ZERO HORA 21 de janeiro de 2013 | N° 17319
FORNECEDOR DO CRIME
Preso suspeito de trazer armas ao RS. Homem detido em Cristal teria vendido fuzis a bando que agiu em Cotiporã
Um homem suspeito de ser um dos principais traficantes de armas do Rio Grande do Sul foi preso na noite de sábado em Cristal, na Região Sul.
Conforme a polícia, sob encomenda, Nilton José Cassol, 54 anos, trazia armas do Uruguai. Ele é apontado como o fornecedor dos fuzis usados por Elisandro Falcão no ataque a uma fábrica de joias em Cotiporã, em dezembro, e por quadrilhas de assalto a banco. Ele foi capturado enquanto almoçava em um restaurante às margens da BR-116 e retornava do Uruguai em direção à Capital. No fundo falso do porta-malas do Versa que dirigia, estavam um fuzil calibre .556 (versão chinesa para o AK-47) e dois carregadores. Mais tarde, na casa dele em Pelotas, foram apreendidas três pistolas, duas armas de pressão e munição (150 unidades de .556, 50 de .765, 52 de 9 milímetros e 63 de .30), além de R$ 6,9 mil.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), responsável pela captura, acompanhava os passos de Cassol há meses. Na última semana de campana ininterrupta, conforme os investigadores, ele viajou três vezes ao Uruguai. Segundo o delegado Juliano Ferreira, do Deic, o traficante vendia cada fuzil por cerca de R$ 30 mil.
– Podemos dizer que, nos últimos 30 dias, ele não negociou menos do que 30 armas semelhantes a essa somente na Região Metropolitana – diz Ferreira.
As armas eram adquiridas no mercado clandestino do país vizinho e tinham a numeração raspada. Cassol também seria fornecedor de acessórios como quebra-chamas (usado para amortecer o estampido do tiro), lunetas de precisão e rádios de comunicação.
– Tanto o assaltante Falcão (morto em confronto com a Brigada Militar em Cotiporã), quanto Fábio Rode, assaltante de bancos, tinham armas semelhantes à apreendida – completa o delegado.
Além do fuzil .556, utilizado por Falcão em Cotiporã, Cassol também teria fornecido modelos AR-15 para o bando de Fábio Rode, preso em 22 de dezembro. Ele será indiciado por tráfico internacional de armas e foi encaminhado ao Presídio Central. À polícia, ele disse que transportava a arma a pedido de outra pessoa.
BRUNO FELIN | ESPECIAL
Um homem suspeito de ser um dos principais traficantes de armas do Rio Grande do Sul foi preso na noite de sábado em Cristal, na Região Sul.
Conforme a polícia, sob encomenda, Nilton José Cassol, 54 anos, trazia armas do Uruguai. Ele é apontado como o fornecedor dos fuzis usados por Elisandro Falcão no ataque a uma fábrica de joias em Cotiporã, em dezembro, e por quadrilhas de assalto a banco. Ele foi capturado enquanto almoçava em um restaurante às margens da BR-116 e retornava do Uruguai em direção à Capital. No fundo falso do porta-malas do Versa que dirigia, estavam um fuzil calibre .556 (versão chinesa para o AK-47) e dois carregadores. Mais tarde, na casa dele em Pelotas, foram apreendidas três pistolas, duas armas de pressão e munição (150 unidades de .556, 50 de .765, 52 de 9 milímetros e 63 de .30), além de R$ 6,9 mil.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), responsável pela captura, acompanhava os passos de Cassol há meses. Na última semana de campana ininterrupta, conforme os investigadores, ele viajou três vezes ao Uruguai. Segundo o delegado Juliano Ferreira, do Deic, o traficante vendia cada fuzil por cerca de R$ 30 mil.
– Podemos dizer que, nos últimos 30 dias, ele não negociou menos do que 30 armas semelhantes a essa somente na Região Metropolitana – diz Ferreira.
As armas eram adquiridas no mercado clandestino do país vizinho e tinham a numeração raspada. Cassol também seria fornecedor de acessórios como quebra-chamas (usado para amortecer o estampido do tiro), lunetas de precisão e rádios de comunicação.
– Tanto o assaltante Falcão (morto em confronto com a Brigada Militar em Cotiporã), quanto Fábio Rode, assaltante de bancos, tinham armas semelhantes à apreendida – completa o delegado.
Além do fuzil .556, utilizado por Falcão em Cotiporã, Cassol também teria fornecido modelos AR-15 para o bando de Fábio Rode, preso em 22 de dezembro. Ele será indiciado por tráfico internacional de armas e foi encaminhado ao Presídio Central. À polícia, ele disse que transportava a arma a pedido de outra pessoa.
BRUNO FELIN | ESPECIAL
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