Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

domingo, 31 de agosto de 2014

TECNOLOGIA AVANÇADA CONTRA LAVAGEM DE DINHEIRO

CORREIO DO POVO 30/08/2014 20:12

Polícia do RS usará nova tecnologia contra lavagem de dinheiro. Laboratório vai disponibilizar informações de transações bancárias através da internet




Polícia do RS usará nova tecnologia contra lavagem de dinheiro
Crédito: Alexandre Mendez/CP Memória


A partir do dia 12 de setembro, o Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) da Polícia Civil vai ter acesso ao Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias (Simba), desenvolvido pelo Ministério Público Federal. Trata-se de um conjunto de processos, módulos e normas para tráfego de dados bancários entre instituições financeiras e órgãos governamentais. O LAB-LD da Polícia Civil foi inaugurado em junho deste ano. No RS, o Ministério Público do Estado já dispõe de um LAB-LD desde 2009.

Coordenadora do laboratório da Polícia Civil, a delegada Greta Moura Anzanello explica que, devido ao Simba estar online, será possível o acesso via web às informações bancárias. Ela lembra porém que sempre haverá necessidade de autorização judicial. Sobre o trabalho já realizado desde a inauguração em junho, a delegada aponta que até o momento só uma investigação policial em andamento em Porto Alegre chegou ao LAB-LD. No entanto, ela justifica que o volume de casos atendidos crescerá com o tempo, sobretudo a partir da incorporação de todas as ferramentas disponíveis. Em outros estados, compara Greta, o serviço nos laboratórios de lavagem de dinheiro cresceu de modo gradual.

A previsão é de que o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), além do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) e do Departamento de Polícia do Interior (DPI), sejam os que mais requisitarão o LAB-LD. “No entanto, ele está aberto a todas as delegacias”, faz questão de ressaltar a delegada Greta.

A equipe do laboratório é composta por policiais civis especializados em tecnologia da informação e analistas de informações. Todos foram treinados desde setembro do ano passado para o desempenho das funções.

O LAB-LD da Polícia Civil foi implantado depois de realizado acordo de cooperação celebrado entre o Ministério da Justiça e o governo do Estado em julho do ano passado. Destinado aos casos de complexidade, que contenham volume e massa de dados significativos para análise, originários de quebras de sigilo fiscal, bancário ou tributário, o laboratório de lavagem de dinheiro está preparado também para investigar atuação de bando, quadrilha ou organização criminosa, com mais de três indivíduos, com fortes indícios de lavagem de dinheiro. O LAB-LD busca ainda a integração entre os estados na recuperação de ativos, fruto da atividade ilícita.



Fonte: Álvaro Grohmann/Correio do Povo

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

PERÍCIA MODERNIZADA


ZERO HORA 22 de agosto de 2014 | N° 17899

DÉBORA ELY


Tecnologia rápida para resolver crimes no Estado

NOVOS EQUIPAMENTOS DO IGP devem acelerar análise de vestígio biológico e fomentar o banco de DNA, mas podem não destravar os casos mais antigos



A partir desta semana, o processo de extração de DNA pelo laboratório do Instituto-Geral de Perícias do Estado (IGP) não deverá demorar mais do que 30 minutos. Até então, o estágio – apenas uma das três etapas para chegar ao perfil genético de um indivíduo – levava pelo menos dois dias. A razão para a recente agilidade é a implantação da automação no processamento de vestígios biológicos para exames de DNA. O projeto tem o efeito de auxiliar na resolução de crimes por meio da comparação de perfis genéticos, principalmente nos casos em que o agressor é reincidente.

Ao custo de R$ 250 mil bancados pelo governo do Estado, os equipamentos mais modernos começaram a funcionar na manhã de ontem. O objetivo do projeto é ampliar o já existente Banco de Perfis Genéticos – que hoje conta com 300 amostras no Rio Grande do Sul, podendo chegar a 3 mil DNAs relativos a crimes de autoria desconhecida que já se encontram armazenados no IGP.

– O foco principal será o processamento de vestígios de casos em que não há suspeitos, além da coleta em condenados de crimes violentos para inserção no banco – explica a diretora do Departamento de Perícias Laboratoriais do instituto, Trícia Albuquerque.