaçou de morte caso não pagasse “uma dívida inexistente” – revela a Zero Hora o delegado Fábio Laino, do Denarc paulista.

Conforme a Polícia Civil paulista, Nai responde por homicídio de um suposto integrante do bando.



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

SUSPEITO DE HOMICÍDIO EM LIBERDADE TIROTEIA COM A BM


BM troca tiros com dupla de moto na Vila Cruzeiro, na Capital

Um deles foi preso e outro ainda é procurado

Leandro Luz 
via face 13/12/2012

Dois homens trocaram tiros com agentes de inteligência do CPC, no início da tarde desta quinta-feira, na Vila Cruzeiro, na Capital. Conforme o chefe da Agência Regional de Inteligência do Comando de Policiamento da Capital (CPC), Major Leandro Luz, uma equipe discreta notou uma dupla suspeita passando em uma moto pela rua Madre Brígida Pastorino. 

De acordo com o oficial, quando o passageiro levou a mão ao bolso para pegar a arma, um dos policiais atirou. Na troca de tiros, um dos criminosos foi ferido no braço, caiu da moto e tentou correr, mas foi capturado próximo ao Beco 82. 

A Brigada Militar cercou o local, em seguida, na tentativa de encontrar o condutor, que conseguiu fugir. L.P.S. de 18 anos, foi preso em flagrante e encaminhado à 2° Delegacia de Pronto Atendimento da Capital. Com ele, foi apreendida uma pistola 9mm. 

Conforme o Major Luz, o jovem que havia saído da prisão duas semanas atrás, é um dos suspeitos de um homicídio ocorrido na noite passada na região.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

OFENSIVA CONTRA O CRIME


ZERO HORA 11/12/2012 | 07h49

Polícia Civil deflagrou 314 operações em 2012

Denominadas "repressão qualificada", ações como a Pax, realizada na segunda-feira contra traficantes da Capital, ocorrem num ritmo de quase uma por dia



Novo helicóptero da Polícia Civil estreou em ação contra traficantes na CapitalFoto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS


Às 4h de ontem, 470 agentes se reuniram no pátio do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), no bairro Navegantes, para um ritual que se repetiu pela 314ª vez no Estado em 2012 — quase uma por dia, em média.

O grupo ouviu instruções do delegado Mário Souza, recebeu envelopes com ordens de prisão e apreensão, mapas e fotos e cruzou Porto Alegre em direção à Lomba do Pinheiro, à procura de traficantes de drogas que agem em uma das quatro áreas atendidas pelo projeto Território da Paz. O helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o bairro, estreando no apoio aéreo aos agentes em terra.

Chamada de Operação Pax (paz em latim), a ofensiva faz parte de uma das metas da política de segurança pública adotada a partir de 2011, e que vem sendo vitaminada este ano.

Classificada pelas autoridades de "repressão qualificada", a estratégia tem por objetivo reprimir o crime organizado de grande impacto social e prender, em uma tacada só, os bandidos que mais atormentam as comunidades.

— Em caso de quadrilha de ladrões de veículo, a ideia é pegar o assaltante que roubou o carro, o mecânico que adulterou o chassi, o estelionatário que falsificou os documentos e o receptador que ficou com o automóvel — explica o chefe de Polícia, Ranolfo Viera Junior, um dos idealizadores desse tipo de prática na corporação.

É a mesma tática consolidada há mais de uma década pela Polícia Federal e que vem sendo empregada pela Polícia Civil dos maiores Estados. Durante meses, um grupo de policiais em delegacias, no máximo sete agentes, se debruça na missão de coletar testemunhos, filmagens, fotos, escutas telefônicas, entre outros elementos contra quadrilhas.

Em alguns casos, no decorrer das investigação, até ocorre uma ou outra prisão em flagrante, mas o objetivo principal é sempre capturar o máximo possível de envolvidos na organização criminosa. Quando o conjunto de indícios e provas é considerado robusto o suficiente para mandar para cadeia os criminosos, são solicitadas ordens de prisão e de busca e apreensão, em geral, atendidas de pronto pela Justiça. A partir daí, são convocados agentes de outras delegacias e até de outras cidades para, ao amanhecer do dia seguinte, deflagrar a operação.

GALERIA DE FOTOS: veja mais imagens da Operação Pax

A Operação Pax consumiu um ano de investigação, e sua execução ontem resultou na prisão de 16 suspeitos (outras 11 pessoas já tinham sido capturadas anteriormente). Foram policiais demais para o número de presos no final da ofensiva? Não, na avaliação de Ranolfo.

— O delegado responsável pela investigação avalia os riscos. Em uma casa onde moram criminosos perigosos, ele pode escalar 10, 15 agentes para fazer o cerco. Não se sabe quantas pessoas podem estar lá dentro — explica.

De acordo com Ranolfo, a presença em massa de policiais em operações também é uma forma de transmitir segurança, "mostrando que o Estado tem poder sobre o crime".

*Colaborou Francisco Amorim



O ritual de uma grande operação


SEMANAS ANTES...

A decisão
– As operações com grande contingente são recomendadas quando uma investigação aponta para a desarticulação de grupos ligados ao crime organizado.

– O número de agentes envolvidos é decidido entre o delegado à frente da investigação e o diretor do departamento ou delegacia regional ao qual está vinculado.

– Para mensurar o número de agentes envolvidos é levado em consideração o grau de periculosidade dos suspeitos investigados e o número de mandados de busca e apreensão e de prisão concedidos pela Justiça.

O agendamento da operação
– A escolha da data depende de dois fatores: disponibilidade de agentes e movimentação dos suspeitos

– Ações com mais de cem agentes são comunicadas à Chefia de Polícia e ao setor de inteligência. A intenção é organizar a distribuição do efetivo e evitar o acúmulo de operações em um mesmo dia, desfalcando assim o trabalho nas delegacias.

– A escolha final do dia da operação fica a cargo do delegado à frente da investigação. Ela é tomada a partir da rotina dos suspeitos e da atividade criminosa que pode envolver transporte de armas, veículos roubados e drogas.

ÀS VÉSPERAS...

A preparação da ação
– A equipe responsável à frente da investigação também é responsável pelo levantamento dos locais onde serão cumpridos os mandados.

– Além de fotografar os locais nos dias que antecedem a ação, eles ainda preparam uma ficha de cada suspeito, com fotos, que será colocada em um envelope com o mandado a ser cumprido. Os envelopes só serão entregues momentos antes da operação.

– Enquanto agentes preparam a parte operacional da ação, fica a cargo da direção de departamento o recrutamento de outros policiais para a ação. Geralmente são empregados policiais da região onde ocorrerá a operação. A movimentação, por vezes, ocorre na noite anterior quando o efetivo se desloca de um ponto do Estado para outro.

NO DIA...

A preleção (briefing)


Foto: Ronaldo Bernardi, Agência RBS

– A reunião de policiais ocorre no final da madrugada, entre 4h e 5h, geralmente, na sede do departamento (ou delegacia regional) onde ocorreu a investigação.

– Apenas na preleção é informado aos policiais o alvo da operação. Cada equipe entre três e cinco policiais recebe um envelope com as informações sobre o mandado que deverá cumprir.

– Geralmente, os mandados contra os líderes da quadrilha ficam com os agentes que estão à frente da investigação.

– Em alguns casos a imprensa é informada da operação, sem que os detalhes sejam revelados para evitar vazamento. As equipes podem acompanhar o trabalho policial. Levantamento final.

– Depois de cumprir o seu mandado, a equipe retorna ao local onde ocorreu a preleção para entregar o material apreendido e repassar a custódia do suspeito preso, se for o caso.

– O material apreendido é catalogado. Parte das provas é guardada para análise da equipe de investigação na própria delegacia.

– Computadores e drogas, no entanto, são encaminhados para análise de peritos do Instituto-geral de Perícias.

– Após contabilizar os resultados da prisão, uma coletiva de imprensa é dada para relatar os detalhes da investigação.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Parabéns à Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul. Pena que todo este esforço que envolve planejamento, motivação, inúmeros agentes, várias viaturas, custo de dinheiro público, risco de morte e estresse não é compensado no Sistema de Justiça onde as coisas são morosas, distantes, negligenciadas e descompromissadas com a paz social.  A polícia brasileira parece sofrer a pena dada à Sísifo, num trabalho inútil diante de uma bandidagem que fica impune e livre pelas benevolências, vendo o crescimento das ondas de criminalidade, cada vez mais letais e com requintes de crueldade, ousadia e terrorismo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OPERAÇÃO DA PC NO TERRITÓRIO DA PAZ

G1 RS - 10/12/2012 07h55 - Atualizado em 10/12/2012 10h16

Operação mobiliza 550 policiais em Território da Paz em Porto Alegre

Buscas são realizadas na Lomba do Pinheiro com ajuda de helicóptero. Polícia cumpre 52 mandados no combate ao tráfico de drogas na região.




Policiais realizaram buscas no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)

Por Fábio Almeida - Da RBS TV

Foi deflagrada nesta segunda-feira (10) uma operação no bairro Lomba do Pinheiro, onde fica localizado um dos Territórios da Paz em Porto Alegre, na Zona Leste. Segundo a Polícia Civil são 550 policiais distribuídos em 250 viaturas. O objetivo é cumprir 12 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão no combate ao tráfico de drogas na região. Até as 8h30, 12 pessoas haviam sido presas. Os policiais apreenderam munição, armas, drogas e dinheiro.


Lomba do Pinheiro é um dos bairros onde funciona o Território da Paz
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)


No decorrer da investigação, que já dura um ano, foram presas outras 10 pessoas. Segundo o delegado Mário Souza, titular da 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico, responsável pela operação, durante o período foi feito um mapeamento da área, onde se identificou pelo menos 40 pontos de tráfico.

Também na investigação a Polícia Civil contabilizou 21 homicídios na região entre janeiro e outubro. Foram mais de 2 mil crimes registrados no período. Entre as ações dos suspeitos de tráfico estão cobrança de pedágio a moradores em alguns pontos, além de ocupação de residências para transformar em local de venda de drogas.

A operação conta com o auxílio do helicóptero da Polícia Civil pela primeira vez. O veículo foi recebido no dia 28 de novembro. Montado em Itajubá (MG), o veículo teve custo de cerca de US$ 4,1 mil, cerca de R$ 8,5 mil. O governo federal pagou 98% do valor.

Fonte: http://g1.globo.com