Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MAIS DELEGACIAS PARA INVESTIGAR HOMICÍDIOS

ZERO HORA 20 de setembro de 2012 | N° 17198
 
SÓ PARA HOMICÍDIOS

Polícia irá criar 14 delegacias. Novas unidades serão inauguradas a partir de 1º de outubro com o objetivo de deter o crescimento do índice de assassinatos


JOSÉ LUÍS COSTA

A Polícia Civil se prepara para colocar em prática sua principal ferramenta para combater o crescimento dos assassinatos no Rio Grande do Sul. A partir de 1º de outubro, serão inauguradas 14 novas delegacias de homicídios nas 11 cidades mais violentas do Estado. O incremento das repartições será possível com a incorporação de 136 dos 731 novos escrivães e inspetores que se formaram ontem.

Oprincipal reforço será em Porto Alegre, que passa a contar com mais quatro delegacias de homicídios (hoje são duas). As outras 10 serão instaladas nas cidades, que, com a Capital, concentram 65% dos assassinatos. Até julho de 2012, os homicídios cresceram 15,1%, em comparação com o mesmo período de 2011.

As novas repartições serão chamadas de Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e, provisoriamente, estarão subordinadas à Divisão de Homicídios (existente apenas no papel), que agora entrará de fato em prática, possivelmente, sob a forma de departamento. Terá a missão de avaliar os resultados mensalmente.

As novas DHPPs na Capital funcionarão em pontos estratégicos, ocupando prédios onde hoje estão instalados distritos policiais, que se especializarão na investigação de assassinatos. Três locais estão definidos: no bairros Sarandi (12ª DP), Partenon (23ª DP) e Anchieta (24ª DP). Ainda está em estudo a transformação da 6ª DP, na Tristeza, em DHPP. As novas unidades seguirão atendendo a ocorrências de qualquer natureza, mas a investigação caberá aos distritos mais próximos.

Em um primeiro momento, as duas atuais delegacias de homicídios (instaladas dentro do Palácio da Polícia Civil) deverão se concentrar, exclusivamente, em concluir e enviar para a Justiça todos os inquéritos de assassinatos em andamento. O prazo definido pela Chefia é de seis meses. Os crimes que acontecerem nesse período já serão investigados pelas novas DHPPs.

As unidades terão, em média, 25 policiais. A expectativa é de aumentar o esclarecimento de crimes. Em nove cidades onde foi criada uma força-tarefa, entre junho e agosto, aumentou em 91% o índice de elucidação de homicídios, segundo a Polícia Civil.

– Com as novas delegacias teremos condições de uma repressão mais qualificada, elucidando mais crimes e, a médio prazo, reduzindo o número de homicídios – afirmou o chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Junior.


Efetivo da Civil agora supera 6 mil

Com a formatura de 731 escrivães e inspetores ontem, a Polícia Civil passa a somar 6.036 agentes, aproximando-se do quadro de pessoal da década de 80, quando a corporação atingiu o mais elevado número de servidores.

O chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Junior, destacou que os critérios para distribuição dos servidores têm como foco a investigação. Dos 731, 701 (96%) foram designados para as áreas operacionais.

– Estamos aumentado em 15% o nosso efetivo. É um grande reforço para combater a criminalidade – afirmou Ranolfo.

Os novos agentes têm salário inicial de R$ 2,7 mil e receberão como material individual de trabalho pistola calibre .40, um par de algemas e um colete à prova de balas.

Conforme Ranolfo, será possível elevar em 47% a taxa de produtividade nas delegacias. Além do oxigênio extra nos quadros da polícia por conta dos novos agentes, a corporação passa por uma reformulação interna, com transferências (solicitadas voluntariamente) de 206 agentes. Ranolfo também lembrou que, em 30 dias, cem novas viaturas serão incorporadas à frota.

O último ingresso de agentes foi em outubro de 2010, com a contratação de cerca de 650 pessoas. Mais de mil policiais estão aptos a pedir a aposentadoria, pois já completaram 30 anos de serviço. A Chefia não sabe quantos deixarão a corporação, ou quando, mas já pediu à Secretaria da Segurança Pública autorização para abertura de concurso, ainda em 2012, para mais 700 agentes.

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