Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

BM FAZ OPERAÇÃO EM BARES NO CENTRO DE POA

DIÁRIO GAÚCHO 11/12/2014 | 08h58

Cid Martins

Brigada Militar faz operação em bares no centro de Porto Alegre. Objetivo é coibir crimes como roubo e furto de veículos e também evitar ocorrências na área central nessa época de final de ano na região



Bares ficam na Praça Parobé e nas ruas Marechal Floriano Peixoto e Vigário José Inácio e na Avenida Júlio de Castilhos Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS



A Brigada Militar realiza na madrugada desta quinta-feira uma operação nos bares do centro de Porto Alegre, mais conhecido como "inferninhos". O objetivo é coibir roubos e furtos de veículos e também coibir ocorrências na área central na época das compras de final de ano, segundo a Rádio Gaúcha.

São 208 PMs escalados para a operação. Nove bares são alvo da operação e ficam na Praça Parobé e nas ruas Marechal Floriano Peixoto, Vigário José Inácio e Avenida Júlio de Castilhos. Dois foragidos foram presos, e houve o encaminhamento de três detentos que cumprem prisão domiciliar e estavam em um desses bares. Um dos locais, na Avenida Júlio de Castilhos, tinha alvará para funcionar como pizzaria — assim, a BM irá encaminhar documento à prefeitura para uma futura inspeção.



Dados da BM apontam que, em nove meses, 41 pessoas foram presas em operações nesses bares. Destes, 14 eram considerados foragidos, traficantes e ladrões.


Foto: Ronaldo Bernardi, Agência RBS

O tenente-coronel Francisco Vieira, comandante do 9º BPM, destaca que os criminosos que se refugiam nestes bares saem no final da madrugada para assaltar pedestres, motoristas de ônibus ou estabelecimentos comerciais.

— Eles pegam carros, que deixam estacionados em garagens aqui do Centro, a maioria com armas, e depois vão cometer os crimes — disse.

De acordo com o oficial, da Avenida Salgado Filho em direção ao Guaíba se concentram a maioria dos suspeitos que agem na Região Metropolitana. Já no outro lado da via, os que são da Capital. É neste ponto, inclusive, que ocorrem brigas entre integrantes de facções criminosas e, desde maio, foram registrados dois homicídios.

sábado, 6 de dezembro de 2014

POLICIAIS FEDERAIS GAÚCHOS SÃO SEGUNDO DO BRASIL EM OPERAÇÕES. PARANÁ SE DESTACA EM PRISÕES



ZERO HORA 06 de dezembro de 2014 | N° 18005

JOSÉ LUÍS COSTA


COMBATE AO CRIME. PF gaúcha em 2º lugar em operações

Ao longo de 2014, superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul executou 26 intervenções para desarticular quadrilhas, realizando 229 prisões. Pornografia infantil e tráfico de drogas estiveram entre as prioridades dos agentes


A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul é vice-campeã brasileira em operações em 2014. Foram 26 ofensivas contra o crime organizado, 16 a menos do que a PF em São Paulo, Estado quatro vezes mais populoso do que o RS e onde a corporação tem a maior unidade no Brasil.

As ações se concentraram na repressão a desvios de recursos públicos e ao tráfico de drogas, pois são os dois principais eixos de atuação da PF. Neste ano, o combate a um outro tipo de crime entrou o rol de prioridades por conta do avanço da exploração sexual de crianças e adolescentes.

– Notamos que o combate à pornografia infantil exige forte atuação – diz o delegado Sandro Caron, superintendente da PF no RS.

E foi nessa área em que os federais comandados por Caron deflagraram uma inédita ação com repercussão internacional, a Operação Darknet, em 56 prisões. Além de responsabilizar os autores dos crimes, ressalta Caron, a ação resgatou seis crianças em situações de abuso ou risco de estupro.

No combate às drogas, a Operação Suçuarana, em maio, ganhou destaque pela parceria com a polícia do Paraguai e pelo volume de recursos alvo de sequestro judicial – R$ 20 milhões, referentes a 21 imóveis, em condomínios de luxo no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, e a 120 veículos.

Outra ofensiva relevante foi a Operação Carmelina, em fevereiro. A importância não se dá pela quantidade de presos, mas pelo volume de vítimas: 30 mil pessoas supostamente lesadas pelo advogado Maurício Dal Agnol.

Ele representou o grupo em ações contra a antiga Companhia Riograndense de Telecomunicações e teria deixado de repassar à clientela R$ 100 milhões. O nome da operação foi uma homenagem a Carmelina Comin. Ex-freira, ela sofria de câncer, precisava de recursos para se tratar, mas morreu em 2012, aos 76 anos, esperando R$ 107 mil devidos pelo advogado.





Paraná é destaque em prisões


A PF no Paraná será lembrada pela Operação Lava-Jato, que apura esquema bilionário de corrupção envolvendo contratos da Petrobras, a mais contundente investigação no Brasil em parceria com procuradores da República.

Mas a maior ação dos paranaenses em 2014 – em número de prisões – teve o ápice no começo de abril. Foi a Operação Cavalo de Fogo, que levou para cadeia 156 pessoas envolvidas com tráfico de drogas – 84 capturas em flagrante – em cidades de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Além de recordista em capturas, a Cavalo de Fogo elevou para 23,1 a média de prisões por operação da PF no Paraná. O grupo criminoso transportava cocaína, crack e maconha do Paraguai para o Brasil, utilizando embarcações que atravessavam a fronteira pelo Lago de Itaipu com destino a São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

Ao longo de dois anos, foram apreendidos 1,3 tonelada de cocaína, 560 quilos de crack, 56 veículos, e, de uma tacada só, 37 toneladas de maconha, que estavam em uma carreta em Foz do Iguaçu.






quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

CEM ANOS DE COOPERAÇÃO POLICIAL INTERNACIONAL


Foto: Arte ADPF/Norberto Lima



PORTAL ADPF 04/12/2014 - 11:09:03


Luiz Eduardo Navajas




O ano de 2014 comemora o centenário do 1º Congresso de Polícia Criminal Internacional, ocorrido no Principado de Mônaco, que marcou o início da cooperação policial internacional e culminou, em 1923, com a criação da OIPC (Organização Internacional de Polícia Criminal), mais conhecida como Interpol.


Verifica-se há exato um século a preocupação com a delinquência transnacional, tema tão em voga nos dias atuais. O principal objetivo do Congresso era incentivar o contato direto entre as forças policiais dos diferentes países para facilitar as investigações que transpassassem as fronteiras geográficas e também estudar a “constituição e organização de uma polícia judiciária internacional, destinada a facilitar a procura e prisão de malfeitores” (Actes du Congrès, 1925).


Os 26 países que atenderam ao 1º Congresso delinearam as bases do que seria a Interpol atual, sem dúvida o principal canal de cooperação policial existente no mundo. Polícias de 190 países cooperam entre si utilizando as ferramentas oferecidas pela OIPC, além de bases de dados internacionais centralizadas nos servidores da Secretaria-Geral em Lyon, França.


O Brasil, embora presente ao Congresso de 1914, aderiu formalmente à Interpol somente em 1953, durante a Assembleia Geral em Oslo, Noruega, e após breve ausência em 1980, retornou como país membro em 1986. Representado pela Polícia Federal, hoje o Brasil é um dos principais atores no âmbito da cooperação policial internacional. Participa de grupos técnicos que estabelecerão parâmetros de investigação a serem adotados pelos países membros (respeitadas a soberania e legislação internas de cada um deles) e de grupos operacionais (Brasil ofereceu suporte às ações de identificação das vítimas do vôo Malasian MH17), além de utilizar diuturnamente os canais internacionais em prol de investigações e ações penais.


Nos últimos cinco anos o país viu grandes avanços em sua inserção na comunidade policial internacional. O Brasil registrou um expressivo aumento do número de prisões de foragidos internacionais em seu território (mais de 300 no período), ampliou o uso de tecnologias que permitem o imediato intercâmbio de informações, passou a vincular bases de dados internacionais com sistemas internos e aprovou a lei que autoriza a apresentação pela polícia de pedido de prisão cautelar para fins de extradição ao Supremo Tribunal Federal. Esses são apenas alguns dos exemplos que têm colaborado para o cada vez maior protagonismo nacional no combate ao crime transnacional.


Esse incremento nos trabalhos da área internacional da Polícia Federal possibilitou o sucesso do Centro de Cooperação Policial Internacional durante a Copa do Mundo 2014. Duzentos e seis policiais de 33 países e três Organismos Internacionais trabalharam de forma completamente integrada nas instalações da instituição em Brasília durante 40 dias, auxiliando os trabalhos de segurança do Mundial. Além da troca de informações imediatas entre os policiais estrangeiros e brasileiros, propiciando resultados imediatos às ações de segurança, a presença física de policiais estrangeiros ofereceu ao mundo a transparência das atividades de segurança realizadas, trazendo elogios da imprensa internacional e fulminando preocupações de autoridades estrangeiras quanto à segurança de seus times e torcedores durante sua estada em nosso país. Exemplo disso foi o caso envolvendo o principal “barrabrava” argentino, que ingressou no Brasil ilegalmente e desafiava a polícia argentina a cada jogo da seleção de seu país, e graças aos trabalhos conjuntos entre as polícias brasileira e argentina foi localizado e deportado ao seu país natal antes que pudesse causar problemas mais graves nos estádios.


Ainda há muito a ser feito, é certo. As dimensões continentais do Brasil, a vizinhança com países produtores de drogas, o aquecimento da economia que faz com que muitos estrangeiros em situação vulnerável aqui busquem refúgio e a receptividade calorosa da população brasileira com relação às pessoas de outros países aumentam o desafio da polícia na prevenção e repressão à criminalidade, na segurança das fronteiras, no patrulhamento aeroportuário etc. E, para isso, a cooperação policial internacional mostra-se como ferramenta imprescindível.


Capacitação de policiais em relações internacionais, adequações legislativas, reconhecimento de canais de cooperação modernos, autonomia da atividade policial, dentre outros, são requisitos indissociáveis da manutenção do país como ator relevante na seara internacional. Ciente dessas necessidades, o Brasil tenta se adequar a essas exigências, adotando medidas de aperfeiçoamento das instituições que atuam na área.


O centenário da cooperação policial internacional merece ser comemorado por todos aqueles que buscam o ideal de um mundo mais seguro e justo.


 http://www.adpf.org.br/adpf/admin/painelcontrole/materia/materia_portal.wsp?tmp.edt.materia_codigo=7177&tit=Cem-anos-de-cooperacao-policial-internacional#.VICYCclBpI1

sábado, 6 de setembro de 2014

REDES SOCIAIS COMO ALIADAS

DIÁRIO GAÚCHO 06/09/2014 | 07h05


Marilice Daronco

Polícia Civil usa redes sociais como aliadas no combate ao crime. A prisão de uma jovem de 18 anos por tráfico, em Santa Maria, na última terça-feira, chamou a atenção devido a ostentação que ela fazia em suas redes sociais


Suspeita de tráfico postava fotos com armas no FacebookFoto: Facebook / Reprodução


A prisão de uma jovem de 18 anos por tráfico, em Santa Maria, na última terça-feira, chamou a atenção devido a ostentação que ela fazia em suas redes sociais, exibindo fotos com armas, dinheiro e até fazendo comentários sobre a venda de drogas. Até então, a Polícia Civil da cidade não tinha divulgado que vinha usando as redes sociais para monitorar suspeitos de crimes. Mas as redes sociais, cada vez mais, estão se transformando em aliadas das investigações.

_ Não temos mais como deixar de usar as redes sociais. Elas são uma importante fonte de informação. Há criminosos que mostram cenas do seu cotidiano e elas estão ligadas a crimes. É uma forma deles de demonstrar poder e de, de certa forma, afrontar à polícia_ comenta o titular da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (DEFREC), Sandro Meinerz.

Um dos casos investigados pela 2ª Delegacia de Polícia Civil é o de um suspeito de assaltos a uma loja de roupas e a uma farmácia no bairro Tancredo Neves. Os vídeos das câmeras de segurança foram divulgados, compartilhados nas redes sociais e a delegacia acabou recebendo uma denúncia anônima de uma pessoa que viu o vídeo no Facebook e que revelou à polícia que o homem tinha perfil no site de relacionamentos.

_ Ele não tinha passagem pela polícia, dificilmente chegaríamos a ele se não fossem as redes sociais. Infelizmente, ele foi para Santa Catarina, mas estamos tentando capturá-lo_ diz o inspetor Jucelino Wiethan.

Para o psicólogo Luís Henrique Pereira, tanta exibição pode ter uma explicação:

_ É uma demonstração de força, de exibição. Ao mesmo tempo, assim eles buscam amedrontar os oponentes com a sua capacidade. Isso envolve uma questão imaginária, relacionada a vigor. Com as fotos e comentários, eles acreditam ter a potência de se transformar em ameaça, em potencializar as suas ações. Eles querem ser admirados e temidos_ afirma Pereira.


DIÁRIO DE SANTA MARIA

domingo, 31 de agosto de 2014

TECNOLOGIA AVANÇADA CONTRA LAVAGEM DE DINHEIRO

CORREIO DO POVO 30/08/2014 20:12

Polícia do RS usará nova tecnologia contra lavagem de dinheiro. Laboratório vai disponibilizar informações de transações bancárias através da internet




Polícia do RS usará nova tecnologia contra lavagem de dinheiro
Crédito: Alexandre Mendez/CP Memória


A partir do dia 12 de setembro, o Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) da Polícia Civil vai ter acesso ao Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (Simba), desenvolvido pelo Ministério Público Federal. Trata-se de um conjunto de processos, módulos e normas para tráfego de dados bancários entre instituições financeiras e órgãos governamentais. O LAB-LD da Polícia Civil foi inaugurado em junho deste ano. No RS, o Ministério Público do Estado já dispõe de um LAB-LD desde 2009.

Coordenadora do laboratório da Polícia Civil, a delegada Greta Moura Anzanello explica que, devido ao Simba estar online, será possível o acesso via web às informações bancárias. Ela lembra porém que sempre haverá necessidade de autorização judicial. Sobre o trabalho já realizado desde a inauguração em junho, a delegada aponta que até o momento só uma investigação policial em andamento em Porto Alegre chegou ao LAB-LD. No entanto, ela justifica que o volume de casos atendidos crescerá com o tempo, sobretudo a partir da incorporação de todas as ferramentas disponíveis. Em outros estados, compara Greta, o serviço nos laboratórios de lavagem de dinheiro cresceu de modo gradual.

A previsão é de que o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), além do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) e do Departamento de Polícia do Interior (DPI), sejam os que mais requisitarão o LAB-LD. “No entanto, ele está aberto a todas as delegacias”, faz questão de ressaltar a delegada Greta.

A equipe do laboratório é composta por policiais civis especializados em tecnologia da informação e analistas de informações. Todos foram treinados desde setembro do ano passado para o desempenho das funções.

O LAB-LD da Polícia Civil foi implantado depois de realizado acordo de cooperação celebrado entre o Ministério da Justiça e o governo do Estado em julho do ano passado. Destinado aos casos de complexidade, que contenham volume e massa de dados significativos para análise, originários de quebras de sigilo fiscal, bancário ou tributário, o laboratório de lavagem de dinheiro está preparado também para investigar atuação de bando, quadrilha ou organização criminosa, com mais de três indivíduos, com fortes indícios de lavagem de dinheiro. O LAB-LD busca ainda a integração entre os estados na recuperação de ativos, fruto da atividade ilícita.



Fonte: Álvaro Grohmann/Correio do Povo

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

PERÍCIA MODERNIZADA


ZERO HORA 22 de agosto de 2014 | N° 17899

DÉBORA ELY


Tecnologia rápida para resolver crimes no Estado

NOVOS EQUIPAMENTOS DO IGP devem acelerar análise de vestígio biológico e fomentar o banco de DNA, mas podem não destravar os casos mais antigos



A partir desta semana, o processo de extração de DNA pelo laboratório do Instituto-Geral de Perícias do Estado (IGP) não deverá demorar mais do que 30 minutos. Até então, o estágio – apenas uma das três etapas para chegar ao perfil genético de um indivíduo – levava pelo menos dois dias. A razão para a recente agilidade é a implantação da automação no processamento de vestígios biológicos para exames de DNA. O projeto tem o efeito de auxiliar na resolução de crimes por meio da comparação de perfis genéticos, principalmente nos casos em que o agressor é reincidente.

Ao custo de R$ 250 mil bancados pelo governo do Estado, os equipamentos mais modernos começaram a funcionar na manhã de ontem. O objetivo do projeto é ampliar o já existente Banco de Perfis Genéticos – que hoje conta com 300 amostras no Rio Grande do Sul, podendo chegar a 3 mil DNAs relativos a crimes de autoria desconhecida que já se encontram armazenados no IGP.

– O foco principal será o processamento de vestígios de casos em que não há suspeitos, além da coleta em condenados de crimes violentos para inserção no banco – explica a diretora do Departamento de Perícias Laboratoriais do instituto, Trícia Albuquerque.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

BM INSTALA PLATAFORMA DE OBSERVAÇÃO


CORREIO DO POVO 30/07/2014 10:21

BM instala caminhão com câmeras na Restinga. Imagens podem ser captadas a uma distância de até três quilômetros



A Brigada Militar instalou uma plataforma de observação elevada próximo à Escola Estadual Ensino Médio José do Patrocínio, no bairro Restinga, zona Sul de Porto Alegre. O veículo é equipado com câmeras fixas e mais três câmeras capazes de se movimentar por 360 graus. O alcance de captação de imagens é de até três quilômetros e o caminhão também é equipado com uma sala de monitoramento.

A polícia dispõe de mais dois caminhões semelhantes e a decisão de usar um deles na localidade veio depois da morte de um homem dentro de um restaurante da rua Antônio da Silveira, no começo da tarde desse domingo. A vítima, identificada como Tiago Teixeira Paixão, foi atingida nas costas e morreu no local.Na segunda-feira, segundo moradores, traficantes impuseram um toque de recolher a partir das 14h, no entanto, a polícia afirma que foi apenas uma informação equivocada e que não houve o toque de recolher por parte alguma.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

POLICIAL DO FUTURO

BLOG EDUCAÇÃO E SEGURANÇA terça-feira, 15 de abril de 2014



Novas tecnologias a serviço do policial do futuro


Realizada no Rio de Janeiro, a Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para a Segurança Pública (Interseg) reuniu mais de 70 expositores do mundo todo. O evento, considerado o maior do setor na América Latina, apresentou novas tecnologias que devem ser empregadas pela polícia brasileira em um futuro não muito distante. Entre os acessórios high-tech estão óculos equipados com microcomputadores, um notebook blindado, um coturno à prova de balas e uma nova arma não letal. Veja alguns desses equipamentos que podem entrar em ação em breve:





Microcâmera acoplada Pode ser acoplada ao policial através do uniforme ou a robôs e cachorros em missões de resgate. Envia, através de um aparelho parecido com um roteador de computador, as imagens para o centro de comando. Já é utilizada por forças de segurança nos Estados Unidos.









Óculos-computador Parecido com um headphone, este computador apresenta uma microtela ampliada por uma lente, que fica próximo ao olho esquerdo do policial. Através de comandos de voz, o policial pode acessar imagens de câmeras de segurança, assim como documentos armazenados ou enviados via conexão wi-fi. Produzido pela Motorola, já é utilizado nos Estados Unidos.



Coturno à prova de balas




Coturno à prova de balas Desenvolvida pela empresa paranaense Guartelá, a bota blindada Shell DRYclima promete dar total proteção aos pés e tornozelos de policiais e militares contra armas de fogo. Revestido com kevlar - o mesmo material usado em coletes à prova de balas -, o coturno impediu a perfuração por munições de calibres .38, 9 mm e .40. O produto ainda está em fase de testes.


Notebook blindado






Notebook blindadoEste notebook é capaz de suportar grandes variações de temperatura, quedas e derramamento de líquidos. O equipamento pode ser utilizado em missões especiais e resgates. A Panasonic, fabricante do computador, afirma que o produto já está em uso em instituições militares brasileira. A empresa, entretanto, não especifica quais são.


CSI Portátil





CSI portátilO Universal Criminal Workstation é um equipamento do tamanho de um aparelho celular dotado de um sensor biométrico, capaz de identificar impressões digitais e comparar com o banco de dados em uma estação de reconhecimento. Atualmente, está em fase de teste para adoção pela Secretaria de Segurança do Maranhão.


Spark, a arma não letal brasileira






Spark, a arma não letal brasileiraSe estiver a pelo menos 10 m de distância do alvo, o policial poderá utilizar uma arma não letal para causar contrações musculares e desorientação mental, paralisando o contraventor. A Spark - arma desenvolvida pela brasileira Condor similar às tecnologias dos Tasers produzidos nos Estados Unidos e na China - atira dardos que soltam uma descarga elétrica, atingindo o sistema nervoso da vítima sem causar lesão permanente ou risco de morte. A Spark tem mira a laser, cartucho com trava de proteção, baterias recarregáveis e pode ser usada em ambas as mãos. Várias instituições brasileiras de segurança já usam tecnologias importadas semelhantes.


Localizador Vital






O equipamento faz com que o comando saiba a localização exata do policial. O PSM Responder monitora o corpo de quem está utilizando-o e envia as informações via sistema de rádio para um computador. É possível saber em tempo real os batimentos cardíacos do policial e se ele está deitado ou em pé, por exemplo. Ideal para situações de emergência, como incêndios ou ações de risco. Até o momento, equipamento só é usado pela polícia nos Estados Unidos.


http://fabiopavoni.blogspot.com.br/2014/04/policial-do-futuro.html

quinta-feira, 19 de junho de 2014

POLÍCIA DESARTICULA QUADRILHA DE ROUBO E DESMANCHE DE CARROS


ZERO HORA 19 de junho de 2014 | N° 17833


OPERAÇÃO. Quadrilha de roubo de carros é desarticulada




Uma quadrilha responsável por roubar ou furtar aproximadamente 50 veículos desde o começo do ano, na Capital e Região Metropolitana, foi desarticulada em operação da Polícia Civil durante a manhã e a tarde de ontem. O grupo desmanchava principalmente caminhonetes de luxo para vender as peças, encomendadas com antecedência em ferros-velhos do Litoral Norte e de cidades da região sul do Estado.

Veículos de alto valor, como L200 e Hilux, estavam na mira dos assaltantes. Segundo o delegado Juliano Ferreira, do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), os alvos eram veículos com peças caras porque, no mercado paralelo, custam cerca de 30% do valor das legítimas.

Na ação de ontem, sete pessoas foram presas, incluindo dois donos de ferros-velhos e três ladrões de veículos. Outras sete já haviam sido detidas ao longo da investigação, que incluiu escutas de telefonemas feitos entre integrantes da quadrilha. Por se tratar de mandados de prisão temporária, a polícia não divulgou os nomes dos suspeitos.

– Eles roubavam e furtavam carros, caminhonetes e caminhões na zona norte da Capital e em Gravataí, Canoas e São Leopoldo. Depois, levavam para desmanches. Um deles ficava em Viamão, onde desmanchavam e, a partir daí, revendiam para ferros-velhos de Pelotas, Rio Grande e Litoral – explica o delegado.

Gravações telefônicas ajudaram a identificar como agia a quadrilha. Em uma delas, um homem cita um Ômega, mas alerta sobre a suspeita da polícia: “tô’ te avisando, a Brigada ‘tá’ indo atrás de ti”, afirma um dos interlocutores.

A ação foi batizada de Operação Estância Grande porque o desmanche de veículos em Viamão descoberto pela polícia ficava em uma área rural. As prisões dos seis homens e de uma mulher ocorreram em Porto Alegre, Capão da Canoa, Canoas, Gravataí, Alvorada e Viamão, com participação de cerca de 40 policiais. Todos foram encaminhados ao Presídio Central e ao Madre Pelletier.

terça-feira, 17 de junho de 2014

A DEDICAÇÃO POLICIAL CONTRA O MENTOR DE SECO



O mentor do Seco. Imagens mostram como polícia matou um dos principais assaltantes de carro-forte do Brasil. Agentes da Polícia Civil esperaram a quadrilha de Carlos Ivan Fischer, o Teco, entre Sobradinho e Candelária, e mataram o bando

por Carlos Wagner e José Luís Costa, ZERO HORA 17/06/2014 | 10h17



No final da manhã do dia 6 de junho, no meio de uma densa cerração, surgiu um caminhão truck – que tem dois eixos na traseira – vermelho se deslocando de maneira lenta na ERS-400, no sentido de Sobradinho a Candelária. O veículo parou no início de uma das poucas retas nos 45 quilômetros da estrada sinuosa que liga as duas cidades. A cerca de 600 metros, no sentido oposto, surgiu um carro-forte na chamada Curva das Cobras. Parte do que aconteceu a seguir foi registrado em fotos e vídeos pela Polícia Civil, obtidos por ZH.


Em um dos lados da rodovia há um paredão de granito da Serra onde foi escavada a estrada e, no outro, uma área de mata nativa seguida por uma ribanceira. Escondidos no matagal, distribuídos ao longo dos 600 metros da reta, a cena era observada por 50 agentes da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Delegacia Especializada de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Santa Cruz do Sul, cidade agroindustrial do Vale do Rio Pardo.

Crédito: Divulgação / Polícia Civil

O truck era dirigido por Carlos Ivan Fischer, 46 anos, o Teco, um dos pioneiros no assalto a carro-forte no Brasil. A alguns metros da traseira do caminhão, um automóvel Cruze branco era conduzido por Márcio Pereira de Souza, o Chapolin, e ocupado por André Rodrigues Pereira, o Boca de Lata, e Fernando Pereira da Silva — os três cúmplices de Teco. Aguardavam por eles os delegado Joel Wagner, da Roubos, Luciano Menezes, da Defrec, e policiais do Grupo Tático Especial (GTE) treinados para confrontos com armas de grosso calibre ligados ao Deic.

Os policiais haviam chegado ao local por volta das 3h. Enquanto alguns vigiavam a estrada, os outros se acomodavam em sacos de dormir. Segundo o delegado Wagner, dois meses antes havia chegado a sua mesa uma informação obtida por meio do cruzamento de relatos de informantes, escutas telefônicas e depoimentos em inquéritos policiais de que Teco estava formando um grupo para atacar um carro-forte no trecho entre Sobradinho e Candelária.

Polícia monitorava atividades de quadrilha – Cesar Lopes / Especial

O ataque

Wagner alertou o colega Menezes sobre o que estava para ocorrer. Durante dois meses, por diversas vezes, os agentes percorreram os 45 quilômetros entre as duas cidades para decidir em que local esperariam pela passagem dos bandidos, todos os quatro considerados muito perigosos. Decidiram que o local ideal seria ao longo da única reta na estrada, que se inicia após a Curva das Cobras.

O passo seguinte foi apostar no dia em que o ataque iria ocorrer. Pelas informações coletadas, os agentes da Roubo acreditavam que a ação seria realizada no dia 5 ou 6, datas em que o carro-forte abastece os bancos da região por ser período de pagamento de salários e de aposentados.

— No começou do mês, nós tínhamos o local e as datas prováveis do ataque, era uma aposta — recorda o delegado.

Logo que avistaram o truck vermelho rodando devagar, os policiais respiraram aliviados: haviam acertado a aposta. Teco, que dirigia o caminhão, esperou o carro-forte se aproximar. Em questão de segundos, acelerou o truck e bateu contra o carro-forte com a intenção de tirar o veículo da estrada. Ele não contava que, dirigindo o blindado, estava uma habilidosa mulher de 31 anos. Com agilidade, conseguiu manobrar e manter o veículo na estrada.

O truck destruiu a frente do carro-forte e acabou batendo no paredão. Imediatamente, Teco saltou da cabine, enquanto os outros três bandidos deixaram o automóvel branco que vinha logo atrás. Os quatro teriam efetuado disparos com suas armas automáticas em direção ao blindado. Os bandidos foram surpreendidos pelos disparos que vinham de dentro do matagal, onde os policiais aguardavam o momento de entrar em ação.

No meio no tiroteio, a motorista do carro-forte conseguiu dar a partida no veículo e saiu do meio do fogo cruzado. Foram cerca de quatro minutos de intenso tiroteio com mais de uma centena disparos. Ao final, Teco, Chapolin e Boca de Lata estavam mortos. O quarto bandido, Silva, ferido em uma das pernas, conseguiu fugir e foi capturado meia hora depois.

A morte de Teco seria o fim de uma era dos assaltos a carros-fortes, aposta o delegado Wagner. Teco foi o mentor intelectual de bandidos como José Carlos dos Santos, 34 anos, o Seco, atualmente cumprindo pena no Presídio de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Durante quase uma década, Seco roubou carros-fortes nas estradas gaúchas. Teco e seus seguidores foram derrotadas pelas novas técnicas de investigação _ das quais o compartilhamento de informações e o cruzamento de dados são os dois pilares fundamentais.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

OPERAÇÃO INTEGRADA CONTRA O TRÁFICO EM VILA DE PORTO ALEGRE

DIÁRIO GAÚCHO 15/05/2014 | 08h17

Carlos Ismael Moreira

Vila Cruzeiro. Mais de 130 policiais realizam operação contra o tráfico de drogas na Capital. Suspeitos chegaram a jogar drogas e materiais do tráfico pela janela de prédio na Rua Orfanotrófio, no bairro Santa Tereza


Polícia deve realizar mais de 20 mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feiraFoto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS


Operação policial reúne 60 agentes da Polícia Civil e 78 policiais militares em uma ofensiva contra o tráfico de drogas e o combate aos homicídios na Vila Cruzeiro, no bairro Santa Tereza, na zona sul da Capital. Serão cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em vários pontos espalhados pelo bairro.

Em um condomínio da Rua Orfanotrófio suspeitos chegaram a jogar drogas e materiais do tráfico pela janela. Cerca de R$ 5 mil foram apreendidos em um dos apartamentos.

Conforme o titular da 20ª Delegacia de Polícia, delegado Luiz Fernando Martins Oliveira, a investigação levou cerca de 40 dias. Com a reunião de informações das inteligências da Brigada e da Civil foram determinados possíveis alvos onde os agentes estão cumprindo os mandados na manhã desta quinta-feira.

— O objetivo é apreender o maior número de armas e drogas possível e também algum foragido que eventualmente venha a ser encontrado — afirmou.

A operação também é uma resposta ao acirramento do conflito entre gangues, que no mês passado provocou, inclusive, o fechamento de escolas e postos de saúde na Vila Cruzeiro.

A ação coordenada pela 20ª Delegacia de Polícia da Capital tem o apoio do 1ª Batalhão de Polícia Militar, do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, do Grupamento de Operações Especiais da Polícia Civil e de agentes da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.


domingo, 27 de abril de 2014

A DELEGADA



ZERO HORA 27 de abril de 2014 | N° 17776


ARTIGOS


 Moisés Mendes*




Já conversei com mais de uma dúzia de pessoas que esclareceram o assassinato do menino Bernardo. Em Porto Alegre, a 470 quilômetros de Três Passos, tem gente com mais detalhes do caso do que a delegada Caroline Virgínia Bamberg Machado.

Mas a bronca não está com os detetives amadores que imaginam o desvendamento do crime, está com a delegada. Nós, que analisamos tudo de longe, tiramos conclusões, indiciamos, definimos penas – nós temos certezas porque não passamos nem perto das encruzilhadas à espera de Caroline. Nós deduzimos, deitamos e dormimos. A delegada está com a cara de quem não dorme há um mês.

Casos como esse, com fartura de figuras do mal, exigem o contraponto forte de uma figura da lei e do bem. Episódios assim não podem nunca ter, em oposição a tanta crueldade, uma figura opaca e sem vitalidade.

A delegada está incumbida da missão de nos dar a chance da reparação. Se todos falhamos e não evitamos a morte da criança, a remissão vai começar pela determinação desta policial, pela sua voz forte, pelo sotaque, pelo jeito como se refere a Bernardo como “o guri”, pela certeza de que pegará os culpados.

O repórter Itamar Melo publicou na ZH, há dois anos, uma série fantástica sobre os medos da infância. Descreveu um temor em cada reportagem. Eram sete medos: de monstros, de ficar longe dos pais, de escuro, de repetir de ano, de violência, de rejeição social e da morte.

Lembrei das reportagens quando contaram agora que um dia Bernardo foi sozinho ao foro de Três Passos e lá relatou seus medos. O único medo que talvez pouco o incomodasse era o de repetir de ano, insignificante demais ao lado de todos os outros juntos.

Na quinta-feira, encontrei Itamar numa esquina movimentada aqui da Redação e conversamos a respeito do caso e da delegada. O repórter me disse, com a voz sempre na modulação de quem murmura algo que só o interlocutor deve ouvir: ela é gótica.

É um elogio. A delegada Caroline ficaria bem no papel de policial do filme Blade Runner. Mas o que importa é que ela passa firmeza. Com tantas instituições e autoridades moles, o Brasil precisa de gente com o perfil da delegada.

Quem não gostaria que autoridades com a pegada de Caroline investigassem e apontassem outros culpados? Por que o meu, o seu, o nosso Fundo de Garantia é saqueado com uma remuneração de 3% (TRÊS) ao ano e não acontece nada? Por que as operadoras de celular fazem o que querem com os usuários e os juros dos bancos chegam a 200% como se isso fosse normal?

Por que o mensalão tucano está quase engavetado, e Collor escapou de novo (22 anos depois!)? Por que a sua conexão de internet não é a que você comprou, por que pagamos a luz mais cara do mundo? Por que o processo da máfia do Detran está empacado? Por que ninguém faz nada de efetivo que interrompa as crueldades estatais e privadas?

Ouvindo-se a delegada, tem-se a impressão de que o Estado, este ente tão esfolado, às vezes se manifesta com vigor em aparições boas em meio a uma desgraça. Uma delegada é hoje a expressão do Estado que funciona.

Seria bom se existissem mais Carolines com aquele sotaque de convicção e autenticidade. Representantes da lei, e não justiceiras, que nos protegessem das maracutaias miúdas e graúdas, desses delitos incorporados ao nosso cotidiano como se dele fizessem parte para nos esfolar impiedosamente.

**

Dizem que a delegada cometeu falhas. Apontam defeitos no cumprimento de formalismos do inquérito. É a hora dos truques a serviço dos acusados. Nada que abale a confiança que a delegada nos passa. Como também me passa confiança o chefe dela, o delegado Guilherme Wondracek, porque conheço sua história desde a adolescência.

Guilherme usava óculos de lentes grossas e tinha todo o jeito de que poderia um dia lecionar sobre a Idade Média, jogar xadrez ou ser cientista de laboratório. Decidiu pôr a inteligência a serviço da polícia e chegou ao topo.

Wondracek e Caroline nos confortam. Que se protejam, pois já foram acionadas em volta deles as manobras escapistas para transformar o desfecho desse crime em mais uma vergonha, como aconteceu com o Caso Daudt. Leve as investigações até o fim, delegada Caroline. Faça isso por todos nós, mas faça mesmo pela memória do guri.

*JORNALISTA





COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Merecido os elogios e estes se estendem a todos os sacrificados policiais estaduais que lutam contra muitas dificuldades, fracionamento do ciclo, enfraquecimento pelas leis permissivas, retrabalho contra o crime e segregação da justiça. No caso Bernardo, a polícia investigativa revela esforço, inteligência e comprometimento. Resta esperar a continuidade destes esforços nos demais instrumentos de justiça criminal. PARABÉNS DELEGADA!!!

terça-feira, 15 de abril de 2014

FBI TREINA POLICIAIS GÁUCHOS


ZERO HORA 14 de abril de 2014 | N° 17763

BRUNO MORAES


TÉCNICAS PARA INTERROGATÓRIOS. FBI treina policiais gaúchos na Capital



Agentes da Polícia Civil, da Brigada Militar, do Departamento de Gestão do Conhecimento para a Prevenção e a Repressão à Corrupção (Degecor) e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) começam, hoje, em Porto Alegre, um curso sobre técnicas para interrogatórios. Os instrutores são do FBI, a polícia federal norte-americana.

O treinamento, que se estende até quinta-feira, é voltado para 47 servidores que atuam em corregedorias, investigando casos internos de corrupção e abuso policial.

De acordo com o coronel Júlio César Marobin, diretor do Departamento de Ensino e Treinamento da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o objetivo do curso é melhorar procedimentos de investigação:

– O foco de trabalho desses agentes é interno, atuando na identificação de possíveis desvios de conduta. Serão mostrados procedimentos que podem melhorar a performance das corregedorias dos órgãos de segurança do Estado. Cada instituição vai tirar do curso aquilo que for peculiar a suas atribuições. Embora cada uma tenha suas funções específicas, há áreas de convergência.

Diretor do Degecor, o delegado Jerônimo Pereira, que já participou do curso, em Brasília, ressalta que a atividade traz benefícios, mesmo que as legislações de Brasil e Estados Unidos sejam diferentes. Segundo ele, a qualificação é necessária porque as investigações de corregedores têm as suas peculiaridades:

– Via de regra, são casos que não têm testemunhas. Daí, o interrogatório se torna ainda mais importante. É uma oportunidade para nos apropriarmos de métodos do FBI e trazê-los para a nossa realidade, resguardando nossa legislação. O curso instiga nosso policial a pensar sobre como melhorar sua atuação.

Criado em dezembro de 2011, o Degecor recebeu, em média, cerca de 300 denúncias de má conduta por ano em 2012 e 2013, afirma Pereira. A atividade, ministrada em parceria entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública e a embaixada dos Estados Unidos, será na Academia Integrada da Segurança Pública (Acisp). A abertura será hoje, às 8h30min, com participação do secretário da Segurança Pública, Airton Michels, e de representantes da embaixada norte-americana.

segunda-feira, 24 de março de 2014

TRIO DE ASSALTANTES BALEADOS E PRESOS

ZERO HORA 24 de março de 2014 | N° 17742

LUÍSA MARTINS

PERSEGUIÇÃO NO SINOS. Trio de assaltantes é baleado


Três homens foram feridos ontem pela Brigada Militar após trocarem tiros em Novo Hamburgo. Conforme a BM, eles assaltaram um motorista na Rua Frederico Linck, no Centro.

De acordo com a Polícia Civil, o trio aproveitou que o semáforo estava fechado para abordar o condutor e os passageiros de um veículo e roubar seus pertences. Uma testemunha conseguiu anotar a placa do carro dos bandidos – uma Tucson que, de acordo com a BM, é clonada – e acionou a polícia. A Brigada cruzou com o trio e começou a perseguição. Na troca de tiros, os três assaltantes foram atingidos e encaminhados ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

Até o fechamento desta edição, dois deles estavam em estado grave, um permanecia em observação e não corria risco de vida. Os três estavam sob custódia da BM.

A viatura foi perfurada por vários tiros, mas os dois policiais envolvidos na ação não se feriram. Três armas com numeração raspada foram apreendidas. Os pertences roubados – bolsas, tablets, dinheiro e documentos – seriam devolvidos às vítimas.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

VANT REFORÇA POLÍCIA NA FRONTEIRA

TV GLOBO, FANTÁSTICO 16/02/2014 22h54

Fantástico mostra grande operação com avião não tripulado brasileiro. Avião não tripulado fornece informação precisas, antecipa investigação e reúne dados para que 130 agentes da PF cumpram mandados de prisão e busca contra contrabandistas.






No chão, ele não parece nada discreto. Mas quando decola, o pequeno monomotor se transforma em um espião silencioso.

Este é o Vant, sigla para o veículo aéreo não tripulado, da Polícia Federal. A missão dele: produzir imagens de pessoas e lugares suspeitos.

O resultado, aqui embaixo, é esse: “Polícia Federal, abre a porta”, ordena um policial federal durante uma operação.

Em 2009, o governo brasileiro comprou duas aeronaves dessas de uma empresa de Israel. Preço total: R$ 80 milhões.

O Vant tem quase 17 metros de envergadura, 9 de comprimento, consegue voar 37 horas seguidas, sem abastecer, a 204 quilômetros por hora e alcança uma altura de 10 mil metros e não leva armamentos.

“Ela é uma aeronave muito silenciosa. Tem uma câmera com uma precisão muito grande. A gente consegue acompanhar alvos além de 10 quilômetros”, diz Álvaro Marques, gerente do Projeto Vant.

O Fantástico foi conhecer a estação de comando. Ela é refrigerada. Do lado direito, tem alguns computadores, simuladores de voo e mais aqui a frente, o piloto que basta para ele o toque, dar um clique no mouse para manter a aeronave no ar. De outro lado, tem o operador das câmeras.

Antenas parabólicas e um satélite fazem a conexão entre o Vant e a estação de comando. A aeronave pode ser controlada a mais de mil quilômetros de distância. Ou seja, de São Paulo, o piloto conseguiria comandar o avião em Porto Alegre.

Quase tudo no Vant é automático e programado. Mesmo se houver uma falha de comunicação, se ele perder o contato com a base, seus comandos e rotas são pré-definidos. Ele pode voltar para casa e pousar, sem ajuda de ninguém.

Em testes há mais de quatro anos, o Vant, finalmente, participou da sua primeira grande operação.

Nos últimos sete meses, a Polícia Federal investigou uma quadrilha de contrabandistas de cigarros na região de fronteira, entre o Paraná e o Rio Grande do Sul.

Lá do alto, o esquema foi filmado em detalhes. O espião aéreo descobriu, por exemplo, que, por trás desse depósito, existia um longo caminho de terra usado por veículos carregados de cigarros.

Também identificou, uma a uma, as propriedades dos criminosos. Em sítios, o contrabando era colocado no fundo falso de caminhões.

“Você consegue ver a rotina dos alvos, com precisão”, explica Álvaro Marques.

Os caminhões seguiam o mesmo percurso: da fronteira com o Paraguai até a cidade de dois vizinhos, mais conhecida como a capital nacional do frango, no sudoeste do Paraná, sede da quadrilha.

Depois, o contrabando ia principalmente para Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul.

“Essas organizações criminosas normalmente movimentam valores grandes. Uma carga de 250 caixas de cigarro pode valer até R$ 400 mil. Então, isso estimula o ingresso principalmente dos jovens na criminalidade, aqui da região, por conta do lucro fácil”, explica Indira Bolsoni Pinheiro, procuradora da República.

A polícia precisava saber quem estava por trás, no comando da quadrilha, e usou também escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça. E aí, apareceu o nome de um Policial Civil. Investigador na cidade de dois vizinhos, Jair Roberto Pasa é acusado de receber dinheiro para dar informações à quadrilha.

Num telefonema, ele avisa um contrabandista que a Polícia Federal acabou de prender um comparsa.

Jair: Os “federal” pegaram ele, lá. Ele falou que sabe quem que é o dono do caminhão.
Contrabandista: Mas é louco esse cara.
Jair: Mas nem liga agora. Os “federal” tão com ele lá.
Contrabandista: Então, tá bom.

Com a investigação concluída, faltava prender os integrantes da quadrilha.

Madrugada de quinta-feira passada. Da base, em São Miguel do Iguaçu, interior do Paraná, o Vant, o veículo aéreo não tripulado, decola para o teste final.

A cem quilômetros da base aérea, 130 agentes da Polícia Federal, estão prontos para cumprir mandados de prisão e de busca, em quatro cidades.

O Vant já está a caminho dos alvos. Em cascavel, a Polícia Federal se prepara para uma viagem de quase três horas. As equipes vão sair em intervalos de 5 minutos, descaracterizadas, para evitar despertar atenção dos olheiros.

São quase 200 quilômetros de viagem numa estrada movimentada e cheia de buracos. Já o Vant chega rapidamente aos depósitos e aos sítios utilizados para o contrabando.

Três agentes chegaram de helicóptero e se escondem no mato, aguardando o melhor momento para fazer a prisão. O Vant alerta.

Vant: informo que, no lado oposto ao rio, do outro lado da casa, a rua que dá acesso, tem algum animal lá, provavelmente cachorro.
Agentes: Positivo, positivo. Tem um cão ali. A gente tá ouvindo ele latir.

Como ainda está escuro, a aeronave usa suas duas câmeras de vídeo de alta resolução ligadas com infravermelho. Oito acusados são presos.

O policial civil Jair Roberto Pasa, acusado de receber dinheiro para dar informações à organização, foi preso na casa dele. O advogado diz que “o policial é inocente. E que conhecer pessoas investigadas não significa cooperação nos crimes. E, que, é função de Jair Pasa se embrenhar em lugares não muito bem frequentados para obter informações de pessoas não muito distintas”.

No céu, o Vant ainda trabalha: ajuda o pessoal que está neste helicóptero a descer no lugar certo.

“Mesmo sem conhecer o terreno, a gente tem essa vantagem tática do Vant estar fornecendo informações precisas sobre o terreno, sobre o posicionamento dos criminosos”, afirma Eduardo Betini, agente da Polícia Federal.

Fantástico: a gente olha pra cima e não vê o Vant mas o dia tá de céu azul, assim.
Martin Purper, chefe da operação: é mas o Vant está lá e estão nos observando nesse momento. Que a ideia, é poder possibilitar a polícia um mecanismo maior. Uma outra ferramenta de investigação.

Depois de dez horas de voo, termina a missão.

Vant: a base Vant agora se retira do palco das operações e retorna para a base. Uma boa missão aí e bom retorno.

A Justiça já bloqueou os bens da quadrilha, avaliados em R$ 10 milhões. E a polícia se concentra agora para encontrar dois homens apontados como os chefes dos contrabandistas: Celso Cândido da Silva, apelido: Caveira. E Claudemir Polak Mendes, o Tenente.

As forças de segurança das principais potências mundiais já usam aviões não tripulados. Dos mais variados tipos e tamanhos, eles fazem de monitoramento a incêndios a lançamento de bombas e mísseis.

Faixa de Gaza, novembro de 2012. Ahmed Jabari: chefe militar do Hamas, a organização radical islâmica da Palestina. Acusado de atos terroristas contra Israel, era procurado havia pelo menos 5 anos. Foi morto quando estava dentro de um carro. Um míssil saiu de um avião não tripulado israelense.

O uso desses aviões é objeto de discussão. A ONU, por exemplo, investiga a morte de civis provocada em ataques de aviões não tripulados na África e no Oriente Médio.

Outra discussão é quanto à entrada no espaço aéreo, sem permissão dos governos locais.

No Brasil, o Tribunal de Contas da União questionou o valor dos dois Vants: R$ 80 milhões, e pediu ajustes nos contratos. O processo é sigiloso. Segundo a Polícia Federal, tudo já está resolvido.

Uma das próximas missões do espião aéreo é ajudar na segurança da Copa do Mundo.

“Realmente, vai facilitar as investigações. Trazer mais segurança também para os próprios policiais que estão investigando”, destaca Indira, procuradora da República.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

UMA TONELADA DE MACONHA DO PARAGUAI

ZERO HORA 11 de fevereiro de 2014 | N° 17701

MAURICIO TONETTO


RUMO À SERRA

Carro levava 1 tonelada de maconha

Droga, que teria como origem o Paraguai, foi recolhida em rodovia estadual em Coxilha, no Norte, e, suspeito fugiu para lavoura



Eram 2h30min de ontem quando um Focus, com placas de Gramado, seguia para a serra gaúcha abarrotado de tanta maconha que, dentro do veículo, não havia espaço para mais ninguém, além do condutor. Vindo de Ciudad del Este, no Paraguai, o motorista (ainda não identificado) transportava 956 quilos de entorpecentes espalhados pelos bancos e cumpria com sucesso os mais de 900 quilômetros da rota do tráfico internacional – que começou às 14h40min de domingo em Foz do Iguaçu, no Paraná.

A abordagem que pôs fim à rota do traficante se deu no norte gaúcho, na madrugada de ontem, em Coxilha. É a maior apreensão de drogas de 2014 da polícia gaúcha, afirma a PF.

Ao perceber a barreira montada pela Brigada Militar no km 18 da ERS-135, em Coxilha, o motorista desviou dos policiais, tomou o rumo de uma estrada vicinal e abandonou o Focus nas cercanias de uma lavoura de soja, para onde correu e não foi localizado. Conforme o primeiro-sargento Lizandro Volcir Niquelle, do Batalhão Rodoviário da BM de Coxilha, a audácia do traficante chamou a atenção:

– O carro tinha películas, uma lona na parte traseira e os bancos abaixados. Não foi uma apreensão normal. Geralmente, vemos isso em caminhões com fundo falso, não em automóveis. Se consegue esconder um tijolo, por exemplo, mas uma tonelada é difícil. Foi audacioso.

De acordo com Niquelle, antes de seguir viagem, o suspeito parou para fazer compras e não teve a preocupação de ocultar os comprovantes. O agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Raone Nogueira, que atua no combate ao tráfico de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai, diz que são raras as situações em que o criminoso entra “na cara dura” com um grande volume, como ocorreu em Coxilha:

– O mais comum é dissimular em tanques de combustível e fundos dos bancos. Eles geralmente tomam desvios nas estradas e buscam caminhos alternativos, dificultando nosso trabalho. Outro problema que temos é que não há um estilo, um padrão. Já peguei um senhor de 60 anos (com droga) que não levantava suspeitas e uma adolescente de 16 anos.

POLÍCIA DESCOBRE QG DO TRÁFICO EM VIAMÃO



ZERO HORA 11 de fevereiro de 2014 | N° 17701



PRESOS EM FLAGRANTE




Uma casa que servia de bunker para traficantes da Região Metropolitana foi descoberta na manhã de ontem, em Viamão, por agentes do Denarc. – É um dos locais mais bem fechados que já vi – ressaltou o titular da 1ª Delegacia do Denarc, delegado Mário Souza.

A residência, no bairro Vila Augusta era cercada por um muro de quase três metros de altura. Um portão de ferro dava acesso ao pátio. No fundo do terreno, havia a casa do traficante, um homem de 35 anos, conhecido por reagir às investidas de rivais e a ações da polícia. Nas laterais do terreno, pequenos cômodos onde, segundo o delegado, ficavam hospedados traficantes de Sapucaia, Alvorada, Gravataí e Porto Alegre quando precisavam de guarida.

– Ele utilizava o local, basicamente, para estoque de armas e para dar guarida a outros traficantes – contou o delegado Mário.

Além do patrão da boca, foi preso um casal – um homem de 32 anos e uma mulher de 31 anos.

Uma espingarda calibre 12 e uma pistola cromada 9mm foram apreendidas, além de munição de calibres 12, 16, 22 e 9mm. Havia ainda uma touca ninja, celulares e um cofre. Cães farejadores foram usados na busca por drogas e localizaram uma porção de cocaína.

BM MONITORA E PRENDE QUADRILHA QUE ROUBAVA CAIXAS ELETRÔNICOS

ZERO HORA 11/02/2014 | 04h25


Polícia prende em Ijuí suspeitos de furto a 11 caixas eletrônicos no interior do RS, Brigada Militar estima que o bando tenha furtado pelo menos R$ 40 mil em oito dias



Quatro homens foram presos na madrugada desta terça-feira em Ijuí, no Noroeste, por suspeita de participação em furtos a caixas eletrônicos no Estado. De 2 fevereiro até o último dia 10, o grupo teria levado dinheiro de pelo menos 11 equipamentos do Sicredi.

As ações eram realizadas usando um equipamento que invade o sistema dos caixas permitindo a retirada em dinheiro. O furto só era percebido horas depois, no fechamento das agências.

Os homens estavam sendo monitorados pela Brigada Militar (BM) desde o primeiro furto, no começo do mês. Eles foram presos por volta da 0h15min na Rua 15 de Novembro, em frente a um hotel onde estavam hospedados.

Caxias do Sul e Vacaria, na Serra, foram os primeiros alvos do bando. Depois, houve ataques a caixas do banco em Charqueadas, na Região Metropolitana, duas unidades em Santa Cruz do Sul e uma em Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, em Santiago, na Região Central, e em Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Vitória das Missões e Salvador das Missões, na Região das Missões.

Antes de serem detidos em Ijuí, o grupo passou por Catuípe, no noroeste gaúcho. Eles foram flagrados em frente a uma agência do Sicredi em uma caminhonete com placas de Curitiba. Após conseguirem fugir, a BM do município lançou um alerta para região.

Na noite de segunda-feira, eles foram vistos circulando na caminhote pelo centro de Ijuí. Pouco tempo depois, a BM realizou a abordagem e efetuou as prisões.

Com os homens foram apreendidos três equipamentos usados para os furtos, um notebook e R$ 4,5 mil. Dois suspeitos são de São Paulo, um do Ceará e outro do Paraná. A BM estima que, ao todo, o bando tenha furtado cerca de R$ 40 mil em um intervalo de oito dias.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ACADEMIA NACIONAL DA PRF EM FLORIPA

DIÁRIO CATARINENSE, 26/01/2014 | 21h03

Polícia Rodoviária Federal instala Academia Nacional em Florianópolis. Cursos para formação e atualização de policiais rodoviários federais acontecerão na primeira escola da PRF no Brasil



Academia Nacional da PRF será inaugurada em fevereiroFoto: Jessé Giotti / Agencia RBS


Emanuelle Gomes


A primeira Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) será instalada em Florianópolis. O prédio, localizado às margens da SC-401, próximo ao trevo de acesso ao Ingleses, receberá policiais do Brasil inteiro para formação e cursos de atualização, inclusive de gestores. O governador do Estado, Raimundo Colombo, anuncia a instalação oficialmente hoje, com a presença da direção-geral da PRF. As reformas na sede de ensino estão 90% concluídas e a inauguração deve acontecer antes do dia 17 de fevereiro, quando a PRF inicia curso, com duração de três meses, para formação de mais de mil novos policiais rodoviários federais.

O inspetor Bruno Schettini, coordenador de ensino do órgão, explica que a decisão de trazer a escola da PRF para Santa Catarina ocorreu depois de intensa pesquisa. Os governos federais e estaduais, além de instituições no Brasil inteiro, não tinham um prédio que se adaptasse às necessidades da polícia. Em Florianópolis, um acordo garantiu a locação do imóvel por cinco anos, com possibilidade de prorrogação por mais cinco.

— Antes, os treinamentos eram feitos em locais com pouca estrutura, tínhamos que locar e a formação era descentralizada. Agora, teremos um direcionamento único e um espaço com tudo o que precisamos para oferecermos à sociedade profissionais de qualidade — revela o inspetor.

O prédio da Academia vai contar com estandes de tiro, salas de aula e pista de condução veicular. Futuramente, será construído heliponto e hangar para o treinamento de pilotos. O prédio ainda não contará com alojamentos, por esse motivo, todos os policiais ficarão hospedados em hotéis e pousadas do Norte da Ilha. Nesse primeiro curso, 16 policiais haitianos também passarão por formação, por meio de um acordo firmado entre os governos do Haiti e do Brasil.

domingo, 19 de janeiro de 2014

CACHORROS BOM DE FARO CONTRA O CRIME

O DIA 18/01/2014 23:59:26 - Atualizada às 19/01/2014 01:24:43


Batalhão de Cães faz apreensão recorde de 4,5 toneladas de drogas, aumento de 2.000%

VANIA CUNHA



Rio - Com faro apurado e técnicas especiais de ‘investigação’, os agentes caninos do Batalhão de Ações com Cães (BAC) conseguiram uma façanha histórica: aumentaram em quase 2.000% sua produtividade nos últimos cinco anos. Em 2009, os animais conseguiram localizar 24 quilos de drogas em favelas do Rio. Em 2013, o BAC fechou com a marca imbatível de 4,5 toneladas.

Para se ter uma ideia da eficiência dos animais no combate ao crime, em apenas uma tarde de operação na Favela de Acari, em dezembro, os labradores Scott e Jack — as estrelas do batalhão — encontraram uma casa com três toneladas de maconha e outras drogas. Durante a busca, eles apenas sentaram na porta da casa, a deixa para que os policiais descobrissem que ali havia um paiol escondido.


Com 69 cães farejadores em esquema de revezamento, 10 deles em favelas, unidade terá reforço este anoFoto: Maíra Coelho / Agência O Dia

O bom rendimento fez com que o BAC fosse um dos mais cotados para integrar a lista dos premiados por cumprir as metas da Secretaria de Segurança Pública no segundo semestre. Os batalhões indicados ainda não foram divulgados, mas os policiais já comemoram o sucesso.

“Foi um ano muito bom porque encerramos com duas grandes ocorrências. Na primeira, recolhemos quase meia tonelada de maconha, carregadores de vários calibres e muita munição”, disse o comandante, tenente-coronel Júlio Cezar Mafia, depois da operação de 19 de dezembro, na Vila dos Pinheiros, na Maré.

No canil da unidade, 69 cães farejadores trabalham em esquema de revezamento: dez deles atuam em operações nas favelas, enquanto os outros são especialistas em jogos de futebol e manifestações. Muitos deles foram adotados e treinados pela unidade. Mas o reforço da equipe canina está previsto para chegar até o final do ano, com a aquisição de animais de raça importados.