Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

TRAJES E ESCUDOS ANTIBOMBA PARA GRANDES EVENTOS

G1 12/04/2013 08h36 - Atualizado em 12/04/2013 08h36

Governo compra trajes e escudos antibomba para grandes eventos. Pacote contra atos terroristas tem ainda escudos e armas elétricas. Equipamentos foram mostrados na feira Laad, que acontece no Rio.


Lilian QuainoDo G1, no Rio






A Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), ligada ao Ministério da Justiça, recebe ainda em abril 48 escudos antibomba, que fazem parte do pacote de equipamentos de combate ao terrorismo que adquiriu para equipar as polícias para os grandes eventos que acontecerão no Rio e em outras cidades a partir deste ano.

Em maio, chegam os 76 trajes antibomba, de fabricação da alemã Garant, fornecedora tradicional da Otan. A roupa de 35 quilos, capaz de dar proteção total ao agente que for manipular ou desarmar um artefato, foi apresentada na Laad, a maior feira de defesa e segurança da América Latina, que acontece no Riocentro, na Zona Oeste da cidade, nesta semana.

Traje antibomba comprado pelo Ministério da Justiça (Foto: Lilian Quaino/G1)

Nesta quinta-feira (11), Massilon Miranda, diretor de marketing da Condor Tecnologias Não-Letais, empresa brasileira com sede em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, explicou que o pacote antiterror que o governo brasileiro comprou para doar às polícias estaduais inclui ainda 5 mil kits operacionais especiais (koes) com vários tipos de munição não-letal e 2.500 armas elétricas de choque, além dos escudos e do traje antibomba.

Os kits operacionais da Condor podem ser para longas e curtas distâncias e têm cartuchos para as armas elétricas, granadas de efeito moral, de luz e som, lacrimogêneas, gás de pimenta, balas de borracha, projéteis de impacto controlado e lançadores de munição.

"Foram criados para enfrentar ameaças diferentes e dar resposta eficiente até que uma unidade especializada chegue", disse Massilon.

Gás de pimenta com concentração de pimenta 4 vezes maior que o convencional (Foto: Lilian Quaino/G1)

Um equipamento dos mais bem-sucedidos em termos de aceitação, segundo o executivo, é a pistola elétrica, única arma no gênero criada no Brasil, lançada na Laad de 2012. Até a edição deste ano, foram vendidas 15 mil unidades. Na Laad deste ano, um modelo mais moderno está sendo apresentado.

"O Brasil não é um país que tipicamente tem a ameaça do terrorismo, mas com os grandes eventos, começando pela Copa das Confederações, seguindo com a visita do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, essa tem que ser uma preocupação. O Brasil não tem esse problema com frequência histórica, mas temos que admitir que, com muitas delegações do exterior, seria uma oportunidade única paara os terroristas introduzirem esse tipo de ameaça no Brasil. Esse é o tipo de vitrine que a gente não precisa", disse Massilon, ressaltando que "as autoridades felizmente acordaram para isso muito rápido".

A roupa antibomba é projetada para oferecer 360 graus de proteção (de todos os lados) contra estilhaços, detonações, pressão, queimaduras por chamas e ácidos, e ao mesmo tempo, garante mobilidade e conforto para uso durante a missão, apesar de seus 35 quilos. O traje tem sistema de saída de emergência para capacete, jaqueta e calça, permitindo que o usuário o tire de forma rápida se for necessário.

Massilon explicou que um funcionário fez uma demostração na Laad: vestido com o traje, até dançou para o público, para mostrar que a roupa, por ter seu peso bem distribuído, permite total mobilidade a quem a usar.
Em exibição na Laad, a arma elétrica que dá choques (Foto: Lilian Quaino/G1)

"São necessários movimentos delicados e precisos para desarmar uma bomba e por isso o traje. O traje foi homologado pelo governo alemão, vendido a vários países, e atende muito mais do que as especificações que normalmente se exige de trajes antibombas", disse.

Outro produto lançado na feira é a nova linha de sprays de pimenta, uma para o mercado policial, com uma concentração de pimenta 3 vezes superior aos sprays convencionais, e outra com concentração 4 vezes maior, voltada para forças especiais militares e policiais, explicou Massilon.

A maleta que, colocada próximo a uma bomba do tipo detonável por celular ou rádio, é capaz de impedir a detonação também foi mostrada na feira.

No próxima quinta-feira (18) serão apresentados a policiais de vários estados, na fábrica de Nova Iguaçu, os robôs da alemã Telerob, com braços mecânicos capazes de executar operações das mais delicadas.

"Os robôs podem até subir escadas de 45 graus de inclinação e deixam as polícias tranquilas para lidar com situações como dasarme de bombas ou retirada de objetos suspeitos. São muito usados nos Estados Unidos e na Alemanha", disse Massilon.

Ele explicou que no centro de treinamento da empresa são feitos exercícios para os robôs, que têm de encontrar determinado objeto numa gaveta, ou pegar um pacote suspeito, entrar num ônibus ou em um avião, abrir bagageiros e pegar malas.

"Os policiais ficam protegidos, operando remotamente, sem colocar a vida em rico desnecessáriamente", disse o executivo, explicando que as Polícias Militares do Distrito Federal, do Espírito Santo e de São Paulo estão testando os esquipamentos.

Contrato com os Emirados Árabes

Na tarde de quinta, o Grupo Condor assinou um contrato com os Emirados Árabes no valor de US$ 12 milhões para fornecer equipamentos não-letais. A compra foi feita pelo International Golden Group (IGG), que faz as aquisições de armas para o governo. O Grupo Condor fornecerá em torno de 600 mil unidades de diferentes tipos de munição não-letal.

Kit de munição (Foto: Lilian Quaino/G1)


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