Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

NAGE EM AÇÃO


Polícia treina com robô em favela cenográfica para Copa das Confederações

Núcleo ganhará reforço diário de 450 policiais, a maioria bilíngue, e delegacia móvel, que funcionará em um ônibus, nos arredores do Maracanã

Além de acompanhar com lupa a atuação de vândalos entre as torcidas, os integrantes do Nage também vão reprimir a ação de cambistas e a venda de produtos piratas


SÉRGIO RAMALHO
O GLOBO
Atualizado:7/06/13 - 5h00

Policiais treinam em favela montada na Cidade da Polícia; à direita, o robô canadenseGabriel de Paiva / O Globo


RIO — Enquanto a bola rolava no gramado do Maracanã durante o jogo amistoso entre Brasil e Inglaterra, no último domingo, um grupo acompanhava atento os monitores instalados numa sala com visão privilegiada da arena. Nas telas do Centro Integrado de Comando e Controle do estádio, o foco principal não eram as jogadas dos craques, mas possíveis problemas detectados por uma das 380 câmeras instaladas dentro e fora do estádio. Na verdade, antes de o juiz apitar o início da partida, os integrantes do Núcleo de Apoio a Grandes Eventos (Nage) da Polícia Civil já estavam em campo.

Criado em agosto passado, o núcleo agrega oito delegacias especializadas e é capitaneado pelo delegado Alexandre Braga, da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat). De lá para cá, o Nage já infiltrou policiais entre torcidas organizadas para reprimir a violência nos estádios. O trabalho resultou em prisões e na desarticulação de grupos envolvidos em brigas e até assassinatos. A nove dias do início da Copa das Confederações, o núcleo ganhará reforço diário de 450 policiais, a maioria bilíngue, e uma delegacia móvel, que funcionará em um ônibus, nos arredores do Maracanã.

Além de acompanhar com lupa a atuação de vândalos entre as torcidas, os integrantes do Nage também vão reprimir a ação de cambistas e a venda de produtos piratas. Haverá ainda agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e técnicos do Esquadrão Anti-Bombas, que receberam treinamentos específicos para atuarem em casos de ataques com explosivos ou armas químicas, biológicas e radiológicas. O grupo conta com um robô, de fabricação canadense, para auxiliar os policiais em caso de descoberta de bombas. O equipamento conta com braço eletrônico e um canhão de água, usado em alguns casos para detonar os artefatos. Mas, em geral, são os técnicos que realizam o trabalho mais pesado e perigoso, quando um artefato explosivo é localizado. Para isso, eles são obrigados a usar um traje especial, uma roupa capaz de absorver o deslocamento de ar causado pela explosão de 50 gramas de TNT.

Na Cidade da Polícia foram construídas uma pequena favela, com as características de comunidades existentes no Rio, entre elas Rocinha e Jacarezinho. O espaço é usado para treinar os policiais da Core, mas também vem sendo empregado por tropas de elite de outros estados e até países vizinhos. Há ainda um estande e uma casa de tiros, únicos na América do Sul, segundo Vagner Franco, coordenador de projetos da Core.

http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/catalogo/2619582

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