Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

REX3 E BRITTA

ZERO HORA 15 de novembro de 2013 | N° 17615


A nova dupla da PF. Após dois anos de carência, federais gaúchos contam com ajuda de cães


A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal gaúcha apreendeu ontem 108 pacotes de cocaína na BR-101, em Torres. A droga estava escondida na cabine de uma carreta que transportava cal. A partilha de contrabando vinha da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A grande novidade é que a localização do pó foi feita por um agente de quatro patas, Rex3.

Ele é um dos astros do canil da PF no Estado, após um hiato de dois anos sem nenhum cachorro. Imponente e experiente, Rex3 tem três anos. Já Britta é mais nova e faceira, serelepe em seu primeiro ano de vida.

A superintendência gaúcha da PF já teve cães de renome. O último foi Orion, um pastor alemão. Antes dele, o labrador Dinho e seu antecessor, o cocker spaniel Dart, todos aposentados em decorrência de idade e doenças. Desde 2011, os federais gaúchos estavam sem parceiros caninos – sim, os cães são vistos como agentes, ao farejar grandes partilhas de drogas.

A principal diferença agora é que o pelotão canino ganhou uma missão adicional, além da habitual detecção de entorpecentes. Britta, uma pastora alemã, é especialista em farejar explosivos. Rex3, um pastor belga malinois, continuará no rastreamento de drogas. Cada animal custa cerca de US$ 6 mil, e a ideia é de que prestem sete anos de serviço à PF. Os dois são estrangeiros, nasceram na Holanda e foram trazidos com base na tradição de bom faro desenvolvida nos canis holandeses.

Vem da Europa, também, a preocupação com explosivos. Como o Brasil se prepara para dois grandes eventos internacionais, a Copa do Mundo (em 2014) e as Olimpíadas (em 2016), a orientação é para que cada cidade envolvida nessas competições tenha pelo menos um cão especializado em detectar bombas. Eles já são 25 no Brasil, mas o número pode dobrar.



MISSÕES CANINAS

Exemplos bem-sucedidos de rastreamentos com animais

- O corpo de Joaquim Pontes Marques, três anos, foi localizado por um cão da Polícia Militar paulista. O garoto desapareceu em Ribeirão Preto e seu cadáver foi encontrado num rio na vizinha cidade de Barretos. O cachorro, chamado Apache, da raça bloodhound, levou os policiais da casa da família, em Ribeirão Preto, diretamente para um córrego. A suspeita é de envolvimento de familiares na morte do menino.

- Cães foram os principais responsáveis pelo rastreamento de sobreviventes e de cadáveres após a explosão que derrubou as Torres Gêmeas em Nova York, em 2001.

- Em 2010, na Operação Sentinela, com o apoio do pastor alemão Orion, agentes da PF apreenderam duas toneladas de maconha, em Foz do Iguaçu (PR).


Por que cães pastores são usados para guarda?

– Eles suportam bem a adversidade climática, são mais versáteis. E não há quase risco de agressividade, porque foram treinados para agir de forma passiva. Se encontram substância suspeita, estacam em frente ao objeto ou pessoa visada. Não mordem nem latem. Ficam sentados e não se movem, indicativo de que algo foi rastreado – explica o treinador da dupla canina, o escrivão federal Felipe Contino, que é também veterinário.

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