Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

SUCESSO DA OPERAÇÃO ARARAQUARA

NOROESTE NOTÍCIAS, GAZETA REGIONAL, 

Operação Araraquara tem mais de 6 mil páginas de elementos de provas


Delegados Ubirajara, Flávio Henrique Martins (Del. Polícia do Interior), Marcio Steffens e Vilmar Schaefer
Operação Araraquara culminou na quinta-feira (07), com 42 prisões



por Micheli Armanje - Jornal Gazeta Regional


A Polícia Civil de Santa Rosa realizou na quinta-feira, dia 07 de novembro, a Operação Araraquara, que pode ser considerada a maior já realizada no Noroeste do Rio Grande do Sul e está entre as 10 maiores do Estado. Com o objetivo de combater o crime de tráfico de drogas, o trabalho iniciou há cerca de um ano com intensas investigações que juntas, ultrapassam as 6 mil páginas de documentos.

A operação revelou que Santa Rosa, juntamente com a cidade vizinha de Santo Ângelo, são entrepostos de distribuição da droga, que através dos traficantes locais era revendida para demais cidades. Outro fato que chama a atenção na operação é o número de mulheres presas (mais de 10).

Segundo o Delegado Vilmar Alaídes Schaefer, a Operação Araraquara se trata de investigação de combate à traficância de drogas desenvolvida pela Equipe da 2ª Delegacia de Polícia de Santa Rosa/RS, coordenada durante os três meses iniciais de investigações, pelo Delegado de Polícia José Soares de Bastos, e após, até o desencadeamento final da Operação, por ele próprio, que assumiu o comando da DP. A investigação iniciou em outubro de 2012 e durou cerca de um ano. Como resultado, vinte e quatro procedimentos policiais (totalizando mais de 6.000 páginas de elementos de prova) apuraram a autoria, a materialidade e as circunstâncias de inúmeras condutas de tráfico de drogas e de associação ao tráfico, que, ao final, desencadearam o decreto de prisão de 43 indivíduos - 35 prisões preventivas e 08 prisões temporárias, bem como o sequestro de 07 veículos e o cumprimento de 43 mandados de busca e apreensão de drogas e objetos afins.

Segundo o titular da 2ª DP/Santa Rosa, as prisões, seqüestros de veículos e buscas e apreensões foram simultaneamente cumpridos por aproximadamente 250 policiais civis, em várias cidades gaúchas (Santa Rosa, Giruá, Santo Ângelo, Porto Alegre, Montenegro, Novo Hamburgo, Caxias do Sul e Charqueadas), bem como no estado do Paraná – na cidade de Barracão, no estado de Santa Catarina – na cidade de Barra Velha e no estado do Mato Grosso do Sul – na cidade de Ponta Porã.

“Basicamente, numa das vertentes investigativas, comprovou-se que traficantes de Santa Rosa (RS), por intermédio de traficante que comandava as suas ações do interior do Presídio de Alto Piquiri (PR), onde se encontrava preso, adquiriam drogas na Cidade de Ponta Porã (MS), divisa seca com o Paraguai, e, através de mulas, as transportavam para Santa Rosa (RS), onde eram redistribuídas e comercializadas a outros traficantes e usuários de drogas; já, noutra vertente, envolvendo os mesmos traficantes, as drogas que aportavam em Santa Rosa (RS) se originavam de traficantes de Novo Hamburgo (RS). Por fim, outro grupo de traficantes gravitou em torno de um traficante que comandou as suas ações do interior do Presídio de Alta Segurança de Charqueadas (RS), onde cumpre pena, o qual, logisticamente, através de mulas, encaminhava drogas de Porto Alegre (RS) a Santa Rosa (RS) e à Cidade de Santo Ângelo (RS), onde, mediante gerenciamento de traficantes a ele ligados, as drogas eram redistribuídas e comercializadas a outros traficantes que, por sua vez, faziam as vendas a usuários de diversos níveis sociais”, relatou Schaefer.

O delegado informou ainda, que ao longo das investigações, foram apreendidas várias drogas ilícitas - 2,2 kg de maconha, 4kg de cocaína, 1kg de pasta-base de cocaína, 0,546 kg de crack e diversas buchinhas de cocaína. No entanto, afora as apreensões realizadas, o resultado das investigações aponta um poder de comercialização ampla e incalculavelmente superior ao volume de drogas apreendidas. Ainda, segundo a autoridade policial, as quantidades de cocaína e de pasta-base de cocaína apreendidas seriam transformadas no mínimo em mais uma quantidade equivalente, totalizando um poder de comercialização nas vendas dessas drogas apreendidas superior a R$ 600 mil.

Já o Delegado Regional Marcio Steffens, acrescentou que o presidiário de Charqueadas contava com a colaboração de parentes. "Os detentos têm contato com o mundo de fora da cadeia, principalmente com os familiares. No caso deste preso, havia também o envolvimento de familiares dele no esquema", explica Steffens. Ele também frisou que para o sucesso deste trabalho, foi usada a área de inteligência da Polícia, que trabalhou muita nesta situação. “Como sempre tenho dito, é um trabalho que não se faz da noite para o dia. O Delegado José Soares de Bastos foi quem iniciou estes trabalhos de investigações, dando o pontapé inicial e a materialidade deste processo investigatório, sendo concluído agora com os trabalhos do Delegado Vilmar Alaídes Schaefer, que está à frente da 2ª Delegacia de Polícia do Bairro Cruzeiro”, disse.

Ainda conforme Marcio Steffens, cada preso na manhã de quinta-feira tem sua parcela de participação dentro do organograma da organização criminosa, porém uns com participação maior, outros menor e que a grande maioria destas pessoas já possuía antecedentes criminais.

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