Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

POLÍCIA CIVIL INTENSIFICA AÇÕES CONTRA HOMICÍDIOS

OFENSIVA CONTRA O CRIME - ÁLISSON COELHO - ZERO HORA 04/06/2012

Polícia Civil dá início a força-tarefa no Estado

Nove cidades gaúchas recebem reforços de agentes para intensificar a investigação de homicídios


Cerca de 18 meses após o anúncio do projeto de levar delegacias especializadas em homicídios para municípios gaúchos, uma força-tarefa da Polícia Civil começa a trabalhar na investigação de mortes em nove cidades. Os agentes se somam a 200 brigadianos que atuam desde 10 de maio nos locais onde os índices de assassinatos foram os maiores em 2011.

Nos primeiros quatro meses de 2012, os homicídios aumentaram 25,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Para conter a escalada da violência, municípios onde os índices são mais baixos cederam agentes que trabalharão por 120 dias em oito cidades da Região Metropolitana e outras três do Interior.

Neste momento, não serão criadas delegacias especializadas para investigar homicídios. Apenas Canoas está garantida como sede de um órgão do tipo.

– Não podemos criar nas comunidades a expectativa de que em breve terão uma delegacia especializada. O trabalho neste momento é uma resposta ao crescimento dos homicídios no Estado – afirma o chefe da Polícia Civil, Ranolfo Vieira Júnior.

Foram deslocados 72 agentes que atuarão até o final da força-tarefa, com custo de R$ 130 mil mensais em diárias. Após esse período, a polícia ganhará 750 novos agentes, que completarão o período de treinamento. A ofensiva vai se valer também do efetivo de agentes locais, que serão retirados do trabalho de rotina para atuar apenas em casos de homicídios.

Juntas, as cidades escolhidas responderam por 59,69% das mortes no ano passado. No interior, a ação inclui Caxias do Sul, na Serra, Passo Fundo, no Norte, e Pelotas, no Sul.

Há uma preocupação de que os municípios que cederam policiais possam ficar vulneráveis. Para a Chefia de Polícia, a retirada dos 72 policiais de suas delegacias não prejudicará o trabalho.

– Escolhemos locais que tinham possibilidade de ceder policiais. Esse efetivo corresponde a 1% dos agentes que temos no Estado. A retirada de uma pessoa de determinada delegacia não deve prejudicar o trabalho – ressalta Vieira Júnior.

Capital e Canoas ficam fora da ação

Mesmo com um aumento de 22 assassinatos no quadrimestre em relação a 2011 – o que representa elevação de 17,7% –, Porto Alegre ficou de fora da força-tarefa da Polícia Civil iniciada no dia 1º para conter o avanço dos homicídios no Estado.

Quando do anúncio da ofensiva das polícias Civil e Militar na Secretaria de Segurança Pública, em 8 de maio, a Capital havia sido incluída em uma lista de 11 cidades – com Alvorada, Canoas, Caxias do Sul, Guaíba, Gravataí, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, São Leopoldo e Viamão – que contariam com 72 agentes civis trabalhando exclusivamente na investigação de homicídios durante 120 dias.

Em Porto Alegre, a elucidação desses casos é atribuição do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por meio das duas delegacias de Homicídios, que seguem com os mesmos efetivos. A explicação para isso foi dada pelo delegado Guilherme Wondracek, diretor do Deic.

Segundo ele, ficou definido que o incremento de pessoal ocorrerá a partir de setembro, quando uma nova turma de agentes conclui curso na Academia da Polícia Civil. O número de policiais não foi divulgado.

Além da Capital, Canoas também não ganhou reforço de agentes. O motivo é semelhante: a espera da formatura de novos policiais para colocar em funcionamento a nova Delegacia de Homicídios da cidade, explicou o delegado Antônio Vicente Vargas Nunes, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana.

As ações
POLÍCIA CIVIL
- 72 agentes recrutados no Interior, desde 1º de junho, reforçam delegacias de Alvorada, Caxias do Sul, Guaíba, Gravataí, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, São Leopoldo e Viamão, durante 120 dias para frear o avanço dos homicídios.
- Divididos em turmas de oito, os agentes cedidos atuam em funções administrativas, liberando os colegas que já trabalham nas DPs para as investigações de homicídios, pois eles estão mais familiarizados com os casos.
BRIGADA MILITAR
- A ofensiva da BM começou em 9 de maio, com remanejo de 200 PMs do Interior para Porto Alegre (75 PMs) e 125 PMs divididos entre Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí e Viamão.
- O trabalho tem duração prevista de 60 dias. PMs do interior formarão patrulhas de até quatro homens, coordenados por um superior do próprio batalhão da área.
- O Estado gastará R$ 1,3 milhão em diárias para os policiais civis e militares.
- A expectativa é de uma retração, a partir de julho, no número de homicídios em torno de 25%, o mesmo percentual de aumento este ano no Estado.


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