Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

AÇÃO EXEMPLAR


EDITORIAL ZERO HORA 11/02/2012

Em contraste com os episódios de queima de pneus e de ameaças de bombas que abalaram a imagem centenária da Brigada Militar no ano passado, merecem louvor a competência e o profissionalismo da corporação diante do assalto com reféns a uma agência bancária de Porto Alegre. Trata-se de uma daquelas situações explosivas que poderiam, na falta de bom senso, treinamento e meios adequados, conduzir a desfechos trágicos, como tem sido cada vez mais frequente em outros Estados. Nesse sentido, a ação exitosa da Brigada foi exemplar.

O primeiro feito a ressaltar é a chegada rápida de uma viatura policial ao local do assalto, a partir de uma ligação para o 190. Diante do pânico que naturalmente se dissemina em momentos como esse, policiais militares foram prestimosos em interromper o trânsito em uma das mais movimentadas vias da Capital, formar cordões de isolamento e prestar informações a parentes dos reféns. Ressalte-se que o distúrbio se somou ao fluxo intensificado de veículos e pedestres na região por conta de jogo no Estádio Beira-Rio, que normalmente exige atenção especial da corporação. Foi também a atitude firme e responsável da Brigada que permitiu o acerto com os criminosos para que fossem libertadas as mulheres, de três em três, e em seguida os homens. Destes últimos, todos foram revistados a fim de que se evitasse a fuga de bandidos que se fizessem passar por reféns. Dos cinco assaltantes, três foram presos, e não houve feridos.

Neste momento em que a mundialização da economia e os avanços tecnológicos tornam mais desafiadora e complexa a atividade policial, por conta dos recursos colocados também à disposição de infratores e criminosos, cresce a importância do treinamento e da inovação em corporações como a Brigada Militar. O amadorismo diante de bandidos bem armados e cada vez mais audazes – note-se que um dos assaltantes ingressou no banco numa cadeira de rodas, onde as armas estavam escondidas, burlando a vigilância e o detector de metais – só pode ter consequências nefastas. O episódio do assalto recente merece ser estudado pelas autoridades para que sirva de modelo à ação policial no futuro.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

OPERAÇÕES DA PF CONTRA A CORRUPÇÃO



As operações da Polícia Federal de maior impacto ao país - REVISTA VEJA, 10/09/2010
às 10:35 \ Brasil.


Nos últimos anos, a PF vem obtendo resultados de impacto em operações de âmbito nacional – algumas investigações jogaram luz sobre alguns dos mais repugnantes espetáculos de corrupção já vistos na história do país, como na Operação Caixa de Pandora. Em 2009, os agentes federais revelaram ao país as vergonhosas cenas do mensalão brasiliense, comandado pelo então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que teve o mandato cassado e passou uma temporada na prisão. Sem nenhum pudor, políticos foram filmados recebendo dinheiro de propina em meias, cuecas, bolsas e até via Correios. A mais recente operação da PF a abalar o governo chama-se Voucher, e foi deflagrada no Ministério do Turismo. Apenas no primeiro dia de ação, 35 pessoas foram presas.

Dois anos antes, a Operação Hurricane (furacão, em inglês) deu início ao que VEJA classificou como a maior devassa já sofrida pela Justiça. Numa ação sem precedentes na crônica policial brasileira, agentes federais vidências de venda de decisões judiciais, num esquema criminoso que pode ter chegado ao STJ, a mais alta corte do país para assuntos não-constitucionais.

A investigação levou 25 pessoas à cadeia e revelou a existência de um esquema clandestino de venda de sentenças e liminares, quase sempre destinadas a beneficiar empresários que exploram o jogo ilegal, sobretudo casas de bingo que operam com máquinas de caça-níqueis, o que é proibido por lei desde 2000. A Operação Hurricane foi uma das maiores da história policial, mobilizou 400 agentes e apreendeu 2 toneladas de documentos, em papel e meio magnético, além de capturar 19 armas, 51 veículos de luxo, 523 jóias, 160 relógios de marcas famosas e muito dinheiro em cheque e moeda sonante, no valor de 10 milhões de reais.

Em 2006, a Operação Sanguessuga da PF desmantelou uma quadrilha que roubou 110 milhões de reais destinados à saúde. Dois anos antes, descobriu-se que uma máfia, que ficou conhecida como a dos vampiros, desviava dinheiro destinado pelo Ministério da Saúde à compra de hemoderivados. A diferença é que os vampiros atuavam diretamente no Ministério da Saúde, enquanto os sanguessugas preferiam agir no Congresso Nacional. O roubo ocorreu na compra de mais de 1.000 ambulâncias para prefeituras de seis estados em cinco anos.

Os mafiosos aliciavam parlamentares para incluir emendas de compra de ambulâncias no Orçamento, prefeitos para montar licitações dirigidas e funcionários do alto escalão do governo para liberar rapidamente o dinheiro a ser pago pelas ambulâncias. As propinas eram garantidas com o superfaturamento dos veículos, que chegava a 260% do seu valor. Mais de 40 pessoas foram presas durante a operação.

Deflagrada pela Polícia Federal em 2007, a chamada Operação Navalha revelou que o empreiteiro Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, conquistava obras públicas mediante o suborno de uma ampla rede de colaboradores no mundo político. VEJA teve acesso à íntegra das provas produzidas pela PF. Esses documentos inéditos demonstram que, quando precisava de favores em Brasília, a turma de Zuleido recorria à bancada do PMDB no Senado.

A chave para o sucesso das investigações está na mudança de estratégia da PF. O sistema de escutas, que ainda é a base das investigações policiais de grande porte, foi modernizado e, talvez mais importante, a instituição mudou a tática de dar pequenos botes cada vez que os criminosos visados se mexiam demais. O método do momento é deixar o sabiá do crime voar livre durante algum tempo, cantando à vontade. O pássaro é seguido, gravado, identificado na sua rede de contatos. Ao fim de um período determinado, os agentes pegam o sabiá e mais um viveiro cheio de espécies variadas. Foi o que aconteceu em 2004 com a Operação Zaqueu, que pôs na mira uma dezena de auditores do trabalho suspeitos de praticar corrupção na linha de recepção e empresários dos ramos de construção e produtos eletrônicos, acusados do mesmo delito, na extremidade oposta.

O mesmo ocorreu na Operação Anaconda, que teve início em Alagoas com a denúncia de que um delegado aposentado da PF estava envolvido em um esquema para aliviar a situação de acusados em inquéritos policiais. A investigação durou um ano e meio, chegou a São Paulo, resultou em nove prisões – incluindo a mais fragorosa, do juiz federal João Carlos da Rocha Mattos – e contou com dois diferenciais: o rigor em relação ao sigilo das investigações e o uso de novas tecnologias nos procedimentos. Na Anaconda, foram grampeadas 181 linhas telefônicas, um volume que seria inadministrável no tempo em que as salas de arapongagem da PF eram uma profusão de tomadas e fios, cada um conectado a um gravador.

Nem sempre, porém, tudo corre como deveria com as investigações. A Operação Satiagraha conduzida pelo delegado Protógenes Queiroz, investigou crimes financeiros que seriam cometidos por um grupo comandado pelo presidente do Banco Opportunity, Daniel Dantas. Mas a operação também ficará marcada para sempre por ter servido de fachada para o funcionamento de uma máquina ilegal de espionagem que, em ousadia e abrangência, também não tem paralelo na história brasileira.

Durante um ano e meio, eles vigiaram e grampearam, além do banqueiro, deputados, senadores, juízes, advogados e jornalistas – na maioria das vezes, de maneira ilegal. Ao final, o delegado produziu um relatório que se presta a ajustes de contas pessoais, políticas e empresariais. Pelo fato de as autoridades terem usado o aparelho estatal de forma ilegítima e lançado uma série de acusações mal fundamentadas e formuladas, o resultado é que o banqueiro escapou da condenação a dez anos de prisão por corrupção ativa e da multa de 12 milhões de reais. A decisão foi do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que suspendeu todas as ações da Operação Satiagraha

A impunidade, produto resultante da soma de um trabalho policial precário com um código processual anacrônico e um sistema judiciário labiríntico, é um mal que, no Brasil, já se tornou endêmico. É preciso que a PF combata esse flanco, ainda que isso signifique cortar a própria carne. Assim, a corporação ajudará a combater um dos principais pilares da corrupção no Brasil.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA:

"A impunidade, produto resultante da soma de um trabalho policial precário com um código processual anacrônico e um sistema judiciário labiríntico, é um mal que, no Brasil, já se tornou endêmico."

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

GOLPE NO TRÁFICO E NO SUBORNO

PORTO ALEGRE - Polícia coíbe ação de traficantes

Agentes do Denarc acreditam ter dado, ontem, um golpe no tráfico formiguinha que se espalha na região do camelódromo da Capital. Depois de flagrar diversas vezes pequenos traficantes com quantias simbólicas de drogas nos arredores, a equipe comandada pelo delegado Mario Souza chegou aos fornecedores deles. Os criminosos foram surpreendidos dentro de um apartamento localizado nas imediações do centro comercial, na Rua Doutor Flores.


NOVA TRAMANDAÍ. CRIME AGRAVADO. Motorista preso ao tentar subornar PM

Um motorista com sinais de embriaguez acabou preso na madrugada de ontem no balneário de Nova Tramandaí, depois de supostamente tentar subornar um policial militar de Tramandaí. Por volta das 2h, ele teve o seu Chevette parado para uma fiscalização de rotina no km 19.

Ao solicitarem a CNH e os documentos do veículo, os policiais notaram a dificuldade na fala do motorista. Suspeitaram de que ele estivesse embriagado.

Ao se afastarem para buscar o bafômetro, o motorista seguiu os policiais. Sem fazer o teste, o homem, segundo o policial, admitiu que havia bebido cerveja.

Segundo o soldado, ao informar que ele teria a CNH retida, o motorista Saul Rattay dos Santos teria tirado R$ 150 do bolso e entregou o dinheiro ao policial.

REDE DE DNA - TECNOLOGIA PARA IDENTIFICAR CORPOS


Software desenvolvido para o FBI será usado por 16 Estados e cruzará informações genéticas de desaparecidos e familiares - FRANCISCO AMORIM, ZERO HORA 09/02/2012

Depois de elucidar recentemente três estupros ocorridos entre 2007 e 2008 em Lajeado, no Vale do Taquari, um software desenvolvido para o FBI de cruzamento de informações genéticas será usado agora no Rio Grande do Sul e em outros 15 Estados para identificar também corpos encontrados sem documentos. O banco de dados cruzará dados genéticos de ossadas e cadáveres encontrados sem identificação com o DNA de pessoas que buscam o paradeiro de familiares desaparecidos.

Administrado pelo setor de genética forense do Laboratório de Perícias, o Banco de DNA de Desaparecidos modificará o jeito de identificar corpos no Estado. Até hoje, o resultado de exames de DNA de cadáveres sem identificação era comparado apenas com o código genético de pessoas que se apresentavam como familiares. O método esbarrava em questões geográficas e temporais. Se uma ossada era encontrada distante de casa e muito tempo depois de o sumiço da pessoa ter sido registrado, por exemplo, encontrar familiares para exames de comparação era uma missão bem mais complicada.

– Com o software, será possível cruzar informações de amostras de diferentes casos. Ou seja, uma pessoa aqui no Estado poderá descobrir que o corpo de um familiar foi encontrado até em outro Estado – explica Cecília Helena Fricke Matte, chefe do setor de genética forense do Instituto-geral de Perícias (IGP).

O programa de computador também pode ser usado na identificação de vítimas de tragédias com muitos mortos. Recentemente, o software foi usado na identificação de restos mortais de passageiros do voo 447 da Air France que caiu no Atlântico em 2009 quando seguia do Brasil para a França.

Medida impedirá que família se sinta inibida a doar material

Conforme Cecília, além de casos já examinados que permanecem sem identificação do morto, serão inseridos no banco de dados mais 101 amostras a serem analisadas a partir deste mês.

– São amostras em que o DNA não foi extraído, pois não há material de referência, ou seja, de familiares para comparação. Agora, os dados serão inseridos e cruzados com dados de todas as pessoas que estão em busca de parentes – explica Cecília.

O banco funcionará de forma independente ao banco de DNA criminal. Assim, as autoridades brasileiras querem evitar que um familiar se sinta inibido a fornecer material genético para análise.



Como funciona

BANCO DE DNA DE DESAPARECIDOS - Para identificar um corpo ou ossada, um software desenvolvido para o FBI cruzará informações genéticas de desaparecidos e familiares. A rede integrará informações de desaparecidos do Rio Grande do Sul e outros 15 Estados, além dos dados armazenados pela Polícia Federal.

NOS ESTADOS UNIDOS - O banco de dados genético do FBI, a polícia federal americana, começou como um projeto-piloto em 1990, em 14 laboratórios estaduais. Em 1994, foi criado o Sistema Nacional de DNA nos Estados Unidos. Já são mais de 170 laboratórios interligados à rede no país. O banco de dados conta com mais de 8,9 milhões de perfis de criminosos, segundo dados de 2010. Em setembro de 2010, o banco produziu informações para 123,9 mil inquéritos. Fora dos Estados Unidos, 25 países já utilizam o software Codis. Entre eles, o Brasil. Fonte: Federal Bureau of Investigation (FBI).

CONTRA A PORNOGRAFIA INFANTIL

CONEXÃO ESPANHOLA. Ação da PF contra pornografia infantil - ZERO HORA 09/02/2012

A Polícia Federal (PF) prendeu ontem na Capital um homem suspeito de divulgar pornografia infantil na internet após autoridades espanholas identificarem o endereço de IP que distribuía as imagens. Assim que identificou o endereço do suspeito, a PF fez buscas na residência do homem de 32 anos, onde foram apreendidos câmera fotográfica, imagens de pornografia infantil, HDs e um notebook.

O homem, cuja identidade não foi informada pela PF, foi autuado em flagrante. A prisão ocorreu no dia posterior às ações do Dia Mundial da Internet Segura, que mobilizaram a Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal. Na ocasião, a PF visitou lan houses da Capital para distribuir material educativo sobre o uso seguro da internet.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

REINTEGRAÇÃO PINHEIRINHO - JUIZA ELOGIA PLANEJAMENTO E AÇÃO POLICIAL

REINTEGRAÇÃO DE POSSE NO PINHEIRINHO. Juíza Márcia Loureiro elogia o planejamento e a ação policial - TV O VALE, 27/01/2012



A juíza da 6 Vara Cível de São José dos Campos, Márcia Loureiro, responsável pela ordem de reintegração de posse da área do acampamento sem-teto do Pinheirinho, conversou com a reportagem da TV O VALE e disse que foi difícil tomar a decisão.

NOTA: Matéria indicada pelo Cel Ref José Macedo