Neste Blog rendemos a nossa homenagem aos Gestores e Agentes Policiais que, apesar das dificuldades internas, das leis brandas, do enfraquecimento da autoridade, dos salários baixos, do fracionamento do ciclo policial e das mazelas do Judiciário que discriminam e alijam as forças policiais do Sistema de Justiça Criminal impedindo a continuidade e a eficácia dos esforços contra o crime, dedicam suas vidas na proteção do cidadão, na preservação da ordem pública e na defesa do povo, das Instituições e do Estado, em prol da almejada PAZ SOCIAL no Brasil.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ABORDAGENS GRAVADAS

ZERO HORA 17 de dezembro de 2013 | N° 17647

ESTRADAS FEDERAIS. Abordagens da PRF serão gravadas no RS

Equipamentos estão sendo testados e serão usados a partir de janeiro



Pelo menos 20 câmeras de pequeno porte farão parte das abordagens realizadas pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio Grande do Sul a partir de janeiro. Presas em coletes, bonés ou óculos, elas gravarão todos os passos das ações, e as imagens poderão ser usadas para comprovar a conduta do motorista e do policial.

Em teste desde a semana passada, o uso das câmeras é pioneiro no país, afirma o chefe da Comunicação Social da PRF-RS, Alessandro Castro. Se aprovado pelos policiais gaúchos, o sistema será ampliado para todo o Brasil. Até esta semana, os policiais testam cinco equipamentos, e a compra de 20 câmeras já está encaminhada.

– A ideia inicial é usar na Região Metropolitana para avaliar o comportamento do equipamento usado. Depois, ainda no primeiro semestre, deve ser estendido para o restante do Estado – explica Castro.

Com duas baterias que duram até 12 horas, sendo nove de gravação, as câmeras podem ser utilizadas em diferentes ângulos e filmam a partir do ponto de vista do policial.

– Muitas vezes, as pessoas reclamam da abordagem policial por causa das multas. Com a gravação, vamos poder saber quem tem razão – argumenta o chefe da Comunicação Social da PRF-RS.

Situações de embriaguez ao volante também poderão ter o flagrante facilitado pelo equipamento.

PRESA QUADRILHA RESPONSÁVEL POR TRÁFICO E ARMAS E DROGAS

ZERO HORA ONLINE 17/12/2013 | 07h37

Polícia desarticula quadrilha responsável por tráfico de armas e drogas no RS. Ação é realizada em 16 cidades e conta com cerca de 500 policiais civis para o cumprimento de mais de 100 ordens judiciais

Thiago Tieze

A Polícia Civil busca desarticular uma quadrilha especializada em tráfico de armas e drogas que está espalhada pelo Rio Grande do Sul. Ao todo, serão cumpridas mais de 100 ordens judiciais, que contemplam mandados de prisão temporária, busca e apreensão e, inclusive, de busca e apreensão em celas.

Nas 16 cidades onde está sendo realizada a operação, há mandados que serão cumpridos em oito presídios, nos quais encontram-se suspeitos de envolvimento com a quadrilha. A ação ocorre em Esteio, Canoas, Porto Alegre, Eldorado do Sul, Gravataí, Sapucaia do Sul, Viamão, Lajeado, Encantado, Pelotas, Júlio de Castilhos, Santa Maria, Jaguari, São Sepé, Charqueadas e Osório.

A polícia mobiliza cerca de 500 agentes em mais de 170 viaturas pelo Estado. Nos dois anos de investigação e nesta terça, 52 pessoas já foram presas. Segundo o delegado Mário Souza, da 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN) do Departamento Estadual do Narcotráfico (Denarc), a operação visa os chefes da organização criminosa.

— São dois anos de investigação e centenas de horas de monitoramento. Ao longo desse periodo, conseguimos ir frustrando ações desse bando, apreendendo drogas e armas pesadas, como fuzis de diversos calibres.

A expectativa do delegado é que a quadrilha sofra um duro golpe com a ação, devido às provas, que devem indiciar muitos envolvidos por crimes relacionados ao tráfico. Segundo Souza, as drogas tinham como origem o Paraguai e as armas entravam pela fronteira com o Uruguai.

A Polícia Civil já apreendeu 60 quilos de maconha, 5,5 quilos de crack e 2,5 quilos de cocaína desde o início da apuração, segundo o delegado.

domingo, 15 de dezembro de 2013

COT DA POLÍCIA FEDERAL

Fantástico COT Comando de Operações Táticas


A MATÉRIA É DE 2008

A Polícia Federal mantém um corpo paramilitar treinado como força militar em condições de ser empregada enquadrada em operações de alto risco. É importante a manutenção de uma tropa com este adestramento, justamente por exigir disciplina, obediência devida, ações sincronizadas, resposta rápida e ação livre de erros. E ainda tem gente que defende a desmilitarização das polícias, justamente quando os países mais desenvolvidos já viram que a ela é necessária, útil e muito importante na gestão, na estrutura e na ação policial.




COMENTÁRIO DE
Alberto Afonso Landa Camargo
para o Grupo ORDEM, JUSTIÇA E LIBERDADE


E enquanto querem desmilitarizar as polícias militares, as civis cada vez se militarizam mais, como bem demonstra o treinamento da "COMANDO de operações táticas" da polícia federal.

Além da palavra "COMANDO", que caracteriza os militares, canções e palavras de ordem ditas em uníssono, em forma e enquanto marcham, outras práticas tão contestadas nas polícias militares são comuns há muito tempo nas polícias civis, como bem demonstra o vídeo levado ao ar pelo programa "fantástico" da rede globo.

A cobrança, aos gritos e sem a menor sensibilidade, que o "01" faz ao "07", que está atrasado para a formatura, é esclarecedora da prática que é comum nas organizações militares que se preparam para a guerra e combates, coisas que as polícias militares já aboliram dos seus currículos.

E não só isto, pelo atraso, o coitado do "07" é punido sumariamente, sem direito ao contraditório e à ampla defesa, a pagar dez "apoios", pena agravada com mais dez pelo prosaico fato de que suas algemas não estão adequadamente presas ao cinto. E, ainda, o diligente "01" aplica mais dez apoios porque o indigitado "07" levantou do chão sem a permissão do "01".

Chega a ser contraditória, para não dizer engraçada, esta preocupação para com a desmilitarização das polícias militares, que há muito tempo abandonaram estas práticas por se assumirem como polícias, enquanto outras instituições cada vez se militarizam mais, adotando práticas que já há algum tempo foram abolidas das polícias militares.

As campanhas de desmilitarização das polícias militares, portanto, devem ser estendidas à desmilitarização das polícias civis. É o mínimo que a coerência exige!


















terça-feira, 10 de dezembro de 2013

OS ESTADOS ONDE A POLÍCIA BRASILEIRA TRABALHA MELHOR



 

Ação foi realizada em conjunto entre a Polícia Militar e a Polícia Civil (Foto: Diogo Almeida/G1-PB)

REVISTA EXAME 09/12/2013 15:59

Ou pelo menos se tem a impressão de que ela trabalha melhor: é na Paraíba que está a polícia mais bem avaliada por quem foi atendido. RS e Rio vêm em seguida


Marco Prates, de 


Policiais militares de São Paulo: em 9º lugar de aprovação do Brasil. Paraíba tem os melhores números, seguido por RS e RJ

São Paulo – As polícias militar e civil da Paraíba são as que mais deixaram satisfeitos os cidadãos que entraram em contato com ambas as corporações no último ano. O número chega a 65,6% no estado, o índice mais alto do Brasil (veja tabela com números de todo o país abaixo). Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro aparecem em seguida com as forças de segurança mais bem avaliadas.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Vitimização, do Ministério da Justiça, lançada na última semana.

O caso do Rio é particularmente inusitado: os moradores do estado apresentam um dos três menores índices de confiança nas polícias militar e civil dentre todos os estados, mas os números são mais elevados que a média nacional quando é feita a avaliação de satisfação por quem foi de fato atendido nos 12 meses anteriores à pesquisa.

Esses números não são similares para todas as ocorrências: atingem elevados 74,3% de satisfação em acidentes de trânsito e 59,5% para roubos de carro, mas fica em 38,4% para furto de motos e 41,2% em casos de ofensa sexual.

É preciso ressaltar que a aprovação em muitos casos está mais ligada à cordialidade dos policiais (23,2%) do que à resolução efetiva dos casos por meio da recuperação de bens (5,7%) ou porque os criminosos foram presos (3,7%).

Foram entrevistados 78 mil pessoas em 346 municípios, no período de junho de 2010 a maio de 2011 e junho de 2012 a outubro de 2012.

Veja a tabela abaixo por estado:
 EstadoSatisfação com trabalho das polícias na CAPITAL (%)Satisfação com trabalho das polícias no ESTADO (%)Quão a polícia é mais bem avaliada na capital? (em pontos percentuais)
Paraíba8165,615,4
Rio Grande do Sul5564,5-9,5
Rio de Janeiro69,458,510,9
Pernambuco62,458,34,1
Espírito Santo51,558,1-6,6
Distrito Federal57570
Bahia61,456,54,9
Minas Gerais62,356,16,2
São Paulo5955,63,4
10ºRio Grande do Norte65,655,110,5
11ºMato Grosso do Sul54,155-0,9
12ºSanta Catarina58,954,64,3
13ºParaná47,753,5-5,8
14ºCeará45,149,9-4,8
15ºAcre50,749,31,4
16ºRondônia40,449-8,6
17ºGoiás50,748,72
18ºMaranhão50,748,32,4
19ºSergipe54,547,86,7
20ºMato Grosso50,847,53,3
21ºAmapá46,947,1-0,2
22ºAmazonas49,146,72,4
23ºPará51,144,56,6
24ºAlagoas38,643,5-4,9
25ºTocantins4841,96,1
26ºRoraima41,441,40
27ºPiauí40,437,23,2

sábado, 30 de novembro de 2013

OPERAÇÃO RECUPERA 228 CABEÇAS DE GADO NA FRONTEIRA

ZERO HORA 30 de novembro de 2013 | N° 17630

CARLOS WAGNER

COMBATE AO ABIGEATO

Operação recupera 228 cabeças de gado

Pelo menos 120 animais ainda estão sendo reconhecidos pelos proprietários



Pelo menos 228 cabeças de gado já foram recuperadas de ladrões por uma ação conjunta da Polícia Civil, Brigada Militar (BM) e de fiscais da Secretaria Estadual da Agricultura em Itaqui, cidade da Fronteira Oeste. A quantidade recuperada é uma das maiores na longa história de enfrentamento entre abigeatários, como são conhecidos os ladrões de gado, e as autoridades policiais.

Arecuperação dos animais furtados começou em outubro, com o início do desmantelamento de uma quadrilha. A investigação prossegue, e 120 animais ainda estão em processo de reconhecimento pelos seus proprietários para ser devolvidos. Os animais foram encontrados em mãos de receptadores espalhados em várias cidades, como São Miguel das Missões, Santiago e Tupanciretã. Policiais identificaram um homem suspeito de ser o elo dos quadrilheiros com os receptadores. Os nomes dos suspeitos, porém, não foram divulgados pela polícia.

A investigação se iniciou em outubro, em Três Bocas, interior de Itaqui. Na ocasião, uma patrulha da BM parou um caminhão boiadeiro. Pela Guia de Transporte de Animais, deveriam existir 15 cabeças no caminhão. No lombo dos animais, uma suspeita: a marcação com ferro em brasa no couro teria sido adulterada.

– Os animais foram apreendidos, e o proprietário da marca original os reconheceu como sendo seus – explica a titular da delegacia de Itaqui, delegada Elisandra Mattoso Batista.

A partir desse fato, os policiais começaram a desvendar o sistema de furto montado pela quadrilha. Os ladrões furtavam gado nas fazendas da Fronteira Oeste e os levavam até a propriedade em Três Bocas. Lá, os animais eram legalizados com notas fiscais do bloco do produtor – um documento que é emitido pelo proprietário rural usado para tirar a GTA. Com mandado de busca e apreensão, os policiais descobriram na fazenda outras 60 cabeças de gado com as marcas alteradas, algumas inclusive com brinco de identificação.

– E também os ferros de marca que eram usados pelos ladrões – acrescenta Elisandra.

A delegada sabe que o abigeato se tornou um dos crimes mais antigos do Rio Grande do Sul por ser difícil reunir provas contra os ladrões. Mas Elisandra acredita que o trabalho, em parceria com a BM e os fiscais da Agricultura, é um caminho seguro para desmantelar a quadrilha.

Investigadores contam com parceria de órgãos públicos

As autoridades sabem como a quadrilha opera. Mas ainda não conseguiram reunir provas contra os receptadores. Daí que a descoberta de um homem que seria a ligação entre os ladrões e os receptadores pode representar uma passo importante na investigação. Para o sargento da BM Jorge Luís Vieira de Melo, de Itaqui, a descoberta deste bando mostra que os ladrões se profissionalizaram.

– Temos uma boa chance de acabar com o bando – aposta o sargento, um dos policiais mais experientes da regiãio.

O trabalho de investigação é auxiliado por uma verificação nos registros nos órgãos do Estado, que está sendo feita pelos fiscais da Agricultura. Por exemplo, está sendo verificado se o número de cabeças de gado declarado pelos fazendeiros confere com os animais existentes nas fazendas.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

FILA PARA CADEIA

ZERO HORA 22 de novembro de 2013 | N° 17622


JOSÉ LUÍS COSTA E ROBERTO AZAMBUJA

Operação Iceberg prende 62 na Região Metropolitana

Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico pretende fechar todas as bocas de fumo de Esteio




Uma tática arriscada e pouco usual de investigação, colocada em prática com sucesso pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) desencadeou uma operação com objetivo audacioso: acabar com o tráfico em Esteio, na Região Metropolitana.

Apartir da infiltração de dois inspetores do Denarc que viveram entre consumidores de crack, de cocaína e de maconha na cidade, foram mapeados 43 pontos de venda de entorpecentes no município, e outros 20 na vizinha Sapucaia do Sul, resultando na prisão de 62 pessoas.

Viaturas não paravam de chegar ao pátio do Denarc durante toda a manhã de ontem. Com 380 agentes e 90 viaturas, a polícia acredita ter eliminado o chamado crime organizado de rede, mantido por traficantes especializados em seis bairros de Esteio e que ganhava ramificações em outros quatro de Sapucaia do Sul.

A maioria dos detidos é de pessoas conhecidas em Esteio, de diferentes níveis sociais, como comerciantes, taxistas, motorista de transporte escolar e frentistas de posto de combustíveis, fomentando o tráfico de drogas em praticamente toda a cidade.

A ofensiva consumiu sete meses de investigações.

– Praticamente, esgotamos as bocas da cidade – afirma o delegado Heliomar Franco, diretor de Investigações do Denarc.

Conforme o titular da 1ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (DIN), delegado Mario Souza, eram 11 quadrilhas que se “retroalimentavam, em um esquema de parceria”:

– Conseguimos autuar em todos os níveis da organização criminosa, desde o “soldado” do tráfico até os líderes.

A coletânea de evidências convenceu o judiciário a decretar 156 mandados judiciais. A partir de agora, o objetivo do Denarc é deflagrar a segunda etapa da Operação Iceberg, chegando nos fornecedores das drogas. Uma das estratégias é obter as informações dos presos, oferecendo a eles a delação premiada – também prevista na nova lei de repressão ao crime organizado, que permite, com aval do MP e do Judiciário, até o perdão judicial.



TRÊS MESES INFILTRADOS - Dois inspetores do Denarc infiltraram-se em quadrilhas passando-se por usuários de drogas durante três meses. Eles deverão ficar afastados pelo menos um ano de operações na cidade e não deverão comparecer nas audiências judiciais. A seguir, o relato dos policiais.

AS IMAGENS - Eram câmeras ocultas, e as imagens foram sendo aprimoradas, o tipo de câmera, o posicionamento. Tinha uma viatura discreta para apoio, que sempre ficava bem longe. Tinha notebook conectado à internet. A gente fazia a filmagem e, quando era possível, voltava até lá para carregar a câmera e descarregar os vídeos.

OS HORÁRIOS - A gente chegava à cidade no começo da tarde e ficava até depois da meia-noite. Em outros dias, passava toda madrugada com eles. O horário do tráfico é inverso da vida normal. É mais intenso à noite. Pela manhã, os viciados vão dormir.

A FAMÍLIA NÃO SABIA - Apenas o delegado (Mario Souza), os diretores do Denarc e o chefe de Polícia sabiam da operação. Em casa, a gente só dizia que era um trabalho importante. Ninguém sabia de nada. Foi um serviço de alto risco.

A ALIMENTAÇÃO - Andava sempre com eles, comia o que eles comiam. Salgadinho, cerveja em bar. Precisava conquistar a confiança deles para levar a gente até os pontos de venda. Comia até na mesa do traficante. Às vezes, dava para ir até a viatura e pegar um lanche.

MOMENTOS DE TENSÃO - O delegado ficava dando apoio em uma viatura, um Palio ou um Gol velhos. Mas quando tinha de entrar em um beco, a gente saia do raio de visão dele. Era a situação mais complicada. Além disso, foram umas 10 abordagens da BM. Respondia sempre sim senhor, mão na parede, junto com os outros (viciados). Era bom para nós. Eles (viciados) achavam que éramos parceiros.

DOCUMENTOS NA CUECA - A gente só carregava dinheiro para comprar a droga e um documento da Justiça que nos autorizava a trabalhar infiltrado. Mais nada. O papel ficava sempre escondido dentro da cueca. Não podia correr riscos de ser identificado.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Parabéns, senhores policiais. Porém, gostaria de saber quanto tempo estes "presos" ficaram ou ficarão presos e condenados se os presídios estão lotados e a justiça criminal segue os mandamentos da Lei 12.403/2011, a madrinha dos bandidos? Esta matéria mostra muito bem o planejamento, o esforço, a dedicação, a coragem e o risco de morte cruel dos policiais para cumprir o dever de proteger a sociedade. Se apenas uma parcela desta atividade tivesse valor junto ao poder político, apoio nas leis e seguimento ágil numa justiça coativa, valeria a pena.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

REX3 E BRITTA

ZERO HORA 15 de novembro de 2013 | N° 17615


A nova dupla da PF. Após dois anos de carência, federais gaúchos contam com ajuda de cães


A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal gaúcha apreendeu ontem 108 pacotes de cocaína na BR-101, em Torres. A droga estava escondida na cabine de uma carreta que transportava cal. A partilha de contrabando vinha da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A grande novidade é que a localização do pó foi feita por um agente de quatro patas, Rex3.

Ele é um dos astros do canil da PF no Estado, após um hiato de dois anos sem nenhum cachorro. Imponente e experiente, Rex3 tem três anos. Já Britta é mais nova e faceira, serelepe em seu primeiro ano de vida.

A superintendência gaúcha da PF já teve cães de renome. O último foi Orion, um pastor alemão. Antes dele, o labrador Dinho e seu antecessor, o cocker spaniel Dart, todos aposentados em decorrência de idade e doenças. Desde 2011, os federais gaúchos estavam sem parceiros caninos – sim, os cães são vistos como agentes, ao farejar grandes partilhas de drogas.

A principal diferença agora é que o pelotão canino ganhou uma missão adicional, além da habitual detecção de entorpecentes. Britta, uma pastora alemã, é especialista em farejar explosivos. Rex3, um pastor belga malinois, continuará no rastreamento de drogas. Cada animal custa cerca de US$ 6 mil, e a ideia é de que prestem sete anos de serviço à PF. Os dois são estrangeiros, nasceram na Holanda e foram trazidos com base na tradição de bom faro desenvolvida nos canis holandeses.

Vem da Europa, também, a preocupação com explosivos. Como o Brasil se prepara para dois grandes eventos internacionais, a Copa do Mundo (em 2014) e as Olimpíadas (em 2016), a orientação é para que cada cidade envolvida nessas competições tenha pelo menos um cão especializado em detectar bombas. Eles já são 25 no Brasil, mas o número pode dobrar.



MISSÕES CANINAS

Exemplos bem-sucedidos de rastreamentos com animais

- O corpo de Joaquim Pontes Marques, três anos, foi localizado por um cão da Polícia Militar paulista. O garoto desapareceu em Ribeirão Preto e seu cadáver foi encontrado num rio na vizinha cidade de Barretos. O cachorro, chamado Apache, da raça bloodhound, levou os policiais da casa da família, em Ribeirão Preto, diretamente para um córrego. A suspeita é de envolvimento de familiares na morte do menino.

- Cães foram os principais responsáveis pelo rastreamento de sobreviventes e de cadáveres após a explosão que derrubou as Torres Gêmeas em Nova York, em 2001.

- Em 2010, na Operação Sentinela, com o apoio do pastor alemão Orion, agentes da PF apreenderam duas toneladas de maconha, em Foz do Iguaçu (PR).


Por que cães pastores são usados para guarda?

– Eles suportam bem a adversidade climática, são mais versáteis. E não há quase risco de agressividade, porque foram treinados para agir de forma passiva. Se encontram substância suspeita, estacam em frente ao objeto ou pessoa visada. Não mordem nem latem. Ficam sentados e não se movem, indicativo de que algo foi rastreado – explica o treinador da dupla canina, o escrivão federal Felipe Contino, que é também veterinário.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

SUCESSO DA OPERAÇÃO ARARAQUARA

NOROESTE NOTÍCIAS, GAZETA REGIONAL, 

Operação Araraquara tem mais de 6 mil páginas de elementos de provas


Delegados Ubirajara, Flávio Henrique Martins (Del. Polícia do Interior), Marcio Steffens e Vilmar Schaefer
Operação Araraquara culminou na quinta-feira (07), com 42 prisões



por Micheli Armanje - Jornal Gazeta Regional


A Polícia Civil de Santa Rosa realizou na quinta-feira, dia 07 de novembro, a Operação Araraquara, que pode ser considerada a maior já realizada no Noroeste do Rio Grande do Sul e está entre as 10 maiores do Estado. Com o objetivo de combater o crime de tráfico de drogas, o trabalho iniciou há cerca de um ano com intensas investigações que juntas, ultrapassam as 6 mil páginas de documentos.

A operação revelou que Santa Rosa, juntamente com a cidade vizinha de Santo Ângelo, são entrepostos de distribuição da droga, que através dos traficantes locais era revendida para demais cidades. Outro fato que chama a atenção na operação é o número de mulheres presas (mais de 10).

Segundo o Delegado Vilmar Alaídes Schaefer, a Operação Araraquara se trata de investigação de combate à traficância de drogas desenvolvida pela Equipe da 2ª Delegacia de Polícia de Santa Rosa/RS, coordenada durante os três meses iniciais de investigações, pelo Delegado de Polícia José Soares de Bastos, e após, até o desencadeamento final da Operação, por ele próprio, que assumiu o comando da DP. A investigação iniciou em outubro de 2012 e durou cerca de um ano. Como resultado, vinte e quatro procedimentos policiais (totalizando mais de 6.000 páginas de elementos de prova) apuraram a autoria, a materialidade e as circunstâncias de inúmeras condutas de tráfico de drogas e de associação ao tráfico, que, ao final, desencadearam o decreto de prisão de 43 indivíduos - 35 prisões preventivas e 08 prisões temporárias, bem como o sequestro de 07 veículos e o cumprimento de 43 mandados de busca e apreensão de drogas e objetos afins.

Segundo o titular da 2ª DP/Santa Rosa, as prisões, seqüestros de veículos e buscas e apreensões foram simultaneamente cumpridos por aproximadamente 250 policiais civis, em várias cidades gaúchas (Santa Rosa, Giruá, Santo Ângelo, Porto Alegre, Montenegro, Novo Hamburgo, Caxias do Sul e Charqueadas), bem como no estado do Paraná – na cidade de Barracão, no estado de Santa Catarina – na cidade de Barra Velha e no estado do Mato Grosso do Sul – na cidade de Ponta Porã.

“Basicamente, numa das vertentes investigativas, comprovou-se que traficantes de Santa Rosa (RS), por intermédio de traficante que comandava as suas ações do interior do Presídio de Alto Piquiri (PR), onde se encontrava preso, adquiriam drogas na Cidade de Ponta Porã (MS), divisa seca com o Paraguai, e, através de mulas, as transportavam para Santa Rosa (RS), onde eram redistribuídas e comercializadas a outros traficantes e usuários de drogas; já, noutra vertente, envolvendo os mesmos traficantes, as drogas que aportavam em Santa Rosa (RS) se originavam de traficantes de Novo Hamburgo (RS). Por fim, outro grupo de traficantes gravitou em torno de um traficante que comandou as suas ações do interior do Presídio de Alta Segurança de Charqueadas (RS), onde cumpre pena, o qual, logisticamente, através de mulas, encaminhava drogas de Porto Alegre (RS) a Santa Rosa (RS) e à Cidade de Santo Ângelo (RS), onde, mediante gerenciamento de traficantes a ele ligados, as drogas eram redistribuídas e comercializadas a outros traficantes que, por sua vez, faziam as vendas a usuários de diversos níveis sociais”, relatou Schaefer.

O delegado informou ainda, que ao longo das investigações, foram apreendidas várias drogas ilícitas - 2,2 kg de maconha, 4kg de cocaína, 1kg de pasta-base de cocaína, 0,546 kg de crack e diversas buchinhas de cocaína. No entanto, afora as apreensões realizadas, o resultado das investigações aponta um poder de comercialização ampla e incalculavelmente superior ao volume de drogas apreendidas. Ainda, segundo a autoridade policial, as quantidades de cocaína e de pasta-base de cocaína apreendidas seriam transformadas no mínimo em mais uma quantidade equivalente, totalizando um poder de comercialização nas vendas dessas drogas apreendidas superior a R$ 600 mil.

Já o Delegado Regional Marcio Steffens, acrescentou que o presidiário de Charqueadas contava com a colaboração de parentes. "Os detentos têm contato com o mundo de fora da cadeia, principalmente com os familiares. No caso deste preso, havia também o envolvimento de familiares dele no esquema", explica Steffens. Ele também frisou que para o sucesso deste trabalho, foi usada a área de inteligência da Polícia, que trabalhou muita nesta situação. “Como sempre tenho dito, é um trabalho que não se faz da noite para o dia. O Delegado José Soares de Bastos foi quem iniciou estes trabalhos de investigações, dando o pontapé inicial e a materialidade deste processo investigatório, sendo concluído agora com os trabalhos do Delegado Vilmar Alaídes Schaefer, que está à frente da 2ª Delegacia de Polícia do Bairro Cruzeiro”, disse.

Ainda conforme Marcio Steffens, cada preso na manhã de quinta-feira tem sua parcela de participação dentro do organograma da organização criminosa, porém uns com participação maior, outros menor e que a grande maioria destas pessoas já possuía antecedentes criminais.

sábado, 17 de agosto de 2013

OLHO DIGITAL

As imagens das câmeras são automaticamente gravadas em uma espécie de caixa preta, que tem sistema de rastreamento por GPS, que permite identificar a localização da viatura:imagem 7
ZERO HORA 17 de agosto de 2013 | N° 17525

LETÍCIA COSTA

Uma viatura capaz de identificar criminosos. Sistema em testes permite cruzar, em tempo real, imagens de rostos e de placas com banco de dados


O porte de carro de luxo e a cor preta fosca da camioneta com adesivos da Brigada Militar são objeto de atenção nas ruas da capital gaúcha. Mas o diferencial da viatura está dividido entre o painel e o teto, junto ao giroflex: um equipamento que permite identificação facial e de placas de carros.

Com quatro câmeras pequenas, uma para cada lado do veículo, e outra grande, com 360 graus, acoplada, é possível ter a visão total do que ocorre ao redor. Em fase de teste pelas Patrulhas Especiais (Patres) do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar, duas camionetas – uma em Porto Alegre e outra em Bagé – têm um conjunto de equipamentos que agiliza o atendimento das ocorrências. Imagens de rostos e placas flagradas pela câmera principal são cruzadas com o banco de dados da polícia.

– A câmera capta a placa do veículo e fornece todos os dados já no terminal. Se o sistema estiver montado, o atendente do 190 digita as informações, identifica qual viatura está mais próxima da ocorrência, e o policial recebe o histórico da ligação na viatura – comenta o major Alessandro Prestes, comandante da 4ª Companhia do Batalhão de Operações Especiais (BOE).

Por enquanto, o equipamento não está interligado com o banco de dados do Estado. Mesmo assim, policiais já se adaptam à mudança de tecnologia, há anos no sistema de rádio. Mas isso ainda não garante a adoção definitiva. O chefe do setor de Comunicação Social, tenente-coronel Eviltom Pereira Diaz, diz que ainda é preciso comprovar a eficiência para abrir a licitação. Há uma estimativa, não confirmada, de contar com 220 veículos.

Em Manaus, não há dúvidas. Desde fevereiro de 2012, 252 viaturas inteligentes estão nas ruas, com locação orçada em R$ 3,5 milhões por mês – R$ 14 mil, cada. Para o coronel Amadeu Soares, secretário-executivo do programa Ronda no Bairro, estes veículos teriam influenciado na redução da criminalidade em 26%, de 2011 para 2012. Não é só isso:

– Se um veículo estraga, vem outro para o lugar. O serviço não para.

A novidade possibilitou outros avanços. Cada camioneta tem números de telefone colados em adesivos, e foi criado um aplicativo para celular que informa qual a viatura mais perto.


BM testa viatura com sistema de identificação de rostos e placas Tadeu Vilani/Agencia RBS

No interior da viatura, um computador de bordo fica acoplado no painel acima do porta-luvas. Por uma tela de toque, o policial acessa a internet, as câmeras e o sistema integrado de informações:imagem 2
 Imagens das quatro câmeras são visualizadas no computador de bordo e em equipamentos externos, como tablets e celulares, por meio da internet:imagem 4
A câmera acoplada ao giroflex consegue fazer a leitura de placas de veículos e o reconhecimento facial e, com softwares instalados no computador de bordo, é possível fazer a interligação com bancos de dados da polícia:imagem 5
A visão em alta resolução da câmera principal aparece em um monitor na parte central do painel. Um joystick controla a direção da câmera e o zoom, mas ela também pode ser direcionada de fora do veículo, por uma central:imagem 6

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

ROBÔ É NOVO ALIADO DA BM PARA DESARME DE BOMBAS

ZERO HORA 09 de agosto de 2013 | N° 17517

FERNANDO GOETTEMS

OPERAÇÕES DE RISCO

Equipamento integra kit de R$ 2,4 milhões que visa à segurança na Copa



Um robô antibombas é o novo reforço da Brigada Militar para enfrentar situações de risco. Com tecnologia importada dos Estados Unidos, o equipamento vai permitir à polícia atuar com mais segurança para neutralizar explosivos.

Com o uso de radiofrequência, câmeras e controle remoto – semelhante aos usados em videogames –, o robô pode ser manejado em um raio de até 300 metros. O equipamento se move por meio de esteiras, permitindo que supere obstáculos, como escadas e rampas. Ele também suporta erguer objetos com peso de até 60 quilos.

O robô integra um kit antibombas composto por 10 itens – como detector de gases tóxicos e substâncias explosivas e raio X, para verificar o interior de objetos suspeitos. Com esses materiais, os agentes não precisam se aproximar de áreas com risco de explosões, reações químicas, biológicas, radiológicas e nucleares. A tecnologia foi adquirida pelo Ministério da Justiça, visando à segurança na Copa do Mundo, ao custo de R$ 2,4 milhões.

Os equipamentos foram repassadas pela Secretaria da Segurança Pública para a BM na tarde de ontem, durante demonstração na sede do Grupamento de Busca e Salvamento, no Armazém C-1 do Cais do Porto, na Capital.

O Grupo de Ações Especiais Táticas Especiais (Gate) da BM será a unidade responsável pelo uso do equipamento. Policiais do Gate receberam treinamento na Argentina e em outros Estados, como Mato Grosso.

– É possível inspecionar o artefato com antecedência, para saber o que ele contém. A regra é: primeiro a máquina, depois o homem, mesmo assim, esse kit não substitui a ação dos agentes – observa o major do Gate Douglas da Rosa Soares.

O secretário da Segurança, Airton Michels, salienta que o equipamento vai identificar com mais agilidade falsas bombas:

– Quando for uma simulação de bomba muito grosseira, vamos conseguir desmontá-la mais rapidamente, porque essas situações acabam gerando muito transtorno.

O secretário disse que deverão ser investidos cerca de R$ 80 milhões para a segurança na Copa do Mundo de 2014.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

NAGE EM AÇÃO


Polícia treina com robô em favela cenográfica para Copa das Confederações

Núcleo ganhará reforço diário de 450 policiais, a maioria bilíngue, e delegacia móvel, que funcionará em um ônibus, nos arredores do Maracanã

Além de acompanhar com lupa a atuação de vândalos entre as torcidas, os integrantes do Nage também vão reprimir a ação de cambistas e a venda de produtos piratas


SÉRGIO RAMALHO
O GLOBO
Atualizado:7/06/13 - 5h00

Policiais treinam em favela montada na Cidade da Polícia; à direita, o robô canadenseGabriel de Paiva / O Globo


RIO — Enquanto a bola rolava no gramado do Maracanã durante o jogo amistoso entre Brasil e Inglaterra, no último domingo, um grupo acompanhava atento os monitores instalados numa sala com visão privilegiada da arena. Nas telas do Centro Integrado de Comando e Controle do estádio, o foco principal não eram as jogadas dos craques, mas possíveis problemas detectados por uma das 380 câmeras instaladas dentro e fora do estádio. Na verdade, antes de o juiz apitar o início da partida, os integrantes do Núcleo de Apoio a Grandes Eventos (Nage) da Polícia Civil já estavam em campo.

Criado em agosto passado, o núcleo agrega oito delegacias especializadas e é capitaneado pelo delegado Alexandre Braga, da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat). De lá para cá, o Nage já infiltrou policiais entre torcidas organizadas para reprimir a violência nos estádios. O trabalho resultou em prisões e na desarticulação de grupos envolvidos em brigas e até assassinatos. A nove dias do início da Copa das Confederações, o núcleo ganhará reforço diário de 450 policiais, a maioria bilíngue, e uma delegacia móvel, que funcionará em um ônibus, nos arredores do Maracanã.

Além de acompanhar com lupa a atuação de vândalos entre as torcidas, os integrantes do Nage também vão reprimir a ação de cambistas e a venda de produtos piratas. Haverá ainda agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e técnicos do Esquadrão Anti-Bombas, que receberam treinamentos específicos para atuarem em casos de ataques com explosivos ou armas químicas, biológicas e radiológicas. O grupo conta com um robô, de fabricação canadense, para auxiliar os policiais em caso de descoberta de bombas. O equipamento conta com braço eletrônico e um canhão de água, usado em alguns casos para detonar os artefatos. Mas, em geral, são os técnicos que realizam o trabalho mais pesado e perigoso, quando um artefato explosivo é localizado. Para isso, eles são obrigados a usar um traje especial, uma roupa capaz de absorver o deslocamento de ar causado pela explosão de 50 gramas de TNT.

Na Cidade da Polícia foram construídas uma pequena favela, com as características de comunidades existentes no Rio, entre elas Rocinha e Jacarezinho. O espaço é usado para treinar os policiais da Core, mas também vem sendo empregado por tropas de elite de outros estados e até países vizinhos. Há ainda um estande e uma casa de tiros, únicos na América do Sul, segundo Vagner Franco, coordenador de projetos da Core.

http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/catalogo/2619582

BM PRENDE UM DOS BANDIDOS MAIS PROCURADOS DO RS

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BM COMUNICAÇÃO SOCIAL

NOTA

Robson Alves




Na noite de segunda-feira por volta das 20h na avenida Juca Batista nº 4830 em Porto Alegre a Brigada Militar realizou a prisão do indivíduo mais procurado do Estado do Rio Grande do Sul, Dejair Jorge Santos dos Reis, vulgo "Deja".

Deja tinha contra si um mandato de prisão por roubo,integrante da quadrilha do "Falcão" onde realizaram o roubo a joalheria de Cotiporã.

ZERO HORA 05/08/2013 | 21h31

Brigada Militar captura último suspeito do ataque a fábrica de joias em Cotiporã. Dejair Jorge Santos dos Reis, o Deja, era um dos 10 criminosos mais procurados do Estado

Eduardo Rosa


Deja foi capturado por integrantes do 21º BPMFoto: Divulgação / Brigada Militar/Divulgação


A Brigada Militar capturou, por volta das 20h desta segunda-feira, Dejair Jorge Santos dos Reis, 39 anos. Ele é suspeito de participar do ataque a uma fábrica de joias em Cotiporã, na serra gaúcha, em dezembro passado. Reis também figura na lista dos 10 criminosos mais procurados do Rio Grande do Sul, elaborada pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic).

Deja, como é conhecido, foi abordado por brigadianos do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), na zona sul de Porto Alegre, que receberam uma denúncia de que o criminoso estaria na região. Os policiais pararam o Chevette que Reis conduzia na Avenida Juca Batista, próximo à Edgar Pires de Castro, e confirmaram se tratar do último suspeito do crime ainda foragido, com prisão decretada pela Justiça.

— As informações chegam aos grupos com o trabalho de proximidade com a comunidade e inteligência. Tivemos êxito em prender sem nenhum disparo de arma de fogo — salientou o major Egon Kvietinski, comandante da 1ª Companhia do 21º BPM.

Conforme o chefe de investigações da Delegacia de Roubos do Deic, Rafael Marinho, a Polícia Civil e a Brigada Militar tinham informações de que Deja ia à residência da família na Zona Sul com frequência, como ocorreu na noite desta segunda.

Fugitivo do complexo prisional de Charqueadas, o criminoso é conhecido por roubo a veículos e estabelecimentos comerciais. Ele deveria ser levado ao Presídio Central no fim da noite de ontem e, depois, transferido à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

O secretário adjunto da Segurança Pública, Juarez Pinheiro, ressaltou o trabalho de inteligência e parceria entre as corporações para captura de todos os suspeitos do crime.

— A prisão deste indivíduo reforça mais a significação de que este crime (roubo) está seguro. Quem ganha é a sociedade. O trabalho foi muito bem feito — disse Pinheiro.

Relembre o caso


— Na madrugada de 30 de dezembro, uma quadrilha formada por oito assaltantes faz reféns em um bar e ruma para a fábrica de joias Guindani, em Cotiporã, na Serra. Usa explosivos e rouba produtos

— Na fuga, parte do bando entra em confronto com a Brigada Militar. Três bandidos morrem no tiroteio. Entre eles, o assaltante mais procurado do Estado: Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos

— Para escapar do cerco policial, parte da quadrilha faz uma família refém e se esconde na mata 

— As vítimas são resgatadas 20 horas depois, sem ferimentos. Mesmo com a polícia cercando a região, cinco conseguem escapar

— Fugindo por Bento Gonçalves, os bandidos fazem mais uma família refém. De lá, quatro seguem a fuga apoiados por um comparsa

— Em 6 de janeiro, a Brigada Militar de Farroupilha prende o paranaense Edio Robert dos Santos, 26 anos, também suspeito de fazer parte da quadrilha. Ele estava em um parreiral, com ferimentos

— Cerca de 10 dias depois do assalto, um sítio do bando foi descoberto em Santo Antônio da Patrulha

— Em 16 de janeiro, a polícia prendeu Carlos José Machado dos Santos, 41 anos. Ele estava escondido em uma casa em Balneário Pinhal, no Litoral Norte

— Luciano da Silveira, conhecido como Puro Osso, foi preso em Araranguá em 31 de março

sexta-feira, 21 de junho de 2013

LEI DISPÕE SOBRE A INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

LEI Nº 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013

Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia.

Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.

§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade
policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.

§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.

§ 3º ( V E TA D O ) .

§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.

§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.

§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, darse-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.

Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 20 de junho de 2013; 192º da Independência e 125º da República.

DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Miriam Belchior
Luís Inácio Lucena Adams

domingo, 2 de junho de 2013

DIRETO NA REDE #AlôPolícia!!!




ZERO HORA 02 de junho de 2013 | N° 17451


Policiais civis, militares e rodoviários usam, cada vez mais, as redes sociais para divulgar as corporações, orientar a população e contar os bastidores de operações

LETÍCIA COSTA

“Quem conseguir ler na torcida, NÃO FAÇA A AVALANCHE EM CASO DE 2º GOL!! #BOE informa!!”

O alerta divulgado no perfil de um capitão da Brigada Militar (BM), conhecido das torcidas da dupla Gre-Nal por atuar na segurança de jogos de futebol, ilustra um fenômeno contemporâneo: o uso cada vez mais frequente das redes sociais pelos policiais gaúchos.

Na partida do Grêmio contra a LDU, pela Libertadores, a chefia do capitão Fernando Rodrigues Maciel percebeu a utilidade do Twitter para prevenir um novo incidente na recém-inaugurada Arena. A decisão ficou mais emocionante, foi aos pênaltis, mas não houve repeteco da avalanche.

Não se sabe se o controle da torcida foi provocado pela mensagem compartilhada por outros 44 perfis do Twitter, mas ficou nítida para o Batalhão de Operações Especiais (BOE) a utilidade da rede.

Informar e, principalmente, mostrar trabalho à população são os principais objetivos dos policiais nas redes sociais. As corporações pisam em terreno ainda desconhecido, mas não inimigo. Criam normas para tentar preservar reputações. Até julho, a Polícia Civil deve finalizar as regras que irão unificar a identidade da instituição. Conforme a delegada Vanessa Pitrez Corrêa, diretora da Divisão de Comunicação Social, não há como intervir nas postagens feitas em perfis privados, mas quando o policial assume o nome de alguma delegacia, há a orientação para que não sejam feitos juízos de valor sobre casos investigados.

Para Paula Poncioni, professora do Departamento de Política Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as redes proporcionam aproximação com a comunidade e são mais uma forma de demonstrar transparência nas ações.

– É preciso que a polícia esteja bem preparada para investigar os casos que estão sendo relatados e que essa população seja sensibilizada e conscientizada de que a polícia é um ator da administração pública para a redução da violência – comenta.

Notícias das BRs pelo @PRF191RS

Carros roubados e pontos de tráfico são algumas das mensagens enviadas aos policiais. Já a Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou, a partir da sugestão de um policial mais jovem, a informar problemas nas rodovias e orientar motoristas via Twitter. Com utilização disseminada em regionais por todo o país, o perfil gaúcho da PRF chegou aos 10 mil seguidores, em janeiro. Para o chefe da Comunicação Social, Alessandro Castro, o Twitter tornou-se a forma mais ágil de informar a imprensa e a população. Controlado da central operacional, onde ficam dois policiais, o perfil é atualizado diariamente. A sobrecarga da equipe, que também monitora as imagens das câmeras nas rodovias e atende os chamados ao 191, e os problemas na internet, ainda são os principais entraves para a operação na rede social.

Enquanto a PRF usa o Twitter para informar motoristas, a Brigada Militar trata de disciplinar a tropa. Normas, esmiuçadas em uma “nota de instrução tecnológica”, já fazem parte rotina da BM nas redes. A criação e o nome da conta devem estar associados ao comandante, que pode levar consigo o perfil quando assumir outro batalhão. Usado timidamente pelo setor de comunicação, o Twitter oficial da Brigada está atrelado às publicações do site da corporação.

Em abril do ano passado, a informação de que alguém usando o perfil do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) no Facebook assistiu a um vídeo com uma dançarina seminua teve repercussão negativa na BM. Menos de três meses depois, a página parou de ser atualizada. Na contramão do deslize, estão as boas notícias disseminadas por perfis ativos. Há pouco mais de um mês no Twitter e Facebook, o Voluntários da Pátria, que dissemina as informações do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) da Capital, publicou:

“o mais novo gaúcho é um menino, passa bem juntamente com a mãe, sendo medicados no Hospital Fêmina neste momento...”.

O nascimento aconteceu dentro de uma viatura, graças à ajuda de uma policial.

Enquanto colegas atendiam a ocorrência inusitada, o soldado Wagner Cirra informava o fato em primeira mão pela internet.


190 online do capitão do BOE

Em meio às fotografias da sorridente Manuela, três anos, estão os registros de apreensões, treinamentos e operações. A farda camuflada do Batalhão de Operações Especiais (BOE) ganha visibilidade no Instagram do capitão Fernando Rodrigues Maciel, 36 anos – metade deles na Brigada Militar (BM).

Logo que a rede social começou a conquistar usuários no Brasil, ele comprou um iPhone e criou o perfil que mantém o mesmo nome da página no Twitter: @capmaciel. Estava consolidado um capitão conectado, formado em Direito, que comanda 30 homens em um dos seis pelotões de choque do BOE. Conhecido dos jornalistas por informar as ocorrências policiais em primeira mão e com fotografias, o policial acredita que ganhou amigos virtuais – são mais de 900 no Instagram e 4 mil no Twitter – porque mostra o trabalho.

Na semana passada, durante o polêmico corte de árvores que permitirá as obras de duplicação da Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio), o capitão Maciel interagiu pelo Instagram quando estava prestes a retornar ao quartel, no final da madrugada:

“…e assim a ordem foi restabelecida!!” –

O Twitter de Maciel, que virou uma espécie de “190 online”, acumula denúncias de pontos de tráfico e carros roubados nas mensagens recebidas. Maciel tenta responder a todos, mesmo os críticos.

– Somos criticados, mas temos o preparo psicológico para superar – diz o capitão.

Maciel deixa claro que a opinião emitida em comentários não é da instituição. Já chegou a escrever “não foi o capitão, foi o Fernando”. Sobre os posts envolvendo a filha e a rotina familiar, o oficial explica:

– É para mostrar que tenho vida privada.

A privacidade fica restrita a outra rede social, o Facebook, onde adiciona pessoas com as quais já conversou pessoalmente.



O tweet que tranquilizou o RS

Era o penúltimo dia de 2012. O capitão Juliano Amaral, 41 anos, estava no interior de Cotiporã, na Serra, coordenando uma equipe em busca de reféns e assaltantes de uma fábrica de joias do município. Pelo Twitter, atualizava os seguidores com informações de reforço do efetivo, ida do secretário estadual de Segurança Pública ao local e novas descobertas da ação dos bandidos. Para os seguidores, Amaral informava:

“Só saímos da área com eles presos”.

Mas foi às 22h42min de um domingo, 30 de dezembro, que ele postou a mensagem mais esperada, que dobrou o número de seguidores no perfil @julianopolicia. Com 77 caracteres, a publicação “Estamos com as 9 vítimas sao salvas e bem. DEUS SEJA LOUVADO!”, trouxe tranquilidade após 20 horas de incertezas sobre os reféns em poder de criminosos.

– Não tinha sinal da linha telefônica, o local em que estávamos era de difícil acesso. A única ferramenta que tinha era a internet. Nem imaginei que aquela postagem fosse bombar tanto – relembra Amaral.

Ele descobriu o Twitter há três anos, em um Carnaval que passou no Rio de Janeiro. Leu reportagens sobre a utilização de smartphones distribuídos pelo governo às polícias, descobriu que comandantes atuavam em comunidades com o aparelho e mantinham contato mais próximo com a população ao informar ocorrências. Quando voltou para Flores da Cunha, onde residia, passou a usar o Twitter.

– Acho que não é só um hobby, é uma necessidade – defende Amaral.

Três meses depois da mensagem que acalmou os gaúchos, o capitão deixa as informações de trabalho distantes do Twitter. Desde março, atua no Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas do Estado, e o que sabe, em geral, exige sigilo. Mais do que nunca, “todos ficam de olho com o que eu posto”.

Texto compartilhado 5 mil vezes

Com uma forma simples de se comunicar, o delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arigony, cativou mais de 25 mil seguidores e amigos no Facebook.

Seja para mostrar o andamento das investigações sobre a tragédia da boate Kiss ou para publicar uma foto das receitas com chuchu na casa dos pais, o policial mistura vida pessoal e profissional nas redes sociais – para o delegado de 41 anos, é impossível não confundi-las no cargo que ocupa. Um dia depois de apresentar a conclusão do inquérito da boate Kiss, o qual coordenou, Arigony desabafou com um texto que começava com a palavra pranto e seguia com a frase: “Depois de 55 dias, eu vou poder chorar...”. A mensagem comoveu os seguidores, que compartilharam por mais de 5 mil vezes o texto.

Foi por meio da tragédia, onde atualizava os passos da apuração e valorizava o trabalho em fotografias, que Arigony ficou popular na rede social. Utiliza notebooks ou o tablet da Polícia Civil para fazer os registros. – A ideia era dar transparência para a polícia e tentar aproximá-la da comunidade,e isso funciona bem – comenta o delegado. Outros policiais têm seguido o exemplo do delegado Arigony. Pelo menos três delegados próximos começaram a disseminar o resultado de ocorrências na rede social.

Para valorizar o trabalho, há a orientação de avisar o setor de Comunicação Social da Polícia Civil, em Porto Alegre, que mantém perfis oficiais no Twitter e Facebook. – Incentivo o uso. Tem muita gente que critica, mas acho que cada um deve cuidar da sua vida. Quem não quiser olhar, não olhe – rebate Arigony, que não dá conta de todas as denúncias que recebe pelo Facebook.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

BM INSTALA IMAGEADOR TÉRMICO QUE PERMITE VIGILÂNCIA AÉREA NOTURNA

CORREIO DO POVO 30/05/2013 23:25

Equipamento permite identificação de suspeitos a longa distância


Equipamento permite identificação de suspeitos a longa distância, num raio de 50 quilômetros
Crédito: Reprodução / CP


A Brigada Militar ganhou um novo equipamento de vigilância para efetuar rondas de segurança e perseguição a suspeitos em fuga. O Batalhão de Aviação da corporação instalou em um helicóptero um Sensor Eletro-Ótico e Infravermelho (EO/IR na sigla em inglês), o imageador térmico entregue pelo Ministério da Justiça ao Rio Grande do Sul. O equipamento permite acompanhamento por imagem aérea e, ainda visão noturnas dos alvos em meio a obstáculos.

Conforme nota oficial da BM, o sistema permite identificação imediata a longa distância - com alcance superior a 50 quilômetros, em operações diurnas e noturnas e em imagens com alta definição. Também contém sistemas de mapas digitais, de gravação e de transmissão de vídeo em tempo real, integrados ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).

"É uma tecnologia única porque reúne três sistemas diferentes, enquanto que o equipamento utilizado no Rio de Janeiro, por exemplo, tem um sistema só", salientou o Comandante do Batalhão de Aviação, tenente coronel Carlos Alberto Selistre.

O equipamento veio com objetivo de reforçar a segurança durante a Copa 2014, mas começará a ser utilizado em algumas semanas e será disponibilizado para Brigada Militar e Polícia Civil. O RS foi o primeiro estado, entre as sedes da Copa, a receber o equipamento. Atualmente, dois helicópteros, um de cada instituição, estão prontos para receber o equipamento, que é acoplado junto à aeronave e contém uma câmera infravermelho para visão noturna e uma câmera tipo CCD para luz visível. Os profissionais do Estado, como operadores e mecânicos já estão sendo treinados para utilizar o imageador térmico.

Assista ao vídeo da simulação de funcionamento do aparelho:

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http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=tCkEE3AOr90

Fonte: Correio do Povo

quarta-feira, 29 de maio de 2013

ATAQUE ABORTADO

ZERO HORA 29 de maio de 2013 | N° 17447

Ação policial impede sequestro de gerente

Três suspeitos de roubos a bancos e joalherias foram presos em Esteio



Enquanto faziam os preparativos finais para sequestrar um gerente de joalheria, três criminosos foram cercados e presos por agentes da Delegacia de Roubos, vinculada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A prisão aconteceu na noite de segunda-feira, em Esteio, na Região Metropolitana.

Nos últimos dois meses, a Polícia Civil conseguiu evitar três sequestros planejados pelo grupo. Outros cinco integrantes da quadrilha estão soltos e são procurados pelas autoridades.

A polícia divulgou as prisões na manhã de ontem. Os suspeitos, que atuavam em sequestros de gerentes de bancos e joalherias, não reagiram. Foram presos em flagrante Mario da Silva, 35 anos, Maicon da Silva Braz, 23 anos, e Elisandra Pires de Lima, 32 anos. Com eles, a polícia apreendeu uma pistola, um carro furtado, munição e dois artefatos explosivos (uma espécie de granada caseira). Dos cinco foragidos, dois são apontados como líderes.

Conforme a investigação da polícia, em dois anos o bando praticou uma dezena de roubos a bancos e joalheiras na Região Metropolitana, com ação semelhante à do ataque à joalheira Coliseu, no Praia de Belas Shopping, em janeiro – quando a subgerente do estabelecimento foi rendida em casa pelo bandidos. Depois do assalto, os criminosos deixaram na loja um artefato explosivo que forçou a evacuação do shopping.

Pessoas com antecedentes eram recrutadas pelo bando

O envolvimento do bando no ataque à Coliseu não foi confirmado pelo delegado Joel Wagner, titular da Delegacia de Roubos. Ele afirmou que a polícia agiu na segunda-feira porque não existia outra maneira de impedir o sequestro. Nas duas oportunidades anteriores, os sequestros foram evitados retirando do local os alvos dos bandidos, os gerentes.

– Na segunda-feira, não tivemos tempo de preparar uma ação evasiva para evitar o sequestro. Daí precisamos agir – justifica o delegado.

O bando vinha sendo monitorado pela polícia havia mais de um ano. Tudo começou quando o delegado Marco Guns, da Delegacia de Homicídios de Canoas, na Região Metropolitana, investigava uma quadrilha envolvida com drogas e homicídios. Em meio à investigação, acabou identificando o bando preso.

Guns explicou que a origem da quadrilha é o bairro Mathias Velho, em Canoas. Sem entrar em detalhes, o delegado relata que os bandidos começaram a operar com crimes pequenos e foram se especializando. Hoje, praticam extorsão e sequestro de gerentes de bancos de joalherias.

Uma particularidade chamou a atenção dos policiais: o bando usa pessoas sem passagem pela polícia para realizar os levantamentos dos locais a serem assaltados e o cotidiano das famílias a serem sequestradas. A estratégia tem o objetivo de não levantar suspeita, caso um deles seja detido em uma operação policial de rotina, como barreiras da Brigada Militar (BM).

No momento da prisão, o trio ocupava um apartamento em Esteio. O delegado Wagner acredita que o local também era utilizado como cativeiro.

– O apartamento fica em uma vizinhança que não levanta suspeitas – informou o delegado.

CARLOS WAGNER


Quadrilha praticava tortura psicológica contra vítimas

A crueldade usada pelo bando contra as vítimas sequestradas surpreendeu os policiais. A investigação revelou que os gerentes de bancos e donos de joalherias eram levados na companhia de parentes, quase sempre ao final do expediente.

– Eles praticavam tortura psicológica contra as vítimas – descreve o delegado Joel Wagner, titular da Delegacia de Roubo.

Uma das torturas consistia em colocar um artefato explosivo – pedaço de cano de ferro que imita uma granada – próxima ao familiar do sequestrado. Ameaçavam detonar a bomba, caso a vítima não colaborasse.

A pressão também tinha o objetivo de garantir que, na hora de ir para o banco ou a joalheria, o gerente não tentaria avisar a polícia.

Nesse tipo de ação, o momento mais preocupante para o bando é a chegada ao local que será alvo do roubo, acompanhando o sequestrado. A brutalidade com os sequestrados faz parte do perfil dos bandidos nos assaltos a bancos e joalherias. Uma das explicações é a gravidade do crime, que estabelece uma pena maior, em média de 15 anos.

Os quadrilheiros também adotavam a estratégia de deixar o artefato explosivo no local do assalto. O propósito é retardar a ação dos policiais e espalhar pânico entre as vítimas.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

BÔNUS PARA REDUZIR A CRIMINALIDADE

G1 - 22/05/2013 10h55

Alckmin cria bônus para policial que diminuir criminalidade. Policiais terão metas de redução de crimes em sua área de trabalho. Projeto prevê bônus de até R$ 10 mil.

Do G1 São Paulo




O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (22), em entrevista ao Bom Dia São Paulo, o pagamento de bônus aos policiais que conseguirem reduzir os índices de criminalidade em suas áreas de atuação. O bônus será de R$ 4 mil semestrais para cada policial, mas poderá chegar a R$ 10 mil.

As metas de redução da criminalidade que os policiais deverão seguir ainda não foram definidas. Elas serão determinadas em parceria com os institutos Sou da Paz e Falconi, através de um convênio com o governo do estado. O governador também não informou os critérios para a distribuição dos bônus.

"Vamos estabelecer as metas mais importantes para a população e, como resultado deste sistema de metas a serem atingidas por região, por tipo de delitos, é natural uma meritocracia, ou seja, uma bonificação. São um conjunto de medidas, vai até a criação de uma nova seccional em Campinas, um novo Deinter em Araçatuba", disse Alckmin sobre o pacote batizado de "São Paulo Contra o Crime" lançado nesta quarta.

Segundo ele, as metas e prazos da redução da criminalidade serão públicos. “Queremos resultado para a população na ponta, que é redução dos indicadores de criminalidade. É um misto: de um lado carreira, salário; de outro, estímulo", destacou.

Alckmin anunciou ainda o aumento do efetivo da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica. A Polícia Civil deverá ganhar cerca de 3 mil novos agentes. Já a Polícia Técnico-Científica terá um incremento de 62%. “Serão ao todo 4.600, praticamente, policiais a mais nas polícias civil e técnico-científica", afirmou.

O governador pretende implantar as medidas no segundo semestre deste ano com o objetivo de diminuir os índices de criminalidade.

Quando questionado sobre o fim violência no estado, o governador disse que esse é um problema nacional. “Essa é uma guerra , é uma luta 24 horas, aliás, no país inteiro”, disse Alckmin.

Ele citou a responsabilidade do governo federal sobre a questão da segurança, a quem atribuiu omissão. “Uma situação geral: tráfico de drogas, tráfico de armas, omissão do governo federal, fronteiras totalmente abertas".

Sobre os índices de criminalidade no estado - alguns deles em alta -, Alckmin lembrou que em 2012 apenas São Paulo e Rio de Janeiro conseguiram baixas as estatísticas. Segundo ele, o número de homicídios, em alta desde julho do ano passado, cairá nos índices de violência em abril, que serão divulgados na próxima sexta-feira (25).

O governador anunciará oficialmente o novo pacote de segurança na manhã desta quarta, em evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Ao premiar a redução da criminalidade, o governador valoriza um indicador qualitativo, enquanto outros se valiam de indicadores quantitativos. Se as regras do prêmio forem definidas para a equipe de policiais que trabalham num certo local para o qual as metas qualitativas foram estabelecidas, esta iniciativa tem todo o meu aplauso. Porém, se a premiação for individual, estará fadada ao insucesso, pois vai criar concorrência, atritos, conflitos organizacionais e outros fatores negativos. Nos EUA, um plano semelhante premiava os distritos e louvava as chefias que conseguissem atingir a meta qualitativa estabelecidas de redução dos indicadores de crime. O distrito que não conseguisse atingir a meta teria ainda mais uma chance sob pena de substituição do comando do distrito. O que vale é a produtividade da equipe de policiais e não de um policial. No Brasil, todas as iniciativas de premiar a produtividade foram inoperantes por ter focado o particular ao invés do esforço coletivo.

O NOVO PARADIGMA DE POLÍCIA CONCILIADORA


JORNAL JURID Quarta Feira, 22 de Maio de 2013 | ISSN 1980-4288

Polícia conciliadora está sendo desenvolvida pelo Necrim, que significa Núcleos Especiais Criminais, e pertencem à polícia civil do Estado de São Paulo

Por | Luiz Flávio Gomes - Segunda Feira, 20 de Maio de 2013



Em um artigo anterior escrevi o seguinte: se alguém quiser conhecer uma polícia conciliadora de primeiro mundo já não é preciso ir ao Canadá, Finlândia, Noruega, Dinamarca ou Suécia. Basta ir a Bauru, Lins, Marília, Tupã, Assis, Jaú e Ourinhos (todas no Estado de São Paulo).


A polícia conciliadora está sendo desenvolvida pelo Necrim, que significa Núcleos Especiais Criminais. Pertencem à polícia civil do Estado de São Paulo. Paralelamente à clássica função judiciária (de investigação), foram instalados vários Necrims nas cidades mencionadas. É uma revolução no campo da resolução dos conflitos penais relacionados com os juizados especiais criminais (a conciliação é feita nos casos de infração de menor potencial ofensivo que dependa de ação privada ou pública condicionada).


Os percentuais de sucesso são alvissareiros: Assis: 73,23%; Bauru: 90,28%; Jaú: 89,20%; Lins: 90,88%; Maríalia: 90,68%; Ourinhos: 92,79%; Tupã: 82,30% (veja monografia de L. H. Fernandes Casarini).


Diante das profundas mudanças sociais ocorridas nas últimas três décadas, seria um erro crasso (das instituições públicas e sociais) continuar fazendo as mesmas coisas do mesmo jeito o tempo todo. Na atual sociedade pluralista, multiétnica, da informatização e das comunicações assim como das diversidades, impõe-se pensar em novos paradigmas, inclusive para as funções policiais.


À velha cultura da investigação e da repressão, urge que se agregue (às polícias) a cultura integradora, que consiste em buscar solução para os conflitos de forma pacificadora e reparadora (restaurativa). Esse novo paradigma se distancia claramente dos outros, que são: (a) paradigma dissuasório (confiança de que a pena seja suficiente para prevenir delitos); (b) paradigma da ressocialização (prisão, com finalidade de readaptação do preso) e (c) paradigma do populismo penal (confiança no incremento das penas e do sistema penal como solução para problemas sociais - veja nosso livro Populismo penal midiático: Saraiva, 2013).


Vários países e organizações policiais já captaram os sinais dos novos tempos e estão utilizando a mediação ou a conciliação como método de gestão de conflitos (veja Rosana Gallardo e Elene Cobler, Mediacion policial, Valencia: Tirant lo blanch, 2012).


Por que a adoção (ou o incremento) de um novo paradigma na função policial?


Em primeiro lugar e desde logo porque a polícia conciliadora abre novo horizonte para a profunda insatisfação das corporações policiais, que já começam a perceber que a repressão não pode ser a única resposta para a gestão dos conflitos penais. Impõe-se descobrir as virtudes do "direito ao melhor direito". A prevenção é muito mais eficaz que a repressão. "É melhor prevenir os crimes do que puni-los" (Beccaria).


O que se pretende? É uma polícia eficaz que, paralelamente às suas clássicas funções, adote também (em relação a alguns crimes) a linha pacificadora, e que, por esse caminho, se legitime para a resolução dos conflitos. Com isso vai ser restaurada, antes de tudo, a autoestima do próprio policial, que precisa, desde logo, ter coragem para promover a mudança. "É insanidade ficar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes"(Einstein).


A polícia conciliadora, feita sempre sob o acompanhamento de um advogado: ganha respeito da comunidade que, ao mesmo tempo, passa a colaborar mais com a função policial; ela está integrada na comunidade (sendo expressão da polícia comunitária); promove a interação entre as pessoas, ou seja, busca a paz, a pacificação social; dessa maneira consegue prevenir futuros delitos, cuidando-se, assim, de uma polícia de prevenção especializada; permite um melhor funcionamento da polícia judiciária (investigativa); alivia a sobrecarga da Justiça e do Ministério Público; restaura a força do controle social informal; inaugura um novo serviço de qualidade para a cidadania, difundindo valores éticos; não destrói a velha polícia investigativa e, mais importante, rompe o velho paradigma militarizado e hierarquizado da polícia que, muitas vezes, em lugar de uma conciliação olho a olho, continua seguindo o parâmetro da obediência cega.


Polícia conciliatória, no entanto, existe tempo (exige boa formação, boa capacitação profissional), dinheiro (não muito), um espaço adequado para seu funcionamento (respeito às pessoas envolvidas no conflito), sólida estruturação jurídica e, sobretudo, mudança de mentalidade.


Com nova mentalidade podem ser vislumbrados novos horizontes. Temos que ter uma postura otimista em relação aos projetos nos quais confiamos. Nenhum deprimido triunfou no mundo todo. Num mundo tão desencontrado, não há como não buscar algo melhor, mais compreensivo e mais dialogante. Vale aqui repetir uma história bastante conhecida: perguntaram a um velho e sábio índio de que maneira são compostos os seres humanos. Ele respondeu:"de um lado bom e de um lado mal". Qual vence? "Aquele que você mais alimenta".


Autor:  Luiz Flávio Gomes é jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil


COMENTÁRIO - Féres Cury Karam - Delegado de Polícia - Assistente Seccional Dracena - SP | 21/05/2013 às 16:49 | Prezado Dr. Luiz Flávio Gomes:  Saudações com respeito e admiração.    Informo a Vossa Senhoria que, em Dracena - SP, foi inaugurada uma unidade do NECRIM - Núcleo Especial Criminal da Polícia Civil, em data de 24.02.2012 e até esta data - 21.05.2013 -as conciliações alcançam, sem dúvidas, a casa dos 90%.  Atenciosamente  Féres Cury Karam, Delegado de Polícia Assistente , Setor de Comunicações Sociais , Delegacia Seccional de Polícia de Dracena - SP.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

SEGURANÇA NO AR

 


ZERO HORA 16 de maio de 2013 | N° 17434

Mais precisão nas caçadas noturnas

Helicóptero policial terá imagens em alta resolução e dispositivo infravermelho



O novo aliado da segurança pública capta imagens em alta resolução, ajusta luminosidade para monitoramento noturno e atua com sensor infravermelho. Trata-se de um sistema que será instalado em helicópteros nos 12 Estados-sede da Copa do Mundo, e o Rio Grande do Sul será pioneiro na implantação.

Composto de três sensores dentro de uma mesma câmera, antenas, monitores e uma base que fica em terra, o conjunto foi adquirido pelo Ministério da Justiça para reforçar a segurança durante a Copa do Mundo. Após o evento, ficará com os Estados (um em cada unidade da federação) para combate à criminalidade, auxiliando em vigilância, investigações, coleta de provas, apoio a perseguições, salvamento, entre outras ações.

No caso específico do Rio Grande do Sul, duas aeronaves – uma da Brigada Militar e outra da Polícia Civil – estarão aptas a utilizar a aparelhagem. Há uma parte fixa e uma móvel, que pode ser transposta conforme a necessidade de cada corporação. Tanto tripulantes do helicóptero quanto integrantes das polícias em terra terão acesso às imagens. O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) verá em tempo real as filmagens captadas.

– É um benefício à segurança pública como um todo, um equipamento de última geração e grande avanço. No caso de Cotiporã, por exemplo, que (bandidos) ficaram escondidos na mata, pode ser feita a localização pelo infravermelho – ressalta o comandante do Batalhão de Aviação da BM, tenente-coronel Carlos Alberto Selistre.

Câmera permite leitura de placas

Cada um dos sensores tem uma função. O diurno registra imagens em alta resolução e longo alcance, possibilitando a leitura da placa de um veículo a 800 metros, distância em que não é possível ouvir os ruídos do helicóptero. Em buscas noturnas, outro sensor consegue dar mais nitidez à imagem utilizando a luz ambiente. Os sistemas imageadores termais permitem a identificação de pessoas e objetos pela diferença de calor em áreas de pouca visibilidade – alguém se afogando, um revólver recém utilizado ou um carro cujo motor foi desligado recentemente.

– Poderemos acompanhar uma ocorrência, monitorar multidões, fazer escoltas de transferências de presos, realizar buscas e salvamento em mar – acrescenta o doutor em Engenharia Eletrônica e Computação Marcelo do Nascimento Martins, responsável por gerenciar o projeto de imageamento aéreo em todo o Brasil.

Outro recurso dos chamados Sistemas Imageadores Aerotransportados é a possibilidade de sobrepor mapas similares aos usados em GPS veiculares, integrados a outros mapas digitais de terreno e navegação aérea, às imagens captadas em tempo real. O diretor-presidente da Aeromot Aeronaves e Motores, que importa o equipamento produzido por uma empresa norte-americana, explica que a polícia não precisa conhecer a região onde é feita determinada ação para chegar a um endereço específico. A tripulação visualiza locais com grande precisão, mesmo que o ponto informado esteja a grande distância ou atrás de obstáculos como montanhas e prédios.

EDUARDO ROSA


Sensor foi usado na prisão de suspeito em Boston

O sistema de ponta que ficará à disposição de 12 Estados é de uso militar, controlado pelo Exército e produzido nos Estados Unidos.

– É tudo importado, existe há menos de dois anos e será utilizado pela primeira vez no Brasil – explica Guilherme Cunha, diretor-presidente da Aeromot, empresa responsável pelo fornecimento dos sistemas.

Para exemplificar a utilidade, Cunha usa o atentado na maratona de Boston (EUA). Um dos suspeitos foi encontrado dentro de um barco, coberto por uma lona, graças ao sensor térmico.

O contrato da Aeromot com o Ministério da Justiça, feito por meio da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), supera os R$ 96 milhões (uma média de R$ 8 milhões para os 12 Estados, que receberão um equipamento cada). O lançamento oficial ocorrerá na tarde de hoje, no Palácio Piratini, e contará com demonstrações de imagens captadas ao vivo por um helicóptero da BM, o primeiro a ser equipado.