Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

BM FAZ OPERAÇÃO EM BARES NO CENTRO DE POA

DIÁRIO GAÚCHO 11/12/2014 | 08h58

Cid Martins

Brigada Militar faz operação em bares no centro de Porto Alegre. Objetivo é coibir crimes como roubo e furto de veículos e também evitar ocorrências na área central nessa época de final de ano na região



Bares ficam na Praça Parobé e nas ruas Marechal Floriano Peixoto e Vigário José Inácio e na Avenida Júlio de Castilhos Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS



A Brigada Militar realiza na madrugada desta quinta-feira uma operação nos bares do centro de Porto Alegre, mais conhecido como "inferninhos". O objetivo é coibir roubos e furtos de veículos e também coibir ocorrências na área central na época das compras de final de ano, segundo a Rádio Gaúcha.

São 208 PMs escalados para a operação. Nove bares são alvo da operação e ficam na Praça Parobé e nas ruas Marechal Floriano Peixoto, Vigário José Inácio e Avenida Júlio de Castilhos. Dois foragidos foram presos, e houve o encaminhamento de três detentos que cumprem prisão domiciliar e estavam em um desses bares. Um dos locais, na Avenida Júlio de Castilhos, tinha alvará para funcionar como pizzaria — assim, a BM irá encaminhar documento à prefeitura para uma futura inspeção.



Dados da BM apontam que, em nove meses, 41 pessoas foram presas em operações nesses bares. Destes, 14 eram considerados foragidos, traficantes e ladrões.


Foto: Ronaldo Bernardi, Agência RBS

O tenente-coronel Francisco Vieira, comandante do 9º BPM, destaca que os criminosos que se refugiam nestes bares saem no final da madrugada para assaltar pedestres, motoristas de ônibus ou estabelecimentos comerciais.

— Eles pegam carros, que deixam estacionados em garagens aqui do Centro, a maioria com armas, e depois vão cometer os crimes — disse.

De acordo com o oficial, da Avenida Salgado Filho em direção ao Guaíba se concentram a maioria dos suspeitos que agem na Região Metropolitana. Já no outro lado da via, os que são da Capital. É neste ponto, inclusive, que ocorrem brigas entre integrantes de facções criminosas e, desde maio, foram registrados dois homicídios.

sábado, 6 de dezembro de 2014

POLICIAIS FEDERAIS GAÚCHOS SÃO SEGUNDO DO BRASIL EM OPERAÇÕES. PARANÁ SE DESTACA EM PRISÕES



ZERO HORA 06 de dezembro de 2014 | N° 18005

JOSÉ LUÍS COSTA


COMBATE AO CRIME. PF gaúcha em 2º lugar em operações

Ao longo de 2014, superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul executou 26 intervenções para desarticular quadrilhas, realizando 229 prisões. Pornografia infantil e tráfico de drogas estiveram entre as prioridades dos agentes


A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul é vice-campeã brasileira em operações em 2014. Foram 26 ofensivas contra o crime organizado, 16 a menos do que a PF em São Paulo, Estado quatro vezes mais populoso do que o RS e onde a corporação tem a maior unidade no Brasil.

As ações se concentraram na repressão a desvios de recursos públicos e ao tráfico de drogas, pois são os dois principais eixos de atuação da PF. Neste ano, o combate a um outro tipo de crime entrou o rol de prioridades por conta do avanço da exploração sexual de crianças e adolescentes.

– Notamos que o combate à pornografia infantil exige forte atuação – diz o delegado Sandro Caron, superintendente da PF no RS.

E foi nessa área em que os federais comandados por Caron deflagraram uma inédita ação com repercussão internacional, a Operação Darknet, em 56 prisões. Além de responsabilizar os autores dos crimes, ressalta Caron, a ação resgatou seis crianças em situações de abuso ou risco de estupro.

No combate às drogas, a Operação Suçuarana, em maio, ganhou destaque pela parceria com a polícia do Paraguai e pelo volume de recursos alvo de sequestro judicial – R$ 20 milhões, referentes a 21 imóveis, em condomínios de luxo no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, e a 120 veículos.

Outra ofensiva relevante foi a Operação Carmelina, em fevereiro. A importância não se dá pela quantidade de presos, mas pelo volume de vítimas: 30 mil pessoas supostamente lesadas pelo advogado Maurício Dal Agnol.

Ele representou o grupo em ações contra a antiga Companhia Riograndense de Telecomunicações e teria deixado de repassar à clientela R$ 100 milhões. O nome da operação foi uma homenagem a Carmelina Comin. Ex-freira, ela sofria de câncer, precisava de recursos para se tratar, mas morreu em 2012, aos 76 anos, esperando R$ 107 mil devidos pelo advogado.





Paraná é destaque em prisões


A PF no Paraná será lembrada pela Operação Lava-Jato, que apura esquema bilionário de corrupção envolvendo contratos da Petrobras, a mais contundente investigação no Brasil em parceria com procuradores da República.

Mas a maior ação dos paranaenses em 2014 – em número de prisões – teve o ápice no começo de abril. Foi a Operação Cavalo de Fogo, que levou para cadeia 156 pessoas envolvidas com tráfico de drogas – 84 capturas em flagrante – em cidades de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Além de recordista em capturas, a Cavalo de Fogo elevou para 23,1 a média de prisões por operação da PF no Paraná. O grupo criminoso transportava cocaína, crack e maconha do Paraguai para o Brasil, utilizando embarcações que atravessavam a fronteira pelo Lago de Itaipu com destino a São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

Ao longo de dois anos, foram apreendidos 1,3 tonelada de cocaína, 560 quilos de crack, 56 veículos, e, de uma tacada só, 37 toneladas de maconha, que estavam em uma carreta em Foz do Iguaçu.






quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

CEM ANOS DE COOPERAÇÃO POLICIAL INTERNACIONAL


Foto: Arte ADPF/Norberto Lima



PORTAL ADPF 04/12/2014 - 11:09:03


Luiz Eduardo Navajas




O ano de 2014 comemora o centenário do 1º Congresso de Polícia Criminal Internacional, ocorrido no Principado de Mônaco, que marcou o início da cooperação policial internacional e culminou, em 1923, com a criação da OIPC (Organização Internacional de Polícia Criminal), mais conhecida como Interpol.


Verifica-se há exato um século a preocupação com a delinquência transnacional, tema tão em voga nos dias atuais. O principal objetivo do Congresso era incentivar o contato direto entre as forças policiais dos diferentes países para facilitar as investigações que transpassassem as fronteiras geográficas e também estudar a “constituição e organização de uma polícia judiciária internacional, destinada a facilitar a procura e prisão de malfeitores” (Actes du Congrès, 1925).


Os 26 países que atenderam ao 1º Congresso delinearam as bases do que seria a Interpol atual, sem dúvida o principal canal de cooperação policial existente no mundo. Polícias de 190 países cooperam entre si utilizando as ferramentas oferecidas pela OIPC, além de bases de dados internacionais centralizadas nos servidores da Secretaria-Geral em Lyon, França.


O Brasil, embora presente ao Congresso de 1914, aderiu formalmente à Interpol somente em 1953, durante a Assembleia Geral em Oslo, Noruega, e após breve ausência em 1980, retornou como país membro em 1986. Representado pela Polícia Federal, hoje o Brasil é um dos principais atores no âmbito da cooperação policial internacional. Participa de grupos técnicos que estabelecerão parâmetros de investigação a serem adotados pelos países membros (respeitadas a soberania e legislação internas de cada um deles) e de grupos operacionais (Brasil ofereceu suporte às ações de identificação das vítimas do vôo Malasian MH17), além de utilizar diuturnamente os canais internacionais em prol de investigações e ações penais.


Nos últimos cinco anos o país viu grandes avanços em sua inserção na comunidade policial internacional. O Brasil registrou um expressivo aumento do número de prisões de foragidos internacionais em seu território (mais de 300 no período), ampliou o uso de tecnologias que permitem o imediato intercâmbio de informações, passou a vincular bases de dados internacionais com sistemas internos e aprovou a lei que autoriza a apresentação pela polícia de pedido de prisão cautelar para fins de extradição ao Supremo Tribunal Federal. Esses são apenas alguns dos exemplos que têm colaborado para o cada vez maior protagonismo nacional no combate ao crime transnacional.


Esse incremento nos trabalhos da área internacional da Polícia Federal possibilitou o sucesso do Centro de Cooperação Policial Internacional durante a Copa do Mundo 2014. Duzentos e seis policiais de 33 países e três Organismos Internacionais trabalharam de forma completamente integrada nas instalações da instituição em Brasília durante 40 dias, auxiliando os trabalhos de segurança do Mundial. Além da troca de informações imediatas entre os policiais estrangeiros e brasileiros, propiciando resultados imediatos às ações de segurança, a presença física de policiais estrangeiros ofereceu ao mundo a transparência das atividades de segurança realizadas, trazendo elogios da imprensa internacional e fulminando preocupações de autoridades estrangeiras quanto à segurança de seus times e torcedores durante sua estada em nosso país. Exemplo disso foi o caso envolvendo o principal “barrabrava” argentino, que ingressou no Brasil ilegalmente e desafiava a polícia argentina a cada jogo da seleção de seu país, e graças aos trabalhos conjuntos entre as polícias brasileira e argentina foi localizado e deportado ao seu país natal antes que pudesse causar problemas mais graves nos estádios.


Ainda há muito a ser feito, é certo. As dimensões continentais do Brasil, a vizinhança com países produtores de drogas, o aquecimento da economia que faz com que muitos estrangeiros em situação vulnerável aqui busquem refúgio e a receptividade calorosa da população brasileira com relação às pessoas de outros países aumentam o desafio da polícia na prevenção e repressão à criminalidade, na segurança das fronteiras, no patrulhamento aeroportuário etc. E, para isso, a cooperação policial internacional mostra-se como ferramenta imprescindível.


Capacitação de policiais em relações internacionais, adequações legislativas, reconhecimento de canais de cooperação modernos, autonomia da atividade policial, dentre outros, são requisitos indissociáveis da manutenção do país como ator relevante na seara internacional. Ciente dessas necessidades, o Brasil tenta se adequar a essas exigências, adotando medidas de aperfeiçoamento das instituições que atuam na área.


O centenário da cooperação policial internacional merece ser comemorado por todos aqueles que buscam o ideal de um mundo mais seguro e justo.


 http://www.adpf.org.br/adpf/admin/painelcontrole/materia/materia_portal.wsp?tmp.edt.materia_codigo=7177&tit=Cem-anos-de-cooperacao-policial-internacional#.VICYCclBpI1