Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

VANT REFORÇA POLÍCIA NA FRONTEIRA

TV GLOBO, FANTÁSTICO 16/02/2014 22h54

Fantástico mostra grande operação com avião não tripulado brasileiro. Avião não tripulado fornece informação precisas, antecipa investigação e reúne dados para que 130 agentes da PF cumpram mandados de prisão e busca contra contrabandistas.






No chão, ele não parece nada discreto. Mas quando decola, o pequeno monomotor se transforma em um espião silencioso.

Este é o Vant, sigla para o veículo aéreo não tripulado, da Polícia Federal. A missão dele: produzir imagens de pessoas e lugares suspeitos.

O resultado, aqui embaixo, é esse: “Polícia Federal, abre a porta”, ordena um policial federal durante uma operação.

Em 2009, o governo brasileiro comprou duas aeronaves dessas de uma empresa de Israel. Preço total: R$ 80 milhões.

O Vant tem quase 17 metros de envergadura, 9 de comprimento, consegue voar 37 horas seguidas, sem abastecer, a 204 quilômetros por hora e alcança uma altura de 10 mil metros e não leva armamentos.

“Ela é uma aeronave muito silenciosa. Tem uma câmera com uma precisão muito grande. A gente consegue acompanhar alvos além de 10 quilômetros”, diz Álvaro Marques, gerente do Projeto Vant.

O Fantástico foi conhecer a estação de comando. Ela é refrigerada. Do lado direito, tem alguns computadores, simuladores de voo e mais aqui a frente, o piloto que basta para ele o toque, dar um clique no mouse para manter a aeronave no ar. De outro lado, tem o operador das câmeras.

Antenas parabólicas e um satélite fazem a conexão entre o Vant e a estação de comando. A aeronave pode ser controlada a mais de mil quilômetros de distância. Ou seja, de São Paulo, o piloto conseguiria comandar o avião em Porto Alegre.

Quase tudo no Vant é automático e programado. Mesmo se houver uma falha de comunicação, se ele perder o contato com a base, seus comandos e rotas são pré-definidos. Ele pode voltar para casa e pousar, sem ajuda de ninguém.

Em testes há mais de quatro anos, o Vant, finalmente, participou da sua primeira grande operação.

Nos últimos sete meses, a Polícia Federal investigou uma quadrilha de contrabandistas de cigarros na região de fronteira, entre o Paraná e o Rio Grande do Sul.

Lá do alto, o esquema foi filmado em detalhes. O espião aéreo descobriu, por exemplo, que, por trás desse depósito, existia um longo caminho de terra usado por veículos carregados de cigarros.

Também identificou, uma a uma, as propriedades dos criminosos. Em sítios, o contrabando era colocado no fundo falso de caminhões.

“Você consegue ver a rotina dos alvos, com precisão”, explica Álvaro Marques.

Os caminhões seguiam o mesmo percurso: da fronteira com o Paraguai até a cidade de dois vizinhos, mais conhecida como a capital nacional do frango, no sudoeste do Paraná, sede da quadrilha.

Depois, o contrabando ia principalmente para Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul.

“Essas organizações criminosas normalmente movimentam valores grandes. Uma carga de 250 caixas de cigarro pode valer até R$ 400 mil. Então, isso estimula o ingresso principalmente dos jovens na criminalidade, aqui da região, por conta do lucro fácil”, explica Indira Bolsoni Pinheiro, procuradora da República.

A polícia precisava saber quem estava por trás, no comando da quadrilha, e usou também escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça. E aí, apareceu o nome de um Policial Civil. Investigador na cidade de dois vizinhos, Jair Roberto Pasa é acusado de receber dinheiro para dar informações à quadrilha.

Num telefonema, ele avisa um contrabandista que a Polícia Federal acabou de prender um comparsa.

Jair: Os “federal” pegaram ele, lá. Ele falou que sabe quem que é o dono do caminhão.
Contrabandista: Mas é louco esse cara.
Jair: Mas nem liga agora. Os “federal” tão com ele lá.
Contrabandista: Então, tá bom.

Com a investigação concluída, faltava prender os integrantes da quadrilha.

Madrugada de quinta-feira passada. Da base, em São Miguel do Iguaçu, interior do Paraná, o Vant, o veículo aéreo não tripulado, decola para o teste final.

A cem quilômetros da base aérea, 130 agentes da Polícia Federal, estão prontos para cumprir mandados de prisão e de busca, em quatro cidades.

O Vant já está a caminho dos alvos. Em cascavel, a Polícia Federal se prepara para uma viagem de quase três horas. As equipes vão sair em intervalos de 5 minutos, descaracterizadas, para evitar despertar atenção dos olheiros.

São quase 200 quilômetros de viagem numa estrada movimentada e cheia de buracos. Já o Vant chega rapidamente aos depósitos e aos sítios utilizados para o contrabando.

Três agentes chegaram de helicóptero e se escondem no mato, aguardando o melhor momento para fazer a prisão. O Vant alerta.

Vant: informo que, no lado oposto ao rio, do outro lado da casa, a rua que dá acesso, tem algum animal lá, provavelmente cachorro.
Agentes: Positivo, positivo. Tem um cão ali. A gente tá ouvindo ele latir.

Como ainda está escuro, a aeronave usa suas duas câmeras de vídeo de alta resolução ligadas com infravermelho. Oito acusados são presos.

O policial civil Jair Roberto Pasa, acusado de receber dinheiro para dar informações à organização, foi preso na casa dele. O advogado diz que “o policial é inocente. E que conhecer pessoas investigadas não significa cooperação nos crimes. E, que, é função de Jair Pasa se embrenhar em lugares não muito bem frequentados para obter informações de pessoas não muito distintas”.

No céu, o Vant ainda trabalha: ajuda o pessoal que está neste helicóptero a descer no lugar certo.

“Mesmo sem conhecer o terreno, a gente tem essa vantagem tática do Vant estar fornecendo informações precisas sobre o terreno, sobre o posicionamento dos criminosos”, afirma Eduardo Betini, agente da Polícia Federal.

Fantástico: a gente olha pra cima e não vê o Vant mas o dia tá de céu azul, assim.
Martin Purper, chefe da operação: é mas o Vant está lá e estão nos observando nesse momento. Que a ideia, é poder possibilitar a polícia um mecanismo maior. Uma outra ferramenta de investigação.

Depois de dez horas de voo, termina a missão.

Vant: a base Vant agora se retira do palco das operações e retorna para a base. Uma boa missão aí e bom retorno.

A Justiça já bloqueou os bens da quadrilha, avaliados em R$ 10 milhões. E a polícia se concentra agora para encontrar dois homens apontados como os chefes dos contrabandistas: Celso Cândido da Silva, apelido: Caveira. E Claudemir Polak Mendes, o Tenente.

As forças de segurança das principais potências mundiais já usam aviões não tripulados. Dos mais variados tipos e tamanhos, eles fazem de monitoramento a incêndios a lançamento de bombas e mísseis.

Faixa de Gaza, novembro de 2012. Ahmed Jabari: chefe militar do Hamas, a organização radical islâmica da Palestina. Acusado de atos terroristas contra Israel, era procurado havia pelo menos 5 anos. Foi morto quando estava dentro de um carro. Um míssil saiu de um avião não tripulado israelense.

O uso desses aviões é objeto de discussão. A ONU, por exemplo, investiga a morte de civis provocada em ataques de aviões não tripulados na África e no Oriente Médio.

Outra discussão é quanto à entrada no espaço aéreo, sem permissão dos governos locais.

No Brasil, o Tribunal de Contas da União questionou o valor dos dois Vants: R$ 80 milhões, e pediu ajustes nos contratos. O processo é sigiloso. Segundo a Polícia Federal, tudo já está resolvido.

Uma das próximas missões do espião aéreo é ajudar na segurança da Copa do Mundo.

“Realmente, vai facilitar as investigações. Trazer mais segurança também para os próprios policiais que estão investigando”, destaca Indira, procuradora da República.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

UMA TONELADA DE MACONHA DO PARAGUAI

ZERO HORA 11 de fevereiro de 2014 | N° 17701

MAURICIO TONETTO


RUMO À SERRA

Carro levava 1 tonelada de maconha

Droga, que teria como origem o Paraguai, foi recolhida em rodovia estadual em Coxilha, no Norte, e, suspeito fugiu para lavoura



Eram 2h30min de ontem quando um Focus, com placas de Gramado, seguia para a serra gaúcha abarrotado de tanta maconha que, dentro do veículo, não havia espaço para mais ninguém, além do condutor. Vindo de Ciudad del Este, no Paraguai, o motorista (ainda não identificado) transportava 956 quilos de entorpecentes espalhados pelos bancos e cumpria com sucesso os mais de 900 quilômetros da rota do tráfico internacional – que começou às 14h40min de domingo em Foz do Iguaçu, no Paraná.

A abordagem que pôs fim à rota do traficante se deu no norte gaúcho, na madrugada de ontem, em Coxilha. É a maior apreensão de drogas de 2014 da polícia gaúcha, afirma a PF.

Ao perceber a barreira montada pela Brigada Militar no km 18 da ERS-135, em Coxilha, o motorista desviou dos policiais, tomou o rumo de uma estrada vicinal e abandonou o Focus nas cercanias de uma lavoura de soja, para onde correu e não foi localizado. Conforme o primeiro-sargento Lizandro Volcir Niquelle, do Batalhão Rodoviário da BM de Coxilha, a audácia do traficante chamou a atenção:

– O carro tinha películas, uma lona na parte traseira e os bancos abaixados. Não foi uma apreensão normal. Geralmente, vemos isso em caminhões com fundo falso, não em automóveis. Se consegue esconder um tijolo, por exemplo, mas uma tonelada é difícil. Foi audacioso.

De acordo com Niquelle, antes de seguir viagem, o suspeito parou para fazer compras e não teve a preocupação de ocultar os comprovantes. O agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Raone Nogueira, que atua no combate ao tráfico de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai, diz que são raras as situações em que o criminoso entra “na cara dura” com um grande volume, como ocorreu em Coxilha:

– O mais comum é dissimular em tanques de combustível e fundos dos bancos. Eles geralmente tomam desvios nas estradas e buscam caminhos alternativos, dificultando nosso trabalho. Outro problema que temos é que não há um estilo, um padrão. Já peguei um senhor de 60 anos (com droga) que não levantava suspeitas e uma adolescente de 16 anos.

POLÍCIA DESCOBRE QG DO TRÁFICO EM VIAMÃO



ZERO HORA 11 de fevereiro de 2014 | N° 17701



PRESOS EM FLAGRANTE




Uma casa que servia de bunker para traficantes da Região Metropolitana foi descoberta na manhã de ontem, em Viamão, por agentes do Denarc. – É um dos locais mais bem fechados que já vi – ressaltou o titular da 1ª Delegacia do Denarc, delegado Mário Souza.

A residência, no bairro Vila Augusta era cercada por um muro de quase três metros de altura. Um portão de ferro dava acesso ao pátio. No fundo do terreno, havia a casa do traficante, um homem de 35 anos, conhecido por reagir às investidas de rivais e a ações da polícia. Nas laterais do terreno, pequenos cômodos onde, segundo o delegado, ficavam hospedados traficantes de Sapucaia, Alvorada, Gravataí e Porto Alegre quando precisavam de guarida.

– Ele utilizava o local, basicamente, para estoque de armas e para dar guarida a outros traficantes – contou o delegado Mário.

Além do patrão da boca, foi preso um casal – um homem de 32 anos e uma mulher de 31 anos.

Uma espingarda calibre 12 e uma pistola cromada 9mm foram apreendidas, além de munição de calibres 12, 16, 22 e 9mm. Havia ainda uma touca ninja, celulares e um cofre. Cães farejadores foram usados na busca por drogas e localizaram uma porção de cocaína.

BM MONITORA E PRENDE QUADRILHA QUE ROUBAVA CAIXAS ELETRÔNICOS

ZERO HORA 11/02/2014 | 04h25


Polícia prende em Ijuí suspeitos de furto a 11 caixas eletrônicos no interior do RS, Brigada Militar estima que o bando tenha furtado pelo menos R$ 40 mil em oito dias



Quatro homens foram presos na madrugada desta terça-feira em Ijuí, no Noroeste, por suspeita de participação em furtos a caixas eletrônicos no Estado. De 2 fevereiro até o último dia 10, o grupo teria levado dinheiro de pelo menos 11 equipamentos do Sicredi.

As ações eram realizadas usando um equipamento que invade o sistema dos caixas permitindo a retirada em dinheiro. O furto só era percebido horas depois, no fechamento das agências.

Os homens estavam sendo monitorados pela Brigada Militar (BM) desde o primeiro furto, no começo do mês. Eles foram presos por volta da 0h15min na Rua 15 de Novembro, em frente a um hotel onde estavam hospedados.

Caxias do Sul e Vacaria, na Serra, foram os primeiros alvos do bando. Depois, houve ataques a caixas do banco em Charqueadas, na Região Metropolitana, duas unidades em Santa Cruz do Sul e uma em Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, em Santiago, na Região Central, e em Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Vitória das Missões e Salvador das Missões, na Região das Missões.

Antes de serem detidos em Ijuí, o grupo passou por Catuípe, no noroeste gaúcho. Eles foram flagrados em frente a uma agência do Sicredi em uma caminhonete com placas de Curitiba. Após conseguirem fugir, a BM do município lançou um alerta para região.

Na noite de segunda-feira, eles foram vistos circulando na caminhote pelo centro de Ijuí. Pouco tempo depois, a BM realizou a abordagem e efetuou as prisões.

Com os homens foram apreendidos três equipamentos usados para os furtos, um notebook e R$ 4,5 mil. Dois suspeitos são de São Paulo, um do Ceará e outro do Paraná. A BM estima que, ao todo, o bando tenha furtado cerca de R$ 40 mil em um intervalo de oito dias.